Lindbergh Farias (Foto: Alessandro Dantas) |
“É uma espécie de
parlamentarismo orçamentário”, definiu o deputado sobre o avanço do Legislativo
sobre o Executivo
247 - Durante entrevista
à TV 247, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) expressou preocupação em
relação às mudanças em curso no cenário político brasileiro. Para Lindbergh,
está em curso um tipo de 'parlamentarismo orçamentário', onde o Poder Legislativo
avança sobre as decisões do Executivo.
O deputado ressalta
que atualmente existem R$ 37 bilhões em emendas impositivas. No entanto, o
documento apresentado pelo relator das Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo
Forte (União-CE), propõe a adição de mais R$ 11 bilhões em emendas de comissão,
elevando o total para quase R$ 50 bilhões.
O deputado federal
argumenta que essas emendas acabam sendo pulverizadas em pequenos projetos
eleitoreiros nas cidades, em vez de serem direcionadas a projetos estruturantes
de âmbito nacional: "se você pudesse vincular a emenda a um projeto
estruturante para o país, como o PAC, seria mais benéfico".
Lindbergh enfatiza
a complexidade das relações entre o Congresso e o presidente Lula(PT) . Segundo
ele, as alegações de que o governo não cumpre acordos com os deputados não
refletem a realidade, pois houve um aumento de 79% no pagamento de emendas
neste ano. Para ele, é o Congresso que não estão cumprindo com suas
responsabilidades.
EM TEMPO: O Congresso Brasileiro é bastante conservador, uma vez que a população brasileira é pouca politizada e "não acordou pra Jesus" para eleger parlamentares democráticos, progressistas e, também, de esquerda. Na prá-tica estamos vivenciando um "semi-presidencialismo" ou "semi-parlamentarismo" sem responsabilidade dos congressistas. Afinal a maioria dos parlamentares jogam o "abacaxi" para o governo federal ou STF descascarem, como é o caso da derrubada do veto do presidente Lula ao "Marco Temporal". Lembrando que alguns juristas afirmam categoricamente que o "Marco Temporal" é inconstitucional. Tem outro "abacaxi" em véspera de votação que é a reforma do "Ensino Médio" proposta pela Direita.
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