26 de outubro de 2022
(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247
| Reprodução/TV Globo)
"Um agente da Abin, que estranhamente estava
lá, pois agentes deste porte não fazem segurança de campanhas estaduais, matou
um cidadão, isso deve ser investigado", cobrou Solnik
247 - O jornalista Alex Solnik, em participação no Bom
Dia 247 desta quarta-feira (26), questionou por que a campanha de Tarcísio de
Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, omitiu que o autor
do disparo que matou Felipe Silva de Lima em Paraisópolis era um agente da
Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo o jornalista, foi uma clara
demonstração de que o suposto tiroteio foi plantado.
“Em Paraisópolis aconteceu um homicídio, um
assassinato. Um integrante da campanha de Tarcísio, que é um agente da Abin e
estranhamente estava lá, pois agentes deste porte não são designados para fazer
segurança de campanhas estaduais, matou um cidadão. Agora a campanha está
escondendo as provas. A campanha foi denunciada porque mandou apagar um vídeo da Jovem Pan
que flagrou esse episódio”, disse.
Solnik destaca que Tarcísio trouxe violência para São Paulo e tentou vender a história como um ataque contra ele, mas não foi o que realmente aconteceu. “Foi um ataque da campanha dele contra os paulistas. Este cidadão [Felipe Silva de Lima, homem morto pela polícia em Paraisópolis] que simplesmente estava em uma moto nas proximidades, apareceu morto sem nenhum motivo. Ele, inclusive, estava desarmado”, destacou.
O jornalista destaca, ainda, que o pedido da equipe
de Tarcísio para apagar as imagens que foram gravadas pelo cinegrafista da
Jovem Pan no momento em que o agente da Abin matou Felipe deve ser alvo de
investigação. “Isso que a campanha de Tarcísio fez, mandando apagar as provas,
pode constituir vários crimes como obstrução de justiça, favorecimento pessoal,
supressão de documentos, fraude processual e coação. Isso precisa ser
investigado profundamente”, finalizou.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.
Paulo, o soldado Henrique Gama dos Santos, apontado no B.O. do dia do tiroteio
como autor do disparo, há alguns meses foi treinado pela Escola de Inteligência
da Abin em Barbacena, cidade que fica a 103 quilômetros de Juiz de Fora.
O boletim informa que Henrique pertence ao
"comando do QG da PM, atuando na área da inteligência/P2”. No entanto, não
traz informações sobre o treinamento na Abin, órgão que recebeu em 2019 pelo
menos três agentes da Polícia Federal que atuaram na segurança de Jair
Bolsonaro em Juiz de Fora, naquele 6 de setembro de 2018, quando Bolsonaro
sofreu a facada ou suposta facada.
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