Simone Tebet (MDB) Roberto Moreyra/Ag. O Globo |
Por Lauro Jardim
05/10/2022
O apoio de Simone Tebet a Lula é líquido e certo, mas a campanha do petista passou o dia de ontem todo tentando que ele fosse feito num tom mais impactante do que o MDB pensou. O PT pressionou para que fosse um evento em que Lula e Simone estejam juntos, discursem, preguem a união nacional. E assim será no início da tarde de hoje.
Já
o MDB, por questões internas, imaginou uma declaração formal dela, sem a
presença do ex-presidente. Motivo: para não desagradar os bolsonaristas do
partido. A ala lulista da legenda sempre preferiu, naturalmente, que os dois
aparecessem juntos na cerimônia.
Um
evento mais retumbante, como o planejado, é visto como importante para se
contrapor às imagens que nesta terça-feira a campanha de Jair Bolsonaro
conseguiu exibir, com os apoios de Rodrigo Garcia, Romeu Zema, Sergio Moro
e Claudio Castro.
Desde
a noite de domingo, quando saiu o resultado das urnas, o núcleo duro da
campanha de Lula tem se mostrado aturdido. O ponto central da estupefação é o
resultado de São Paulo — embora não seja o único motivo de debates. Tanto o
resultado que Fernando Haddad conseguiu, quanto o próprio Lula.
E, no fim das contas, sobra distribuição de culpas, tentando achar o responsável pela vitória na eleição presidencial não ter acontecido no primeiro turno. Ou, ao menos, por não ter ocorrido com uma diferença mais larga sobre Bolsonaro, ainda que fosse para ter um segundo turno.
EM TEMPO: Não há culpado no interior das Coordenações das Campanhas de Lula e Haddad. Tem duas razões externas: - Em primeiro lugar que houve "voto útil" de Ciro para Bozo. Afinal o Ciro fez uma campanha de combate a candidatura de Lula; - Em segundo lugar que à Direita é forte em todo lugar do mundo. Ok, Moçada!
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