domingo, 14 de janeiro de 2024

"O que Israel faz na Palestina é um genocídio", diz o israelense Miko Peled à TV 247

 

Miko Peled (Foto: Reprodução Youtube)


"Há um padrão de assassinatos de civis, jornalistas e não há qualquer dúvida sobre o método e a intenção de matar", afirma

14 de janeiro de 2024


247 – O correspondente da TV 247 em Nova York, Pedro Paiva, entrevistou Miko Peled, ativista israelense e autor do livro "O Filho do General". Peled, nascido em Jerusalém em 1961 em uma família tradicionalmente sionista, abordou sua experiência crescente em meio a essa atmosfera e como se tornou um ativista pela Palestina após testemunhar os crimes de guerra cometidos por Israel em 1967.

Peled compartilhou sua jornada de se afastar do sionismo após a tragédia pessoal de perder a sobrinha em um ataque suicida em 1997. Ele discutiu os mitos fundacionais de Israel, que justificam a ocupação, destacando a construção de uma narrativa baseada em mentiras ao longo dos anos. "O que Israel faz na Palestina é um genocídio", disse ele. "Há um padrão de assassinatos de civis, jornalistas e não há qualquer dúvida sobre o método e a intenção de matar", afirma.

A entrevista abordou os ataques recentes de Israel contra Gaza, alegando um padrão consistente de ataques a jornalistas e profissionais de saúde. Peled argumentou que essa prática reflete uma clara intenção política e sustentou que o genocídio é uma denominação adequada para descrever as ações israelenses ao longo dos anos.

Ao discutir os interesses dos Estados Unidos e da União Europeia na região, Peled enfatizou a eficácia da campanha de marketing sionista ao longo de um século, que moldou a opinião pública no Ocidente.

Sobre o futuro, Peled sugeriu que o Brasil pode desempenhar um papel significativo cortando laços com Israel, aderindo à iniciativa sul-africana na Corte Internacional de Justiça e promovendo uma verdadeira democracia com direitos iguais em toda a Palestina histórica. Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=z3-O_t2ypNk&t=5s

EM TEMPO: É importante que se diga que os judeus democráticos, humanistas, progressistas e de esquerda, exercem uma função importante tanto em favor da causa palestina, como também em favor da paz e de informarem para o mundo que a maioria dos judeus não são a favor do genocídio, ora praticado pelo governo de extrema-direita,  nazifascista e racista de Netanyahu. O judeu que é contra o genocídio, geralmente é perseguido por um setor reacionário da comunidade judaica, isto é,  aqui no Brasil, a exemplo da perseguição que está sendo  praticada contra o jornalista Breno Altman. 

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