sábado, 31 de maio de 2025

Justiça dos EUA enfraquece plano para sancionar Moraes

Decisão da juíza Mary Scriven nos EUA foi usada pelo Itamaraty para conter aplicação da Lei Magnitsky contra ministro do STF

31 de maio de 2025

Alexandre de Moraes (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)



 






Por Paulo Emilio

247 - Em meio às pressões do governo Donald Trump para impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o Itamaraty apostou em uma estratégia que surpreendeu até mesmo o campo bolsonarista nos Estados Unidos: usou uma decisão da própria Justiça americana como trunfo. As informações são da coluna da jornalista Mariana Sanches, do UOL.

Após declarações do secretário de Estado Marco Rubio sobre a “grande possibilidade” de aplicação da Lei Magnitsky a Moraes — legislação que permite o bloqueio de bens e restrições a estrangeiros acusados de violar direitos humanos —, diplomatas brasileiros se reuniram com assessores de Rubio em Washington D.C., no fim de semana anterior, para tentar barrar a medida.

Além dos argumentos tradicionais sobre soberania e riscos à relação bilateral, os diplomatas apresentaram um ponto jurídico específico: a decisão da juíza Mary S. Scriven, da Flórida, que rejeitou uma liminar solicitada pela empresa Trump Media & Technology Group, controladora da rede Truth Social, e pela plataforma Rumble. As duas empresas moveram um processo contra Moraes em fevereiro, acusando o magistrado de tentar impor decisões judiciais no território dos EUA, sem seguir os trâmites internacionais.

Segundo as empresas, Moraes teria enviado e-mails diretamente a funcionários nos Estados Unidos ordenando a retirada de conteúdos e a aplicação de multas, mesmo sem representação formal da Rumble no Brasil. As postagens em questão eram de usuários localizados na Flórida, como o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. O processo alegava violação da soberania americana e pedia proteção judicial contra as ações do ministro.

Contudo, Scriven negou o pedido de liminar. Embora tenha apontado que Moraes não teria jurisdição para agir nos EUA sem recorrer aos canais legais adequados, ela também destacou que “nenhuma ação foi tomada” pelas autoridades brasileiras ou americanas para fazer cumprir as decisões do STF naquele território. “Até que tais medidas sejam tomadas, esta questão não está madura para revisão judicial”, escreveu a magistrada.

Para um dos embaixadores brasileiros envolvidos no caso, ouvido pela reportagem, a decisão americana teve papel-chave: “Se não houvesse uma decisão vinda da própria Justiça dos EUA admitindo que ele não fez valer nenhuma decisão contra as empresas em território americano, poderia ser mais difícil derrubar o argumento de transnacionalidade dos atos de Moraes”. Segundo ele, o parecer da juíza enfraqueceu o argumento jurídico que sustentaria a aplicação da Lei Magnitsky ao magistrado.

A leitura feita pelo Itamaraty, no entanto, contrasta com a dos aliados de Trump e bolsonaristas nos EUA. Parlamentares como Eduardo Bolsonaro e influenciadores como Paulo Figueiredo mantêm contato frequente com órgãos do governo americano e seguem pressionando por punições a Moraes, mesmo após o revés judicial. Em comunicado divulgado logo após a sentença, a Rumble afirmou que a decisão representava “uma vitória completa para a liberdade de expressão” e enviava “uma mensagem forte aos governos estrangeiros de que eles não podem contornar a lei dos EUA para impor censura em plataformas americanas”.

Apesar da retórica triunfal, nenhuma das empresas recorreu, e o processo permanece sem novos desdobramentos.

