Ministro também ironizou a situação política atual diante da ofensiva legislativa contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
27 de junho de 2025
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - 29/01/2025
(Foto: REUTERS/Adriano Machado)
Por Leonardo Lucena
247 - O ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (27) que o regime político
no Brasil "mudou" e sugeriu que ainda são necessárias mais
negociações com o Congresso Nacional para a aprovação de pautas defendidas pelo
governo Lula.
O titular da pasta fez o comentário
após a Câmara e o Senado derrubarem esta semana decretos do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF).
"Mudou o regime político no
Brasil. Quem não quiser enxergar... Estou completando nove anos de ministério
[contando o período de ministro da Educação]. (...) Mudou o sistema político.
Não é o mesmo do Fernando Henrique e do Lula [1 e 2]", afirmou em entrevista
à Globo News.
Ao ser perguntado sobre qual seria o
regime atual de fato, Haddad ironizou, ao citar o ministro Flávio Dino, do
Supremo Tribunal Federal (STF): "existem quatro sistemas políticos no
mundo: o presidencialismo, o parlamentarismo, o semipresidencialismo e o
brasileiro".
Haddad negou que o Congresso tenha
"antecipado" a eleição de 2026 ao derrubar o decreto do IOF.
"Não quero crer", disse ele ao citar o dólar em queda e a geração de
emprego. "A quem interessa estragar esse cenário? Só por questões
eleitorais?", questionou.
Na Câmara, o placar foi 383 a 98 pela
derrubada dos decretos que aumentavam o IOF. O último decreto do governo sobre
o tema (Decreto 12.499/25) havia suavizado os outros dois editados
anteriormente (decretos 12.466/25 e 12.467/25), mas não eliminou o aumento.
Além de Fernando Haddad, a ministra da Secretaria
de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT),
também alertou para os prejuízos que podem ser causados pela decisão do
Congresso. Líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Lindbergh Farias (RJ)
denunciou que existe uma sabotagem contra o governo Lula.
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