sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Terrorismo bolsonarista bombeia candidatura de Lula em 2026

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


'O repeteco do terror do 8 de janeiro de 2023 tem como consequência o isolamento ultradireitista pela sua principal aliada, a direita', escreve César Fonseca


 


 

O presidente Lula é o grande beneficiado pelo atentado terrorista na Praça dos Três Poderes, no qual morreu o terrorista bolsonarista de Santa Catarina, Francisco Wanderley Luiz.

O atentado afasta a direita da ultra direita fascista e fortalece o centro-esquerda, beneficiando a candidatura Lula-2026.

O terrorismo de ultradireita, que colocou a cabeça de fora em 8 de janeiro de 2023, marginaliza politicamente a ultradireita.

Os ultra radicais se isolam e levam a direita – potencial aliada dos fascistas – a se deslocar para o centro, aumentando sua propensão de apoio ao centro-esquerda, para fugir do estigma do fascismo.

Fortalece o ambiente que caracterizou a criação da Frente Democrática lulista, vitoriosa frente aos fascistas em 2022.

Lula, com a Frente, transformou-se no líder de centro-esquerda à qual se agregou a direita que se descolou da ultradireita bolsonarista para votar no líder dos trabalhadores, para governar por mais quatro anos pela terceira vez.

O terrorista que se auto explodiu na Praça dos Três Poderes contribuiu para a estratégia do presidente que levou ao terceiro mandato.

Para tanto, Lula levantou a bandeira anti-terrorista anti-bolsonarista, com o seu contrapolo: a bandeira da união, do pacifismo.

REVERSÃO DE EXPECTATIVA

A derrota recente da esquerda nas eleições municipais estava levando à discussão de outra frente política capitaneada pela direita que tenderia a esvaziar a Frente lulista, criando expectativas adversas.

Mas, com a implosão política da ultra direita fascista por meio do terrorista bolsonarista catarinense, ganha força a ideia da Frente lulista pacifista face à direita e ultradireita que imaginaram possibilidade de frente anti-Lula.

O fato é que, sobretudo, o resultado eleitoral consagrou a propensão da sociedade ao diálogo democrático e afastou a possibilidade de êxito de extremismo como esse que acaba de acontecer.

O terrorismo bolsonarista joga combustível para a candidatura Lula que voltou ao terceiro mandato, lutando contra a hegemonia bolsonarista terrorista neoliberal, levantando a bandeira do pacifismo e do desenvolvimento econômico com distribuição de renda.

A essência fundamental da luta lulista é anti-neoliberal.

RAIZ DO ÓDIO BOLSONARISTA

Graças ao neoliberalismo armado por Bolsonaro e Paulo Guedes, a sociedade se tornou mais violenta em decorrência da maior exploração do trabalho e da redução dos salários, obra da destruição dos direitos sociais sob reforma trabalhista neoliberal.

Os trabalhadores que defendem a escala 6x1, por exemplo, pregam, essencialmente, o que a reforma trabalhista neoliberal lhes roubou: tempo para o descanso e o lazer, com redução de salários.

O mal estar neoliberal azedou o mal humor social.

Mais da metade da força de trabalho perdeu seus direitos trabalhistas e tiveram, principalmente, diminuição dos salários.

Elevou-se a taxa de mais valia do trabalhador mediante maiores lucros dos patrões com redução dos custos das folhas de pagamento.

Ganhou o capital, perdeu o trabalho.

Com menos salários, os trabalhadores reduziram o consumo e caíram os lucros dos empresários que correm, agora, ao governo atrás de subsídios.

Cerca de R$ 200 bilhões em subsídios concedidos pelo governo para perto de 60 mil empresas, elevam a taxa de lucro cadente dos empresários abalada pela queda do poder de compra dos salários, desvalorizados pela reforma trabalhista neoliberal bolsonarista.

Bolsonaro é o anti-Vargas que veio para destruir trabalhadores, missão número um do fascismo.

Os fascistas bolsonaristas tentam destruir Lula com discurso de ódio que o neoliberalismo bolsonarista despertou.

O SONHO ACABOU

Os bolsonaristas pensaram alto que a vitória eleitoral municipal garantiria a volta do bolsonarismo.

Mas o germe terrorista antidemocrático bolsonarista cresceu e explodiu na Praça dos 3 Poderes outra vez.

Repeteco do terror de 8 de janeiro de 2023, encarnado no imaginário psicológico bolsonarista, cujas consequências tendem a ser crescente isolamento ultradireitista pela sua principal aliada, a direita.

O extremismo bolsonarista teria ou não ligação com tentativas do terrorismo internacional fascista ultradireitista, cujo chefe espiritual agora é Donald Trump?

Tentam ou não os fascistas ultrarradicais chamar a atenção do fascista Donald Trump para o Brasil, a fim de dar apoio aos extremistas tupiniquins?

O tiro saiu pela culatra.

O kamikaze bolsonarista denunciou o potencial terrorista do bolsonarismo e deixou Bolsonaro em pânico.

Agora, a prioridade do ex-presidente é vender outra imagem, a do pacifista.

Mas, assim como Lula diz que é uma ideia, a do desenvolvimento e da justiça social, o mesmo acontece em sentido contrário em relação a Bolsonaro: ele é a ideia do ódio fascista.

As palavras, como diz Freud, servem para esconder o pensamento.

Bolsonaro tentou se esconder em artigo pacifista na Folha de São Paulo, mas encarna a ideia nos fiéis adeptos do terror.

Ele tenta jogar fora sua fantasia terrorista e vestir a fantasia do pacifista.

Debalde.

Os seus seguidores não obedecem ao pacifismo, porque são a encarnação do ódio destilado pela essência bolsonarista.

Estão dispostos, agora, a se transformarem em homens bombas.

O Congresso vai aprovar a anistia para o ideário do terror?

O terrorista Francisco Wanderley Luiz bombeia a candidatura Lula 2026.

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