Ainda assim, integrantes da diplomacia brasileira avaliam que a possibilidade de Moraes ser sancionado permanece em aberto. Nos últimos dias, Rubio anunciou restrições de vistos a autoridades da América Latina envolvidas em atos de “censura” contra cidadãos ou empresas dos EUA. Embora os nomes não tenham sido revelados, aliados do trumpismo indicaram que Moraes estaria entre os alvos da medida.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

‘Fico impressionada com quem defende a prisão do artista MC Poze do Rodo’, critica Talíria Petrone

'Vamos enfrentar de forma verdadeira o crime e as milícias?', questionou a parlamentar. 'As armas não podem determinar as vidas de quem mora nas favela'

MC Poze do Rodo e Talíria Petrone (Foto: Reprodução (Redes Sociais) e Agência Câmara)


 






Por Leonardo Lucena

247 - A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) afirmou nesta quinta-feira (29) que ficou “impressionada com a hipocrisia de quem está defendendo a prisão do artista” MC Poze do Rodo, detido no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, após acusações de envolvimento com o tráfico de drogas e de apologia ao crime. O cantor foi acusado de defender da facção criminosa Comando Vermelho - sediado no estado do Rio, o CV tem atuação em mais de 20 estados brasileiros. 

“Vamos falar sério e enfrentar de forma verdadeira o crime, as armas e as milícias? As armas não podem determinar as vidas de quem mora nas favela e nas quebradas Brasil afora. Ponto. Mas a saída para isso é criminalizando quem canta a realidade da favela? Acredito que não”, afirmou a parlamentar. 

“Um enfrentamento contundente a lógica das armas e da morte passa por um modelo de segurança pública que seja efetivo. Com inteligência, investigação e menos mortes. Estamos falando de perícia independente, controle externo das polícias pelo Ministério Público, valorização dos policiais e demais servidores das forças de segurança, perseguir o dinheiro do crime de forma efetiva e rápida”, acrescentou. 

O MC está sendo acusado de apologia ao crime, tipificada no Artigo 287 do Código Penal Brasileiro. A pena pode ser de 3 a 6 meses de prisão, ou multa.

Confira alguns trechos de letras que estão sendo investigadas (esses trechos foram publicados no Portal G1):

Na CDD só tem bandido faixa preta

Oi, que a tropa tá na pista
Geral com fuzil na mão
Se tentar no Karatê, vai tomar só rajadão
Se pisar no 15 você vai ficar f*dido
Que é só os pitbull de raça
Brabo na troca de tiro
...
Nós tem Glock, tem AK, 62 com mira laser
Terror dos alemão, é os moleque da 13
Nós vamo voltar pra casa e botar a bala pra comer
Retomar o que é nosso e gritar: É o CV!
...
Na CDD só tem bandido faixa preta
Tentaram vir pegar o homem e a bala voou
Nós é Comando Vermelhão de natureza
A meta é voltar pro Rodo e voltar pro Batô

Mais detalhes - a letra citou localidades da Cidade de Deus (CDD), como Karatê, 13 e 15, e fala de comunidades perdidas para rivais, como o Bateau Mouche (ou Batô), em Jacarepaguá, e Rodo, em Santa Cruz.

Fala que a tropa é Comando Vermelho

Oi, na VK os menor te acerta
Só soldado bom de guerra
Que te mira e não te erra
Só AKzão na favela
Com vários pentão reserva
Aonde entrar, cês leva
...
É bala nos três c*, é bala nos três c*
De 62 é só papum e os alemão aqui nem tenta
De Glock e de radin, fumando um baseadin
Destrava o G3zão que se piar, nós quebra

Saiba mais - VK é Vila Kennedy, comunidade de Bangu dominada pelo Comando Vermelho. Os termos AKzão, 62 e G23 são modelos de fuzil. Glock é uma palavra referente um modelo de pistola. Pentão reserva é a munição à disposição da facção. Três c* é uma gíria para os rivais, assim como alemão. 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

“Eduardo Bolsonaro conspira no exterior contra o Brasil, isso é gravíssimo”, diz Lenio Streck

Jurista alerta que ações do deputado nos EUA configuram obstrução de Justiça e agravam quadro jurídico do ex-presidente Jair Bolsonaro

29 de maio de 2025

(Foto: Divulgação)


 


Por Dafne Ashton




247 -Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o jurista Lenio Streck chamou atenção para a gravidade das movimentações do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Segundo ele, o parlamentar tem atuado no exterior com o objetivo de prejudicar autoridades brasileiras, especialmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o que pode configurar crime de obstrução de Justiça e associação criminosa, além de atentar contra a soberania nacional.

