Ex-ajudante de Bolsonaro detalha trama que visava impedir a posse do presidente e revela atuação da cúpula militar
05 de dezembro de 2024
Braga Netto e a Polícia Federal (Foto: Alan
Santos/PR | Tânia Rêgo/Agência Brasil)
247 – O
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL),
afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5) que o
general Walter Braga Netto teve participação decisiva em uma trama golpista que
incluía o planejamento do assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então
presidente eleito.
A informação foi divulgada pela CNN Brasil e reforça elementos previamente apresentados por Cid em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 21 de novembro.Segundo apuração da CNN, Cid foi questionado pela PF sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que, conforme os investigadores, consistia no assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio Alexandre de Moraes. O depoimento é o primeiro em que o militar detalha o plano diretamente às autoridades policiais, revelando novos desdobramentos da articulação golpista.
Acordo de delação premiada
Mauro Cid, que assinou um acordo de
colaboração premiada em setembro de 2023, tornou-se peça-chave nas
investigações sobre o governo Bolsonaro, incluindo denúncias de fraude em
cartões de vacinação contra a Covid-19, venda de joias sauditas e a tentativa de
golpe de Estado. Apesar de enfrentar risco de perder os benefícios do acordo
por contradições anteriores, Cid conseguiu mantê-lo ao apresentar detalhes
inéditos sobre a atuação de Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato
a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.
Em seu depoimento ao STF, o ex-ajudante de ordens afirmou desconhecer pessoalmente os planos para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. Entretanto, os novos elementos reforçam a suspeita de que setores do governo Bolsonaro buscavam sabotar a democracia por meio de ações extremas.
Plano “Punhal Verde e Amarelo”
De acordo com a PF, o plano foi idealizado pelo general Mario Fernandes, então o número dois na Secretaria-Geral da Presidência. Um documento contendo o planejamento operacional teria sido impresso no Palácio do Planalto em 9 de novembro de 2022, poucos dias após a derrota de Bolsonaro nas eleições. O relatório final aponta que o documento foi levado ao Palácio da Alvorada, mas, segundo o advogado de Fernandes, Marcus Vinícius Figueiredo, “jamais foi entregue a ninguém”.
Indiciamentos e novas implicações
O caso já resultou no indiciamento de
37 pessoas, incluindo Bolsonaro, por crimes como tentativa de golpe de Estado,
abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O
inquérito foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República, cabendo agora ao
procurador Paulo Gonet decidir se apresentará denúncias formais.
Com as novas declarações de Cid, a trama envolvendo
a cúpula militar e política do governo Bolsonaro se torna ainda mais grave,
evidenciando tentativas de subverter o Estado Democrático de Direito e ameaçar
a estabilidade institucional no Brasil.
EM TEMPO: Na realidade não houve Golpe Militar porque o governo Biden e a CIA, não apoiavam. Convém lembrar que o governo Biden enviou uma Generala do Cone Sul, a qual participou de uma reunião, em meados do primeiro semestre de 2022, com o Alto Comando das Forças Armadas e disse pessoalmente que não existia apoio dos EUA para uma aventura militar. Lembrando que o arruaceiro Bozo foi um dos últimos Chefes de Estado a reconhecer a vitória de Biden contra Trump nas eleições presidenciais dos EUA. OK, Moçada!

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