Com a força e a vontade do povo: Lula é recebido em ato histórico em Salvador, nesta quarta (12). Foto: Ricardo Stuckert
Publicado em 12/10/2022
“Obrigado por fazer a maior passeata que a Bahia já viu”. Com essas palavras, o ex-presidente Lula iniciou o comício da Coligação Brasil da Esperança, uma festa popular de grandes proporções que tomou as ruas de Salvador, nesta quarta-feira (12). O ato histórico, que consolida a mobilização de rua do Nordeste rumo à vitória de Lula no dia 30 de outubro, contou com o governador Rui Costa e o candidato do PT ao Executivo estadual, Jerônimo Rodrigues.
“Estou aqui para agradecer a cada mulher, a cada
homem, a cada adolescente que, no dia 2 de outubro, teve a ousadia e a coragem
de colocar meu nome na urna eletrônica”, afirmou Lula, lembrando que é grato ao
povo baiano desde suas primeiras votações para presidente em 1989. “Preciso que
vocês elejam Jerônimo governador da Bahia, quero repetir a parceria que fiz com
o companheiro Jaques Wagner, que eu fiz e o PT fez, no primeiro mandato, com o
Rui Costa”, pediu Lula.
Para Lula, é pelo Pacto Federativo e pelo respeito
entre entes que o Brasil poderá reintegrar políticas públicas em favor da população
nos municípios, com transparência e responsabilidade no emprego do dinheiro
público. Bem o oposto do que faz Bolsonaro com o orçamento secreto, que desvia
verbas para o favorecimento de aliados.
Bolsonaro atacou prefeitos e
governadores
“A parceria entre o governo federal, estadual e as
prefeituras é necessária para que o povo seja beneficiado pelo administrador
público, é preciso cuidar do Estado”, advogou Lula. “Esse genocida que governa
o Brasil, ao invés de conversar com governador, resolveu brigar com os 27
governadores de estado”, lamentou.
“Esse cidadão nunca recebeu um prefeito, vive
fazendo desaforo, sem nenhum respeito à sociedade”, acusou Lula. “Ele usa o
nome de Deus em vão. Essa semana, ele foi escorraçado no Círio do Nazaré, ele
tentou fazer política na procissão onde não foi convidado. Hoje, arrumou briga
na Aparecida do Norte, onde também foi sem ser convidado, tentando tirar
proveito da religião”.
Pela liberdade religiosa
“Tenho 76 anos, respeito todas as religiões. Aliás,
fui eu quem criou a lei, em 2003, de liberdade religiosa. E não tiro proveito
de religião”, pontuou Lula, no comício.
“Respeito todas, o budismo, o judaísmo, o
hislamismo, o católico, o evangélico, a religião de matriz africana, todas as
religiões. Cada um professa a religião que quer e Deus está olhando para todos
em igualdade de condições”.
Acabar com a fome novamente
Lula voltou a lamentar o terrível quadro de fome
que castiga as famílias de 33 milhões de brasileiros graças ao descaso de
Bolsonaro. “Não é normal um país que já foi a sexta economia do mundo, que é o
terceiro produtor de alimentos do mundo, que é o primeiro produtor de carne do
mundo tenha gente passando fome, comendo osso e carcaça de frango”, disparou.
“Hoje é dia
da criança e nesse país 33 milhões não têm o que comer. Fico me perguntando:
quantas crianças hoje almoçaram, tomaram café? Quantas crianças foram dormir
sem tomar um copo de leite com café? Isso não é normal”, disse, quase aos
prantos.
“Vamos pedir a cada um da Bahia que até o dia 30 não baixem as bandeiras, não tirem os chinelos. Daremos ao Brasil uma resposta concreta. Ao apertar o 13 de Jerônimo e Lula, estaremos dizendo, “nós te amamos, Bahia, te amamos, Brasil”, concluiu Jerônimo.
Bahia
com Lula
Rui Costa declarou o amor do povo baiano por Lula,
“essa figura humana”. Costa lembrou que Lula teve, no primeiro turno, 70% dos
votos dos baianos, “da Bahia de todas as cores, de todos os cantos e de todas
as religiões”. E apostou: “Não tenho dúvida de que você terá mais de 80% dos
votos da Bahia”.
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