“O Eduardo Bolsonaro tem passaporte diplomático, ainda usa verbas do parlamento brasileiro, é um deputado licenciado, portanto não é ex-deputado, não é um cidadão comum. Está em território estrangeiro conspirando para criar sanções aqui para autoridades brasileiras — e não são quaisquer autoridades, são juízes, alguns deles de uma causa em que o pai dele é réu. Aí tem que juntar os pauzinhos e nós veremos que, no mínimo, você tem um crime”, disse Streck.

O jurista apontou que há, além da evidente tentativa de obstrução de Justiça, elementos que configuram a existência de uma organização criminosa. “Esse tipo de delito, em si mesmo, tem requisitos para a prisão. Porque, se você está fazendo obstrução, tem gente que é presa exatamente por isso”, destacou. Ele também observou que os próprios envolvidos “estão produzindo a cada dia prova contra si mesmos”.

Streck também comentou a movimentação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — que está em seu segundo mandato —, ao anunciar possíveis sanções contra autoridades que, segundo ele, violam a liberdade de expressão, numa crítica velada a decisões do STF que determinaram a retirada de conteúdos de plataformas digitais. O jurista considera improvável que essa retórica se concretize: “Eu particularmente não acredito que os Estados Unidos venham a fazer esse tipo de sanção contra o Alexandre de Moraes. Acho que tudo isso é uma grande bravata e não vai prosperar”.

Para o jurista, a atuação de Eduardo Bolsonaro pode agravar não apenas sua própria situação jurídica, mas também a do pai. “Cada coisa que acontecer nos Estados Unidos contra o Brasil estará carregada com a marca Eduardo Bolsonaro. Isso apenas o prejudica. Então qual é o ganho? Qual é o lucro de um jogo desse tipo, que se você ganhar, você perde?”, questionou.

Lenio Streck também avaliou que essa atuação no exterior atravessa um novo limite institucional e político: “Nós estamos em face de um deputado com passaporte diplomático que vai para o exterior conspirar contra autoridades brasileiras com dois objetivos: prejudicar o Brasil e atrapalhar o andamento do processo do qual o pai é réu. Isto é muito mais grave. Ainda não conseguimos dar o nome para isso. Mas sei que é grande. Não é um emoji, é um conceito que precisamos construir para fazer esse enfrentamento”.

O jurista mencionou ainda que, se estivesse em vigor a antiga Lei de Segurança Nacional, revogada em 2021, Eduardo Bolsonaro estaria em situação ainda mais delicada. “O Eduardo Bolsonaro estaria enquadradíssimo com esse ato dele na velha Lei de Segurança Nacional”, afirmou. “Um advogado constitucionalista, o Rui Espíndola, me chamou atenção para isso. Se os atos de hostilidade forem desencadeados, a pena seria prisão perpétua em grau mínimo e morte em grau máximo”.

A gravidade das ações do deputado contrasta com a inércia institucional, observou Streck. “Hoje temos aí um parlamento que nada faz contra um agente seu que conspira no exterior contra a nação brasileira. Os patriotas todos não se dão conta de que ser patriota é proteger o seu território, sua nação?”, indagou.

Para o jurista, as instituições devem reagir em defesa da soberania nacional e da democracia. Ele propôs uma ação coordenada entre os poderes e órgãos do sistema de Justiça: “Todos os tribunais de justiça deveriam se unir em favor do Supremo. O Ministério Público, os 27 Ministérios Públicos estaduais, deveriam se unir ao procurador-geral da República quando se está discutindo a soberania nacional. Isto é muito sério”. Assista: 

https://www.youtube.com/watch?v=w-Z0901aQGI&t=9s

quarta-feira, 28 de maio de 2025

O Brasil arcaico, racista, escravocrata, misógino e patriarcal que agrediu Marina

'É um Congresso à imagem e semelhança das oligarquias dominantes do Brasil', escreve o colunista Jeferson Miola

28 de maio de 2025

Marina Silva (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)






Com as decisões das últimas semanas, deputados e senadores fizeram jus à pesquisa Atlas Intel de fevereiro passado que mostrou a baixíssima credibilidade do Congresso Nacional: 82% da população não confia neles. Primeiro, 265 deputados assinaram requerimento para a votação em caráter de urgência do Projeto da Impunidade dos golpistas para livrar da cadeia Bolsonaro e comparsas civis e fardados, dentre eles ex-comandantes das Forças Armadas e ex-integrantes do Alto Comando do Exército.

