"O Irã foi agredido. Então o Irã está na sua razão dentro do Direito Internacional", afirma o analista internacional
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(Foto: Brasil247) |
247 - Durante entrevista
à TV 247, o sociólogo e
analista internacional Lejeune Mirhan condenou duramente o posicionamento de
países ocidentais frente à recente escalada de tensões entre Israel e o Irã.
Segundo ele, há um duplo padrão explícito ao se ignorar o direito iraniano à
autodefesa enquanto se reconhece esse direito apenas ao Estado israelense.
“Israel agride o Irã e o Irã revida.
Quando o Irã revida, aí vem em uníssono a União Europeia, os Estados Unidos,
dizendo que Israel tem o direito de se defender. Ninguém falou que o Irã tem o
direito de se defender. Só Israel. Então é de uma hipocrisia deslavada”,
criticou Lejeune, apontando a ausência de qualquer manifestação de apoio ao Irã
por parte das potências ocidentais.
Direito à defesa na Carta da ONU - Lejeune destacou que o Irã não foi o agressor inicial e que a resposta
do país persa se deu dentro dos marcos do Direito Internacional. “Todo mundo
percebeu quem foi o agressor inicial, o que primeiro atacou. O Irã foi agredido
e nenhuma palavra de nenhum país da União Europeia…”, disse, reforçando a
omissão internacional diante do ataque sofrido por Teerã.
Em sua análise, Lejeune recorre ao artigo 51 da
Carta das Nações Unidas para embasar juridicamente a posição iraniana: “aliás,
na Carta das Nações Unidas está lá garantido, no artigo 51: ‘qualquer país,
nação ou povos do mundo têm o direito de se defender, pelas armas inclusive,
quando agredido’. A nação agredida é a persa. Então o Irã está na sua razão
dentro do Direito Internacional”.
EM TEMPO: Convém lembrar que Israel tem arma nuclear e não assinou o "Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares".
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