terça-feira, 8 de novembro de 2022

'Não sei se tenho pena ou nojo', diz coronel da reserva Marcelo Pimentel sobre generais apoiadores de Bolsonaro

 

Coronel Marcelo Pimentel (Foto: Arquivo Pessoal | ABR)

8 de novembro de 2022

As Forças Armadas devem publicar nesta quarta-feira (9) um relatório questionando, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro


247 - O coronel da reserva do Exército brasileiro Marcelo Pimentel criticou nesta terça-feira (8) generais apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e que fizeram mobilizações para questionar o resultado da eleição presidencial. As Forças Armadas devem publicar nesta quarta-feira (9) um relatório sobre o processo eleitoral

"Assisto a cenas de pessoas ajoelhadas diante dos quartéis, batendo nos portões, marchando (bem) e clamando aos céus por algo que não sabem bem o que é!  Acompanho postagens de colegas generais/coronéis e suas esposas publicando de golpismo a delírio. Não sei se sinto pena ou nojo!", escreveu o militar no Twitter. Descrição: .

Nos últimos anos, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o seu governo. Ele fez críticas principalmente ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral. 

Em algumas ocasiões, o ocupante do Planalto afirmou sem provas que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra as urnas e defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição presidencial. Partidos oposicionistas denunciaram tentativa de golpe. 

No dia 30 de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com 50,9% (60 milhões) dos votos válidos no segundo turno, contra 49,1% (58 milhões) do ocupante do Planalto. 

Outros internautas também criticaram os militares apoiadores de Bolsonaro. A cantora Zélia Duncan afirmou que os generais "não sabem nada de democracia, nem de amor à uma nação".

EM TEMPO: Convém lembrar que caberá ao Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, General da Reserva e Ex-comandante do Exército, divulgar o "Relatório de Fiscalização das Eleições". Não é função das Forças Armadas se envolver no processo político eleitoral e nem tão pouco servir de manobra do Presidente golpista. . Mas, independente disso o que me chama mais atenção é essa adesão de alguns militares a um ex-capitão do exército, indisciplinado que foi o Bolsonaro. No governo militar/empresarial, o ex-presidente Geisel, in memorian e Ex-General, dizia que Bozo era um mal militar. O Comandante do Exército, naquela época, ex-general Leônidas Pires, proibiu Bozo de visitar os quartéis do exército de tão bonzinho que era. Afinal, Bozo ameaçou jogar uma bomba na Adutora do Guandu no RJ e liderava um movimento por aumento dos soldos dos militares o que é proibido pelo Estatuto do Militar. Perguntar não incomoda: o que foi que houve com o "juízo" de uma boa parcela dos militares brasileiros? Será que eles pensavam que iriam "domesticar" o Bozo? Mas, o que aconteceu foi o contrário. Bozo deu um "nó" e conseguiu piorar o "juízo" da maioria deles, extensivo a uma boa parcela dos civis.  

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