Depois, em mais uma prova de desprezo pela legalidade, e com a assombrosa maioria de 315 deputados, quórum suficiente para mudar a Constituição, a Câmara aprovou uma resolução para trancar no STF o julgamento dos co-réus de Alexandre Ramagem na ação penal da trama golpista. Não bastassem essas barbaridades, Suas Excelências decidiram ir ainda mais longe e criaram 18 novos mandatos na Câmara, que passarão dos atuais 513 deputados para 531. A partir de agora, o céu será o limite: a cada perda de vagas dos estados em consequência do censo demográfico, aplicarão a fórmula mágica de aumentar a malta.

Entre emendas impositivas de cada deputado, mais salários, cotas de gabinete e auxílios, a ampliação representará um gasto adicional de R$ 4,5 bilhões de reais a cada legislatura. Afora, claro, o efeito cascata da medida para os legislativos estaduais e municipais. Saltando de um grande absurdo a outro ainda maior, também nessas últimas semanas o Conselho de Ética da Câmara aprovou a cassação do deputado Glauber Braga.

O caso vai entrar na história dos maiores absurdos do Congresso Nacional, porque se sabe que esta cassação não tem fundamento legal; é um ato de vingança pessoal do ex-todo-poderoso chefão do esquema corrupto do orçamento secreto. Qualquer ser humano dotado com a mínima razoabilidade duvidaria da possibilidade de algum parlamento de qualquer republiqueta do mundo descer ainda mais baixo no esgoto político.

Pura ilusão, no entanto. O Senado mostrou que no fundo do poço sempre tem uma pá, e que se pode cavar ainda mais fundo no abismo. E então, em mais um ataque bárbaro ao que ainda resta do arcabouço jurídico-ambiental do Brasil, os predadores aprovaram o Projeto de Lei da Devastação, que cria uma realidade grave de insegurança social, humana, econômica e ambiental no país.

E, menos de uma semana depois, agindo como uma horda assassina com ânsia de dizimar toda e qualquer forma de civilidade e dignidade humana, os senadores patrocinaram uma sessão grotesca de agressão à ministra Marina Silva. O ocorrido neste 27 de maio de 2025 entra para a história nacional como o dia da afirmação do Brasil arcaico, racista, escravocrata, misógino, machista e patriarcal.

O que se viu foi uma brutalidade horrorosa, com a prática de violência política de gênero descrita nos manuais de misoginia. Os “senhores do engenho”, expoentes do arcaísmo, atacaram Marina com fúria, como uma malta ensandecida. Os covardes se deram mal, pois se depararam com uma mulher guerreira, imbuída do espírito dos animais e dos povos originários da Floresta, secularmente acostumados a resistir a agressores, predadores e facínoras.

A solidão da Marina em meio àquela matilha babando de raiva e ódio, que não foi socorrida e amparada por nenhuma liderança do governo no Senado, dignifica ainda mais a coragem e a têmpera desta lutadora imprescindível da luta pela vida dos seres humanos e da natureza. O terrível nisso tudo é saber que este episódio não significa o ponto máximo da barbárie que este Congresso calhorda é capaz de produzir. Deputados e senadores –não só da ultra direita, mas inclusive da base do governo– sempre se superam nas práticas dantescas.

Diante de todos esses e de tantos outros descalabros, cabe perguntar: que Congresso é esse, que protege parlamentares homofóbicos, transfóbicos, agressores de mulheres, homicidas, corruptos, golpistas e desbravadores da natureza, mas cassa deputado que defende a mãe ofendida por um fascista provocador do MBL?

Esse é o mesmo Congresso que preserva privilégios tributários, favores fiscais e regalias a empresas e igrejas fundamentalistas, mas resiste a acabar com a jornada 6×1 e reluta a taxar 144.200 super-ricos, os 0,06% que ganham mais de 1 milhão de reais, para compensar a isenção de 20 milhões de contribuintes que ganham até cinco mil reais por mês. O Congresso brasileiro é uma instância capturada por maiorias eleitas através do poder do capital, do rentismo e sua mídia; pelo fundamentalismo religioso, pela força do arcaísmo agropecuário, do complexo policial-militar e outras forças reacionárias e conservadoras.

