Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: ABr | Agência Senado ) |
Segundo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a consulta teria sido feita pelo então mandatário durante uma reunião privada no Palácio da Alvorada
8 de março de 2024
247 - O tenente-coronel
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL), afirmou em sua delação
premiada à Polícia Federal (PF) que o então mandatário teria consultado os três
comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado em
uma reunião privada, realizada no Palácio da Alvorada, logo após a
derrota nas urnas em 2022.
Segundo trechos do
depoimento de Mauro Cid, obtidos pela revista Veja, a reunião
ocorreu em novembro de 2022, poucos dias após a vitória do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. De acordo com o ex-ajudante de ordens de
Bolsonaro, ele convocou os chefes do Exército, general Marco Antônio Freire
Gomes, da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior, e da Marinha,
almirante Almir Garnier.
Na ocasião,
Bolsonaro já havia aprovado uma minuta de um decreto golpista que, segundo Cid,
teria sido elaborada e apresentada pelo assessor Filipe Martins. Durante a
reunião, Bolsonaro teria ficado a sós com os três comandantes sendo que o chefe
da Marinha, Almir Garnier, teria sido o único a endossar o suposto plano
golpista.
Mauro Cid deverá
prestar um novo depoimento à Polícia Federal na próxima segunda-feira (11). A
expectativa dos investigadores é que ele revele mais detalhes sobre a trama
golpista de maneira a elucidar pontos ainda não esclarecidos pela investigação.
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