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Por Iram Alfaia – de Brasília
Celebrado como Posto Ipiranga de Bolsonaro, Guedes deixa como
legado um país quebrado com mais de 33 milhões de brasileiros e brasileiras
passando fome e 120 milhões com algum nível de insegurança alimentar.
Os últimos dias do desgoverno Bolsonaro têm sido melancólicos, caracterizados pelas raras aparições de um presidente taciturno. Seus gestos se limitam a oficializar no Diário Oficial da União nomeações de aliados e despachos dos auxiliares mais próximos, a exemplo, do pior ministro da Economia da história do país, Paulo Guedes, que saiu de férias para não voltar.
Celebrado como Posto Ipiranga de Bolsonaro, Guedes deixa como legado um país quebrado com mais de 33 milhões de brasileiros e brasileiras passando fome e 120 milhões com algum nível de insegurança alimentar.
Na quarta-feira, foi a vez do fiel ministro
das Comunicações, Fábio Faria, que pediu demissão do cargo faltando dez dias
para terminar o governo. A trajetória dele no primeiro time de Bolsonaro também
não foi boa.
A dois dias da eleição, por exemplo, Faria
tentou armar uma farsa para ajudar seu chefe no pleito.
Bolsonaristas
Trata-se
do RadioGate por meio do qual denunciou “grave fraudes” em inserções de
propaganda eleitoral de Bolsonaro que não foram veiculadas, sobretudo no
Nordeste. O episódio serviu até para que bolsonaristas pedissem o adiamento da
eleição.
Pela falta de provas, o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, desmontou de imediato a
farsa e, para não se ver encrencado, Faria culpou o partido do chefe por não
fiscalizar as inserções.
Enquanto despacha seus ministros, Bolsonaro
também usa a caneta para ajudar aliados. É o caso diretor-geral da Polícia
Federal (PF), Márcio Nunes de Oliveira, que foi designado, pelo prazo de três
anos, adido policial federal na Embaixada do Brasil em Madri, na Espanha.
De acordo com levantamento da Folha de S.Paulo, o
presidente já agiu da mesma forma, desde o final do segundo turno, para ajudar
mais de 40 aliados no governo. As vagas são de comissões e conselhos,
diplomatas, adidos e militares.
Não se sabe ainda se as canetadas vão
prevalecer, mas o certo é que o novo governo assumirá para reconstruir o Brasil
que está saindo das trevas.
EM TEMPO: Há um ditado popular que diz: "Um dia é do caçador, outro é da caça". É isso aí Bozo e Bolsominions.
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