Nos últimos anos proliferaram no Congresso Nacional várias bancadas temáticas que reúnem o chorume fascista: do agro, da bíblia, da bola, da bala, do naciturno etc, que se unem no propósito de impedir avanços e de promover retrocessos humanos, econômicos, ambientais e civilizatórios. Com as emendas impositivas e o orçamento secreto –idiossincrasia genuinamente brasileira que não existe em nenhum outro Parlamento do mundo, nem mesmo em sistemas parlamentaristas–, o Congresso institucionalizou a corrupção e o assalto aos orçamentos e aos fundos públicos da União.

Não é difícil entender porque a população sente nojo deste Congresso que enlameia a política e a imagem dos políticos. É um Congresso à imagem e semelhança das oligarquias dominantes do Brasil – patriarcais, escravocratas, misóginas, racistas e machistas.

terça-feira, 27 de maio de 2025

CANDIDATO A PRESIDENTE DO PT, FERRO DEFENDE MUDANÇAS NO PARTIDO


 

Texto extraído do Blog de RA: www,robertoalmeidacsc.blogspot.com em 27.05.2025

Um dos candidatos à presidência do Diretório Estadual do PT de Pernambuco é o ex-deputado federal Fernando Ferro.

Ele defende mudanças no partido e não aceita que o Partido dos Trabalhadores se atrele automaticamente ao projeto político do PSB de João Campos ou PSD de Raquel Lyra.

Ferro defende que o PT tenha um projeto para Pernambuco, defenda suas ideias e só mais na frente venha a se compor com outros partidos, se isso for necessário.

O ex-deputado acha que o partido foi humilhado na eleição do Recife, em 2024, quando apresentou nomes para compor a vice de João Campos e foi esnobado pelo socialista.

Petista teme que o erro seja repetido em 2026 e o PT fique ainda menor politicamente.

Fernando acredita que a condução equivocada do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco impede que a agremiação política cresça.

"Uma legenda que tem no poder o presidente da República não pode eleger apenas seis prefeitos em Pernambuco", reflete.

Ele lembra que o partido já teve cinco deputados federais em Pernambuco e hoje tem apenas um.

Fernando Ferro se propõe a reorganizar o PT, dá atenção as bases de modo que o partido se fortaleça na Região Metropolitana do Recife e no interior.

Apesar do deputado Carlos Veras, que também vai disputar a presidência, ter o apoio dos senadores Humberto Costa e Tereza Leitão, Ferro vê muita insatisfação entre os petistas históricos.

É com o voto das bases que espera se eleger e levar adiante as mudanças no partido.

Dentre os deputados do PT em Pernambuco, Fernando Ferro tem o apoio de João Paulo, que foi prefeito do Recife por dois mandatos.

EM TEMPO: A candidatura do nosso amigo e contemporâneo no Colégio XV de Novembro é de suma importância para as forças da esquerda autêntica no Estado de Pernambuco. Visto que o alinhamento automático do PT ao PSB tem contribuído enormemente com o enfraquecimento não só do PT, como também dos demais partidos de Esquerda, a saber: PCB + PSTU + PSOL + UP. Por fim, convém lembrar que o "Nevado Dançarino", o João Campos, Prefeito da Cidade de Recife, oscila entre a Direita e a Centro Direita, igualmente a governadora Raquel Lyra. Ok, Moçada! 

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Ancelotti convoca seleção com novidades e sem Neymar

Técnico italiano inicia ciclo na Seleção Brasileira com lista que mescla juventude e experiência; Neymar fica de fora por questões físicas

26 de maio de 2025

 

Luiz Felipe Scolari recepciona Carlo Ancelotti como novo técnico da seleção brasileira - 26/05/2025 (Foto: Ricardo Moraes)

Por Luis Mauro Filho

247 - Nesta segunda-feira (26), Carlo Ancelotti divulgou sua primeira convocação como técnico da Seleção Brasileira, visando os confrontos contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. 

A lista de 23 jogadores apresenta uma combinação de nomes experientes e jovens promissores, com destaque para a ausência de Neymar, que se recupera de lesão.

