Benjamin Netanyahu (Foto: REUTERS/Ammar Awad) |
Netanyahu
"ignora abertamente a existência e os direitos dos palestinos",
escreve o jornal em editorial
8 de outubro de
2023
247 - O jornal israelense
Haaretz não poupou críticas em seu último editorial, apontando diretamente para
o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como o responsável principal pela
eclosão da guerra em Israel.
De acordo com
o Haaretz, a tomada de
decisões questionáveis, incluindo a nomeação de Bezalel Smotrich e Itamar
Ben-Gvir a posições-chave, configura-se como um "governo de anexação e
desapropriação". Esse cenário político culminou em uma política externa
que "ignora abertamente a existência e os direitos dos palestinos".
Essa negligência tem repercussões claras no modo como as forças armadas israelenses
percebem e, consequentemente, subestimam seu oponente e suas capacidades
militares ofensivas, argumenta o periódico.
O editorial
ressalta que os primeiros sinais de um possível confronto tiveram início na
Cisjordânia, onde a crescente pressão das políticas israelenses começou a ser
mais sentida pela população palestina. "Os palestinos começaram a sentir a
mão mais pesada do ocupante israelense", enfatiza o jornal.
No último sábado,
Israel sofreu um ataque sem precedentes vindo da Faixa de Gaza. Segundo relatos
do exército israelense, mais de 3.000 foguetes foram disparados pelo Hamas.
Adicionalmente, o exército também reportou infiltrações de dezenas de tropas do
Hamas em áreas de fronteira no sul de Israel. Em resposta, Israel mobilizou
suas tropas para o sul com o objetivo de retomar territórios e iniciou ataques
contra posições do Hamas em Gaza.
O resultado desse
acirramento nos conflitos é devastador. Os ataques do Hamas resultaram na morte
de 700 pessoas em território israelense, enquanto as ações retaliatórias de
Israel causaram a morte de mais de 400 palestinos.
O Haaretz conclui
seu editorial com uma observação contundente: "O preço foi pago pelas
vítimas".
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