O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Foto: REUTERS) |
6 de novembro de
2023
Lei marcial na Ucrânia complica panorama eleitoral
247 - Em meio a uma lei
marcial vigente, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta
segunda-feira (6) que "não é o momento certo para eleições",
referindo-se ao final iminente de seu mandato de cinco anos, de acordo com
informações do site The Hill.
Durante seu
comunicado em vídeo, o presidente expressou sua preocupação em relação ao
momento político e social pelo qual a Ucrânia passa. Segundo ele, o país não
deveria estar se preocupando com processos eleitorais enquanto tenta se
defender de uma operação militar russa que começou em fevereiro de 2022.
"E finalmente, as ondas de qualquer coisa politicamente divisiva devem
parar", enfatizou. E acrescentou: "Devemos perceber que agora é o
momento de defesa, o momento da batalha que determina o destino do estado e do
povo, não o momento de manipulações, que é exatamente o que a Rússia espera da
Ucrânia."
O líder ucraniano
reconhece a necessidade de coesão política em tempos de crise. "E se
precisamos encerrar uma disputa política e continuar trabalhando em unidade,
existem estruturas no Estado que são capazes de pôr fim a isso e fornecer à
sociedade todas as respostas necessárias", afirmou Zelensky, reforçando a
necessidade de evitar conflitos internos e manipulações externas.
As eleições
presidenciais ucranianas acontecem tradicionalmente a cada cinco anos. Com a
próxima prevista para março de 2024 e considerando que Zelensky assumiu o cargo
em maio de 2019, o término de seu mandato está próximo. No entanto, complicando
o panorama eleitoral, as eleições parlamentares, originalmente marcadas para
outubro, foram adiadas devido à lei marcial imposta em resposta à invasão
russa.
Em uma tentativa de
resposta ao impasse eleitoral, Zelensky, em agosto, sugeriu possíveis eleições
em 2024, condicionando a realização do pleito a mudanças legislativas e apoio
externo. Contudo, dias depois, o assessor presidencial ucraniano Mykhailo
Podolyak expressou ceticismo, afirmando que o país não estava preparado para
eleições naquele ano.
Uma pesquisa
recente realizada pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (KIIS)
revelou que 81% dos ucranianos são contrários a eleições sob lei marcial. A
mesma pesquisa apontou que 65% estão céticos quanto ao voto remoto por medo de
fraudes, enquanto 29% apoiam esse formato.
A pesquisa, que
ouviu 1.010 pessoas por telefone entre 30 de setembro e 13 de outubro, possui
uma margem de erro de 2,4%.
EM TEMPO: O governo do nazifascista Zelensky reprime e prende os militantes de esquerda, os quais se opõem as ordens dos EUA e da OTAN que provocam uma guerra suicida contra a Rússia e consequentemente a deteriorização das condições de sobrevivência da população ucraniana, além das mortes e destruição do patrimônio físico. Daí a importância da população derrotar eleitoralmente a extrema-direita na Ucrânia, em Israel, na Argentina, dentre outros lugares. No Brasil fizemos essa tarefa nas Eleições de 2022.
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