Em coletiva de imprensa realizada no Rio de Janeiro, Ancelotti explicou a decisão de não convocar o camisa 10 do Santos:

“Como eu disse, nesta convocação eu tentei selecionar jogadores que estão bem. Neymar teve uma lesão há pouco tempo. Todos sabem que Neymar é um jogador muito importante, sempre foi e sempre será. Logicamente, infelizmente, atualmente temos muitos jogadores que sofrem lesões e que não podem estar na seleção, como Neymar. O que eu quero dizer é que o Brasil tem muitos jogadores talentosos e logicamente, no caso específico de Neymar, contamos com ele. É a seleção nacional. O Brasil conta com ele. Ele voltou ao Brasil para jogar para se preparar bem para o Mundial. Eu falei com ele nesta manhã para explicar a ele isso e ele está totalmente de acordo. Nós assim continuamos.”

A convocação marca o início de um novo ciclo sob o comando do treinador italiano, que busca renovar a equipe após resultados insatisfatórios nas últimas competições. Ancelotti enfatizou a importância de mesclar juventude e experiência para formar uma equipe competitiva.

Confira a lista completa dos convocados:

Goleiros:

Alisson (Liverpool)

Bento (Athletico-PR)

Hugo Souza (Corinthians)

Defensores:

Alex Sandro (Juventus)

Alexsandro (Athletico-PR)

Lucas Beraldo (São Paulo)

Carlos Augusto (Inter de Milão)

Danilo (Juventus)

Léo Ortiz (Red Bull Bragantino)

Marquinhos (Paris Saint-Germain)

Vanderson (Monaco)

Wesley (Flamengo)

Meio-campistas:

Andreas Pereira (Fulham)

Andrey Santos (Chelsea)

Bruno Guimarães (Newcastle)

Casemiro (Manchester United)

Ederson (Atalanta)

Gerson (Flamengo)

Atacantes:

Antony (Manchester United)

Estevão (Palmeiras)

Gabriel Martinelli (Arsenal)

Matheus Cunha (Wolverhampton)

Raphinha (Barcelona)

Richarlison (Tottenham)

Vinicius Júnior (Real Madrid)

Seleção Brasileira enfrentará o Equador no dia 5 de junho, em Guayaquil, e o Paraguai no dia 10 de junho, na Neo Química Arena, em São Paulo. Ancelotti espera iniciar sua trajetória com vitórias que coloquem o Brasil em posição favorável na tabela das Eliminatórias.

EM TEMPO: Caso os cartolas da CBF deixem o Ancelotti trabalhar deverá fazer um ótimo trabalho. 

domingo, 25 de maio de 2025

Ex-premiê israelense diz que Israel está cometendo crimes de guerra

O que estamos fazendo em Gaza é uma guerra de extermínio, afirma Ehud Olmert, que governou Israel entre 2006 e 2009

25 de maio de 2025


 

Ehud Olmert, ex-premiê, diz que Israel esytá cometendo crimes de guerra (Foto: Reuters)

Por José Reinaldo

247 - Ehud Olmert fez duras críticas à guerra de extermínio em Gaza e acusa Netanyahu de conduzir Israel a uma tragédia moral e militar.

“O que estamos fazendo em Gaza é uma guerra de extermínio: assassinato indiscriminado, desenfreado, brutal e criminoso de civis... uma política ditada de forma consciente, intencional, cruel e maliciosa pelo governo. Sim, estamos cometendo crimes de guerra”, escreveu o ex-primeiro-ministro na rede social X.

A declaração contundente faz parte de uma crescente onda de críticas internas e externas à condução da guerra por Benjamin Netanyahu.

“Esta é uma guerra sem propósito, sem chance de alcançar algo que possa salvar as vidas dos prisioneiros. Milhares de palestinos inocentes estão sendo mortos, juntamente com um grande número de soldados israelenses. Isso é provocativo e enfurecedor”, declarou Olmert, que comandou o governo israelense entre 2006 e 2009.

As falas do ex-premiê acontecem no momento em que o bloqueio à Faixa de Gaza é intensificado, deixando um rastro de devastação. Segundo informações de agências humanitárias, mais de 175 civis palestinos foram mortos ou feridos somente nas últimas ações, a maioria deles crianças e mulheres. Há também registros de mais de 11 desaparecidos, aprofundando ainda mais a tragédia humanitária na região.

