Tel-Aviv (Foto: Reprodução) |
Manifestações acontecem enquanto negociações não avançam em relação a um acordo de cessar-fogo em troca da libertação de reféns, além da ameaça de uma guerra com o Líbano
29 de junho de 2024
Sputnik Brasil - Milhares de
manifestantes se reuniram em cidades israelenses na noite deste sábado (29)
exigindo eleições antecipadas e a conclusão imediata de um acordo para libertar
reféns mantidos pelo Hamas por quase nove meses. A maior concentração ocorreu
no centro de Tel Aviv, informou um correspondente da Sputnik.
As manifestações acontecem em um contexto onde as negociações não avançam em relação a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza em troca da libertação de reféns, além da ameaça de uma guerra em grande escala com o Líbano. O protesto tradicional em Tel Aviv está acontecendo perto do complexo de prédios do governo, onde fica a sede do Ministério da Defesa de Israel. Forças policiais foram posicionadas no local para bloquear o trânsito no centro da cidade e erguer barreiras.
Os manifestantes agitam bandeiras nacionais, entoam slogans antigoverno, tocam tambores e seguram fotos de reféns. A ação foi coordenada com a polícia e até agora foi realizada sem perturbar a ordem pública. Vários familiares de reféns mantidos na Palestina falaram durante o evento, e um ex-refém discursou para a multidão por vídeo. Uma das familiares, Ayala Metzger, cunhada do refém Yoram Metzger, disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é cúmplice das mortes de reféns israelenses por causa de sua insistência em continuar a guerra.
"O que existe entre nós e os
nossos entes queridos é a insistência de Netanyahu em não acabar com a guerra
como parte de um acordo. A implicação de continuar a guerra é o assassinato dos
reféns pelo governo israelense! Haverá sangue em suas mãos!" disse Ayala
Metzger, de acordo com a mídia israelense.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas
lançou um ataque com foguetes em grande escala contra Israel e rompeu a
fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Cerca de 1,1 mil pessoas
em Israel foram mortas e aproximadamente 240 foram sequestradas durante o
ataque.
Em retaliação, Israel ordenou o
bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino
com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os
reféns. A ação, até o momento, deixou mais de 37,4 mil mortos e mais de 85,6
mil feridos.
Acredita-se que um total de 120 reféns ainda sejam
mantidos pelo Hamas em Gaza.
EM TEMPO: A população do mundo inteiro precisa se manifestar sempre quando seus governantes ditadores, ou não, inventam suas guerras em prejuízo dos interesses coletivos do seu povo. São os casos do Zelensky na Ucrânia, Netanyahu em Israel, ......
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