O jornalista
defende que os sistemas de inteligência brasileiros devem ter civis em seu
comando.
30 de abril de 2023
Montagem (da esq. para a dir.): Gabinete de
Segurança Institucional, Luiz Inácio Lula da Silva e Breno Altman (Foto:
Reprodução | Reuters | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
“Lamento que o governo Lula não
aproveite a oportunidade de ouro para acabar com o GSI”, diz Breno Altman
247 - O jornalista
Breno Altman comentou a situação envolvendo o ex-ministro do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias - demitido após ter sido filmado
circulando entre invasores bolsonaristas no 8 de janeiro em Brasília -,
e avaliou que esta é uma “enorme oportunidade” para o presidente Lula (PT)
desmontar o próprio GSI, que, segundo o jornalista, “é um pé das Forças Armadas
dentro do governo”.
“O meu maior desconforto com o governo Lula é
com a questão militar. E acho que o presidente dá alguns sinais de que não
aproveitará esta enorme oportunidade para avançar contra uma das trincheiras da
tutela militar do estado que é exatamente a existência do GSI. Embora esvaziado
(pois a Abin passou para a alçada da Casa Civil), o GSI é um pé das FFAA dentro
do governo. Em tese, o GSI coordena todas as ações de inteligência civil e
militar e tem no seu comando, por lei, a indicação de um general”, disse Altman
em entrevista à TV 247.
https://www.youtube.com/watch?v=NpvzGu-TwoA&t=7667s
EM TEMPO: Acredito que o texto acima eleva a superfície uma discussão muita interessante, a qual até pouco tempo só era discutida em grupos minúsculos da nossa sociedade. No momento atual está correto a extinção do GSI, mas não é somente porque tem militares em seu comando, haja visto que tem civis que são mais reacionários do que muitos militares. O problema é que, atualmente, uma parcela considerável dos militares brasileiros pouco entendem de geopolítica, não são simpáticos ao Estado Democrático e de Direito, não são nacionalistas e são muito frágeis politicamente a ponto de darem apoio a um ex-presidente despreparado e que foi expulso do Exército por indisciplina. Dizia o ex-presidente militar Ernesto Geisel, que Bozo era um mal militar e o seu Comandante do Exército, general Leônidas Pires, naquela época, proibiu que Bozo visitasse os quarteis. Lembrando que o Bozo quando era parlamentar fazia parte do "baixo clero". Ok, Moçada! Agora durmam com essa bronca.
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