"Trump quer transformar o mundo em uma pista de dança sob o ritmo do império americano", resume
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| Pepe Escobar e Donald Trump (Foto: Brasil247 | Reuters) |
247 – Em análise
publicada no YouTube, o jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar traça um
panorama dos primeiros meses do ano, marcado por uma sucessão de eventos que
redesenham o tabuleiro internacional. O vídeo, gravado em Moscou, destaca a
influência das decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a
dinâmica global, comparando seu impacto a um "terremoto" geopolítico.
Escobar inicia sua reflexão relatando
suas recentes viagens pela França, Itália e Turquia, que lhe proporcionaram uma
visão detalhada do "marasmo e desespero" da União Europeia,
resultado, segundo ele, de escolhas equivocadas das elites do continente. Em
Istambul, destaca um jantar com integrantes da inteligência turca, onde discutiu-se
o papel da Turquia na crise síria e a sua complexa relação com o BRICS.
"Erdogan e a inteligência turca estão navegando de um dia para o outro,
sem um plano de longo prazo para a Síria", afirmou Escobar.
Sobre o BRICS, ele aponta que a
Turquia dificilmente será aceita como membro pleno, devido aos fortes laços com
o Ocidente, especialmente com a União Europeia, destino de 40% das exportações
turcas.
Já em Moscou, Escobar destaca a
expectativa em torno da presidência brasileira do BRICS, que deve ganhar ritmo
a partir de fevereiro. Ele também analisa a relação entre Rússia e China,
mencionando o encontro virtual de 95 minutos entre Vladimir Putin e Xi Jinping,
ocorrido logo após a posse de Trump, que ele considera um evento simbólico da
nova ordem global em formação.
O analista critica o que chama de
"tsunami de ordens executivas" da nova administração Trump, que, em
sua visão, visa consolidar um "hipercapitalismo brutal" e aprofundar
o controle dos Estados Unidos sobre a economia global. "Trump quer
transformar o mundo em uma pista de dança sob o ritmo do império
americano", resume.
Por fim, Escobar aborda a guerra na Ucrânia,
classificando-a como uma "guerra por procuração" dos EUA contra a
Rússia. Ele avalia que Trump pretende usar o conflito para reforçar sua
narrativa interna, culpando Moscou por qualquer fracasso em negociações de paz.
"Trump é um mestre da narrativa, e sabe como manipular a opinião pública
global", conclui. Confira:

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