Presidente Lula e Vladimir Putin (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Sputnik/Alexander Kazakov/Pool via REUTERS)
Sputnik - Nesta
quinta-feira (5), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursou no Fórum
Econômico do Oriente, na cidade russa de Vladivostok.
Putin disse que o Fórum Econômico do
Oriente se tornou uma plataforma para discutir estratégias de desenvolvimento
da Rússia e de toda a Ásia-Pacífico.
"O Fórum Econômico do Oriente se
tornou, por direito, uma plataforma reconhecida para o estabelecimento de contatos
comerciais sólidos e discussão de questões estratégicas de desenvolvimento do
Extremo Oriente russo e de toda a região da Ásia-Pacífico", disse Putin em
uma sessão plenária do Fórum Econômico do Oriente.
Segundo ele, os principais laços
comerciais e rotas de comércio estão cada vez mais reorientados para o Oriente
e o Sul Global.
"Os desafios que enfrentamos
recentemente e as tendências objetivas, [...] que estão ganhando força na
economia global, em que os principais laços comerciais, rotas de comércio e, em
geral, todo o vetor de desenvolvimento estão cada vez mais reorientados para o
Oriente e o Sul Global. Nossas regiões do Extremo Oriente fornecem acesso
direto a esses mercados promissores em crescimento e nos permitem superar as
barreiras que algumas elites ocidentais estão tentando impor ao mundo",
disse o líder russo.
O presidente russo assegurou que a
Rússia vai melhorar o clima de negócios em geral na Rússia e na região do
Extremo Oriente especificamente para investidores estrangeiros.
Vladimir Putin anunciou a criação de
um Território de Desenvolvimento Avançado na região de Primorie, cuja capital é
Vladivostok.
Estes territórios na Rússia são zonas
econômicas com condições fiscais favoráveis, procedimentos administrativos
simplificados e outros privilégios criados para atrair investimentos, acelerar
o desenvolvimento econômico e melhorar a vida da população.
"Mais de mil acordos,
totalizando mais de 10,5 trilhões de rublos [R$ 663,8 bilhões], foram assinados
somente nos últimos três fóruns", disse Putin.
Putin afirmou que a Rússia vai expandir a parceria com parceiros estrangeiros, continuando a fortalecer a posição da Rússia no mundo.
Situação na zona da operação militar especial
Quando perguntado sobre a situação na
região de Kursk, Putin respondeu que o Exército da Rússia deve remover o
inimigo do território russo. Ele também afirmou que os moradores das regiões
fronteiriças russas sofrem com os ataques terroristas por parte da Ucrânia.
Kiev queria obrigar a Rússia a ficar
agitada e nervosa, para interromper a ofensiva russa em Donbass, mas nada deu
certo, afirmou o mandatário.
Segundo ele, não há ações por parte
dos ucranianos para conter a ofensiva russa na zona da operação especial. As
perdas das Forças Armadas ucranianas podem levar à destruição da linha de
frente e à perda da capacidade de combate do Exército ucraniano, que é o que a
Rússia deseja.
O presidente russo confirmou que as
Forças Armadas russas estabilizaram a situação e começaram a expulsar o inimigo
das áreas fronteiriças do território russo.
Os líderes do Brasil, China e Índia
pretendem sinceramente ajudar no processo de solução do conflito ucraniano,
sublinhou o presidente russo Vladimir Putin.
"Respeitamos os nossos amigos e
parceiros que, acredito, estão genuinamente interessados em resolver todas as
questões relacionadas a esse conflito. Trata-se principalmente da República
Popular da China, do Brasil e da Índia", disse Putin.
Segundo Putin, foi possível chegar a
um acordo com Kiev em Istambul em 2022, o lado ucraniano ficou satisfeito com
os acordos alcançados, mas eles receberam uma ordem para não fazer isso.
"Conseguimos chegar a um acordo,
essa é a grande questão. A assinatura do chefe da delegação ucraniana, que
rubricou esse documento, atesta isso, o que significa que o lado ucraniano
ficou, de modo geral, satisfeito com os acordos firmados. Ele não entrou em
vigor apenas porque eles receberam uma ordem para não fazer isso, porque as
elites dos EUA, da Europa, de alguns países europeus, queriam alcançar uma derrota
estratégica da Rússia", revelou Putin.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que se a
Ucrânia desejar realizar conversações, a Rússia não vai se recusar, mas elas
serão realizadas com base nos acordos estabelecidos em Istambul em 2022.
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