“Não queremos chefes, não queremos xerifes, queremos parceiros”, disse ainda o presidente
13 de maio de 2025
Lula e Xi Jinping - 13/05/2025 (Foto: Ricardo
Stuckert/PR)
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247 - O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva elogiou, nesta quarta-feira (14, horário local), a adoção
da Carta de Pequim, classificando a iniciativa da cúpula China-Celac
(Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) como um
"alento" para os países em desenvolvimento diante da falta de
investimentos por parte dos Estados Unidos e da Europa.
Em conferência de imprensa na capital
chinesa, Lula respondeu a uma pergunta do jornalista Leonardo Attuch, editor
do Brasil 247 e
da TV 247.
"A Carta de Pequim é um alento
muito grande de que você tem um país com a potência econômica da China pensando
em contribuir para o desenvolvimento dos países mais pobres", destacou o
presidente, que emendou em tom crítico: "Há quanto tempo não há investimento
americano na América Central e América Latina? E da UE? Os países ricos
deveriam pensar em seguir a decisão da China".
"A Carta de Pequim é um alento
para os nossos países da América Latina e Caribe, principalmente os mais
pobres", frisou Lula.
Ao mesmo tempo, o presidente teceu
elogios às iniciativas de paz lideradas pelos Estados Unidos. Segundo Lula, o
presidente dos EUA, Donald Trump, tem tomado atitudes importantes para acabar
com o que qualificou como um genocídio cometido por Israel na Faixa de
Gaza.
"Acho que a decisão do [Donald
Trump] sobre a guerra de Gaza foi importante. Porque tinha o [ex-presidente dos
EUA Joe] Biden falando em guerra todo dia, e o Trump veio e disse que
precisamos parar essa guerra. Precisamos terminar o genocídio na Faixa de Gaza.
Aquilo não é uma guerra, é um genocídio", afirmou.
Na conferência, o presidente destacou que, ao se
aproximar da China e outros parceiros comerciais, o Brasil mantém uma posição
soberana: "Não queremos chefes, não queremos xerifes, queremos parceiros".
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