Para setores da sociedade civil e da comunidade internacional, as declarações de figuras como Olmert apenas confirmam o que já vem sendo denunciado há meses: que Israel, sob o comando de Benjamin Netanyahu, transformou a operação militar em Gaza em uma campanha sistemática de extermínio da população palestina

sexta-feira, 23 de maio de 2025

A estranha conversão do brigadeiro Baptista Júnior

“Merece estudo a trajetória do militar bolsonarista que decide abandonar o golpe e ajudar a dedurar um colega”, escreve o colunista Moisés Mendes



Tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 




A gangorra em que se balançou o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, em pouco tempo no poder, ajuda a entender o que se passa na cabeça dos militares sob tensão. O ex-comandante da Aeronáutica assumiu o cargo no dia 21 de abril de 2021, depois da crise provocada pela debandada dos chefes militares de Bolsonaro. Tinha posições  terrivelmente bolsonaristas.H

Mas no dia 16 de dezembro de 2022, como narrou agora no STF, o brigadeiro mandou pelo general Augusto Heleno um recado a Bolsonaro, no que talvez tenha sido seu último gesto, já como legalista: não vai ter golpe.

Heleno se reuniu com Bolsonaro no dia seguinte, um sábado, no Alvorada, levando o recado de Baptista e tudo que os dois já sabiam da posição do então ministro do Exército, Marco Antônio Freire Gomes: não há como ter golpe.

É o final do roteiro, o desfecho das articulações que levam Bolsonaro a fugir no dia 30 de dezembro para os Estados Unidos. É o que fica claro no depoimento do brigadeiro nessa quarta-feira no STF.

O ex-comandante da Aeronáutica falou no Supremo, como testemunha, por ele e pelo ex-colega chefe do Exército. Freire Gomes vacilou e não quis reafirmar a Paulo Gonet e aos ministros que havia avisado Bolsonaro de que seria preso, se tentasse o golpe.

Baptista Júnior, escaldado pelo tranco que Freire Gomes levou de Alexandre de Moraes, dois dias antes, assegurou: o colega ameaçou mesmo prender o chefe do golpe em reunião em dezembro.

Mas e daí, qual é a boa? A boa é que em pouco tempo, de abril de 2021 a dezembro de 2022, o bolsonarismo do brigadeiro foi pulverizado. Pela sua índole legalista? Ou pela certeza de que, sem o Exército de Freire Gomes, não havia como tentar um golpe?

O resto é o que se sabe. Sem suporte, Bolsonaro pegou o avião e fugiu com Anderson Torres, os generais se apijamaram e os manés foram abandonados no 8 de janeiro, para que fizessem o que restava fazer. Que quebrassem o que havia pela frente.

Não havia, para todos os chefes do golpe, como conter o plano de invasão de Brasília. A saída era recolher armas e deixar ao relento os que conversavam com marcianos pelo celular e cantavam o hino para pneus.

Agora, o que importa aos que estudam a caserna é saber como o ex-comandante da Aeronáutica juntou-se aos legalistas. E como seu colega da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, por ele dedurado, imaginou que, com meia dúzia de soldados e corvetas, poderia continuar golpista ao lado de Bolsonaro. Se até Bolsonaro já havia decidido fugir.

O depoimento de Baptista no STF tem coisas estranhas. Ele sugere que, no início das reuniões, mesmo depois da eleição de Lula, imaginava que a decretação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) iria conter uma convulsão social.

E que depois se deu conta de que aquilo era mesmo a trama de um golpe. Um militar com sua formação, em posição de chefia, achava que Bolsonaro queria ordem e progresso com o uso da GLO? Até um cabo, sem jipe, acharia estranho.

O brigadeiro é um caso único de oficial de alta patente, com posição de comando e com proximidade com os líderes da extrema direita, que se vira contra o grande comandante e o desafia.

Baptista Júnior pode ser também um caso raro da inversão de condutas, em que geralmente um milico vai dormir legalista e, no dia do golpe, acorda como golpista. Bem acordado, ele deve ter mais coisas para contar.

