Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado) |
'O repeteco do
terror do 8 de janeiro de 2023 tem como consequência o isolamento
ultradireitista pela sua principal aliada, a direita', escreve César Fonseca
O presidente Lula é
o grande beneficiado pelo atentado terrorista na Praça dos Três Poderes, no
qual morreu o terrorista bolsonarista de Santa Catarina, Francisco Wanderley
Luiz.
O atentado afasta a direita da ultra
direita fascista e fortalece o centro-esquerda, beneficiando a candidatura
Lula-2026.
O terrorismo de ultradireita, que
colocou a cabeça de fora em 8 de janeiro de 2023, marginaliza politicamente a
ultradireita.
Os ultra radicais se isolam e levam a
direita – potencial aliada dos fascistas – a se deslocar para o centro,
aumentando sua propensão de apoio ao centro-esquerda, para fugir do estigma do
fascismo.
Fortalece o ambiente que caracterizou
a criação da Frente Democrática lulista, vitoriosa frente aos fascistas em
2022.
Lula, com a Frente, transformou-se no
líder de centro-esquerda à qual se agregou a direita que se descolou da
ultradireita bolsonarista para votar no líder dos trabalhadores, para governar
por mais quatro anos pela terceira vez.
O terrorista que se auto explodiu na
Praça dos Três Poderes contribuiu para a estratégia do presidente que levou ao
terceiro mandato.
Para tanto, Lula levantou a bandeira
anti-terrorista anti-bolsonarista, com o seu contrapolo: a bandeira da união,
do pacifismo.
REVERSÃO DE EXPECTATIVA
A derrota recente da esquerda nas
eleições municipais estava levando à discussão de outra frente política
capitaneada pela direita que tenderia a esvaziar a Frente lulista, criando
expectativas adversas.
Mas, com a implosão política da ultra
direita fascista por meio do terrorista bolsonarista catarinense, ganha força a
ideia da Frente lulista pacifista face à direita e ultradireita que imaginaram
possibilidade de frente anti-Lula.
O fato é que, sobretudo, o resultado
eleitoral consagrou a propensão da sociedade ao diálogo democrático e afastou a
possibilidade de êxito de extremismo como esse que acaba de acontecer.
O terrorismo bolsonarista joga
combustível para a candidatura Lula que voltou ao terceiro mandato, lutando
contra a hegemonia bolsonarista terrorista neoliberal, levantando a bandeira do
pacifismo e do desenvolvimento econômico com distribuição de renda.
A essência fundamental da luta
lulista é anti-neoliberal.
RAIZ DO ÓDIO BOLSONARISTA
Graças ao neoliberalismo armado por
Bolsonaro e Paulo Guedes, a sociedade se tornou mais violenta em decorrência da
maior exploração do trabalho e da redução dos salários, obra da destruição dos
direitos sociais sob reforma trabalhista neoliberal.
Os trabalhadores que defendem a
escala 6x1, por exemplo, pregam, essencialmente, o que a reforma trabalhista
neoliberal lhes roubou: tempo para o descanso e o lazer, com redução de
salários.
O mal estar neoliberal azedou o mal
humor social.
Mais da metade da força de trabalho
perdeu seus direitos trabalhistas e tiveram, principalmente, diminuição dos
salários.
Elevou-se a taxa de mais valia do
trabalhador mediante maiores lucros dos patrões com redução dos custos das
folhas de pagamento.
Ganhou o capital, perdeu o trabalho.
Com menos salários, os trabalhadores
reduziram o consumo e caíram os lucros dos empresários que correm, agora, ao
governo atrás de subsídios.
Cerca de R$ 200 bilhões em subsídios
concedidos pelo governo para perto de 60 mil empresas, elevam a taxa de lucro
cadente dos empresários abalada pela queda do poder de compra dos salários,
desvalorizados pela reforma trabalhista neoliberal bolsonarista.
Bolsonaro é o anti-Vargas que veio
para destruir trabalhadores, missão número um do fascismo.
Os fascistas bolsonaristas tentam
destruir Lula com discurso de ódio que o neoliberalismo bolsonarista despertou.
O SONHO ACABOU
Os bolsonaristas pensaram alto que a
vitória eleitoral municipal garantiria a volta do bolsonarismo.
Mas o germe terrorista
antidemocrático bolsonarista cresceu e explodiu na Praça dos 3 Poderes outra
vez.
Repeteco do terror de 8 de janeiro de
2023, encarnado no imaginário psicológico bolsonarista, cujas consequências
tendem a ser crescente isolamento ultradireitista pela sua principal aliada, a
direita.
O extremismo bolsonarista teria ou
não ligação com tentativas do terrorismo internacional fascista
ultradireitista, cujo chefe espiritual agora é Donald Trump?
Tentam ou não os fascistas
ultrarradicais chamar a atenção do fascista Donald Trump para o Brasil, a fim
de dar apoio aos extremistas tupiniquins?
O tiro saiu pela culatra.
O kamikaze bolsonarista denunciou o
potencial terrorista do bolsonarismo e deixou Bolsonaro em pânico.
Agora, a prioridade do ex-presidente
é vender outra imagem, a do pacifista.
Mas, assim como Lula diz que é uma
ideia, a do desenvolvimento e da justiça social, o mesmo acontece em sentido
contrário em relação a Bolsonaro: ele é a ideia do ódio fascista.
As palavras, como diz Freud, servem
para esconder o pensamento.
Bolsonaro tentou se esconder em
artigo pacifista na Folha de São Paulo, mas encarna a ideia nos fiéis adeptos
do terror.
Ele tenta jogar fora sua fantasia
terrorista e vestir a fantasia do pacifista.
Debalde.
Os seus seguidores não obedecem ao
pacifismo, porque são a encarnação do ódio destilado pela essência
bolsonarista.
Estão dispostos, agora, a se
transformarem em homens bombas.
O Congresso vai aprovar a anistia
para o ideário do terror?
O terrorista Francisco Wanderley Luiz bombeia a
candidatura Lula 2026.
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