Prisão de MC Poze do Rodo é pura lacração que não ataca seriamente o crime organizado.
Por Aquiles Lins (Colunista do Brasil 247)
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| MC Poze do Rodo (Foto: Reprodução (YT/SBT)) |
A apologia ao crime, tipificada no Artigo 287 do
Código Penal Brasileiro, significa defender, elogiar ou incentivar um crime ou
um criminoso em público, como se a prática fosse justificável ou admirável. A
pena pode ser de 3 a 6 meses de prisão, ou multa.
Com base nesta lei a Polícia Civil do Rio de
Janeiro prendeu MC Poze do Rodo. Poze é um jovem negro, oriundo de favela, que
está sendo acusado de ligação com a facção criminosa Comando Vermelho.
Uma operação absolutamente espetacularizada,
midiatizada, expuseram o corpo negro de Poze cheio de tatuagens numa medida
inócua, que não ataca o cerne do problema.
O problema do crime organizado não será solucionado
prendendo um funkeiro de comunidade que canta sua realidade. Mas sim com uma
ação estruturada e coordenada entre os estados e a união, como está propondo o
governo federal com a PEC da Segurança Pública.
Enquanto isso, o estado brasileiro transmite para a
população a sensação de que apologia ao crime é acompanhar Fernando Collor de
Mello em décadas de delinquências terminar em prisão domiciliar “humanitária”.
Apologia ao crime é ver Sérgio Moro ter conduzido
uma perseguição política contra Lula, quebrado a engenharia nacional e nem
chegar a ser julgado.
Apologia ao crime é ver Flávio Bolsonaro livre e
solto depois de comandar um esquema de rachadinha.
Apologia ao crime é Jair Bolsonaro não ter sido
preso e cassado por ter exaltado um torturador da Ditadura Militar.
Para estes e muitíssimos outros casos, a impunidade é a maior apologia
ao crime.

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