EM TEMPO: Considerável parcela dos militares das Forças Armadas do Brasil, têm uma índole golpista. Porém, há aqueles mais inteligentes que sabem que golpe é fácil de se dar, mas o dia seguinte é bem difícil, uma vez que não existia entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 o mínimo de apoio da comunidade internacional  para impedir a posse do presidente Lula, líder mundial, pop star e com apoio do ex-presidente dos EUA, Joe Biden. Ampliando o apoio de Putin, Macron, Xi Jinping, dentre outros. Convém lembrar que Lula apoiou, sem segredo, a reeleição de Biden e posteriormente a sua substituição por Kamala. Após a vitória de Trump o presidente Lula foi um dos primeiros a parabenizá-lo. Enquanto que Bozo foi o último a reconhecer a vitória do ex-presidente Biden e ainda teve a ousadia de dizer que as eleições nos EUA foram "fraudadas". Os militares que foram na "conversa fiada" de Bozo estão abandonados e serão punidos. Essa é a consequência daqueles que foram na onda de um militar indisciplinado e expulso do Exército, o ex-presidente Bozo. OBS.: Trump diáloga com quem tem "as cartas". Hoje elas estão nas mãos de Lula. Os militares brasileiros precisam estudar geopolítica e não a dar golpe. Façam seminários e convidem Celso Amorim, Pepe Escobar, Mauro Vieira e tantos outros para darem palestras sobre geopolítica. Ok, Moçada! 

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Raquel Lyra entrega nova UTI Pediátrica no Hospital Dom Moura

 VIDE TEXTO COMPLETO NO BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | quarta-feira, 21 de maio de 2025

 


 

A governadora Raquel Lyra inaugurou nesta quarta-feira, dia 21, a nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Regional Dom Moura (HRDM), em Garanhuns. A estrutura começa a funcionar nesta quinta-feira, dia 22.

 

A nova ala dispõe de cinco leitos, sendo um de isolamento para casos infectocontagiosos, e oferece suporte multiprofissional com tecnologia de ponta. O espaço amplia a rede de cuidados intensivos infantis da Região, que atende a uma população estimada em 800 mil pessoas.  

“Essa é uma área de referência e, agora, as crianças serão atendidas mais perto de casa. É o nosso compromisso com a regionalização da saúde”, afirmou Raquel Lyra. A Vice-governadora Priscila Krause, que acompanhou a inauguração, destacou o avanço. “Estamos entregando o que há anos era apenas promessa. Isso é resultado de compromisso e responsabilidade.” 

“Esses leitos foram contactados com a Secretaria de Saúde para suprir a necessidade da nossa Região. Nós abrangemos 21 municípios. Com o crescimento populacional, vimos a necessidade de uma UTI na nossa Unidade, haja visto o número de transferências dessas crianças para as redes das cidades, tanto de Caruaru quanto do Recife”, explicou a diretora-geral do Hospital Regional Dom Moura, Luciana Santos.  

NOVO HOSPITAL  – O Governo do Estado também está com um processo de licitação aberto para construção do Hospital Mestre Dominguinhos, em Garanhuns, que contará com 269 leitos. Uma nova maternidade também será construída no Município. (@blogcarloseugenio, com imagens de Janaína Pepeu/Secom)

Assista o vídeo: clique abaixo para conferir o projeto do Hospital Mestre Dominguinhos.

https://www.youtube.com/watch?v=Rhgx7ldEBlw

EM TEMPO: Atenção Moçada: podem chorar juntamente com o "Nevado Dançarino", Prefeito da Cidade de Recife. Apesar do sucesso da governadora Raquel Lira, convém lembrar que ela, João Campos, Marília Arraes, dentre outros, oscilam entre à Direita e a Centro Direita. Mais: tanto Raquel quando o João Campos, ambos têm o apoio de alas do PT, isto é, com a anuência do presidente Lula. Por fim é aconselhável dizer que o maior erro da Esquerda é promover um político de Direita para a Centro Esquerda ou Esquerda, como se fosse uma mágica. Aqui em Garanhunsm Zazá e Sivaldo são de Direita. Alguma dúvida Moçada! (rsrsrs)