Unidade Classista dos Petroleiros
ACT e a decadência da
gestão: depois de meses de lero lero e falsas propostas, 4 semanas de inércia!
As gestões da
Petrobrás que o golpe de 2016 pariu têm sido um primor não apenas na sanha
privatista. Mas também têm se especializado em manobras, trapaças e
sortilégios.
Quem não se lembra do
executivo de RH que foi pego com a boca na botija com transação na bolsa de
valores tendo informação privilegiada _(insider trading)_, na ocasião da
demissão do Castello Branco? E a mudança de estatuto casuística e sob
encomenda, meramente para permitir que um estrangeiro de interesse pudesse
ocupar uma diretoria? É a lógica do, se não é permitido, pouco importa o
porquê. Mudam-se as regras!
Outro caso esdrúxulo
é o de desmembramento de ativos da Petrobrás para falsear que são subsidiárias,
escapando assim da legislação de privatização que impõe obrigatoriedade de
aprovação parlamentar e licitação. Dessa forma, estão conseguindo desmantelar a
integridade da Petrobrás sem debates públicos e escolhendo o comprador que
melhor convir. Não poderia passar em branco o fato de Castello Branco e Marcuso
assumirem cargos de destaque na 3R Petroleum, simplesmente a empresa
concorrente para a qual eles mesmos decidiram vender ativos da Petrobrás a
preço de banana quando davam as cartas por aqui.
Para o Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT), o mesmo padrão.
Para as negociações
de acordo de trabalho, as práticas se repetem.
Aproveitando-se de
uma das bombas da contrarreforma trabalhista, lançam mão do recurso de acordo
individual, mas de uma maneira para lá de inusitada. Incentivam que a parcela
da categoria apta a esse tipo de acordo o assine sem negociação individual
alguma, pelo contrário, oferecem para estes a mesmíssima proposta apresentada
para o Acordo Coletivo. E pasmem, informam que, caso a negociação coletiva
avance para novas propostas, essas também passam a valer para quem assinou o
acordo individual! Ou seja, criaram a aberração do “Acordo individual
coletivizado”, num enquadramento “quântico” da categoria de negociação (não é
nem uma coisa nem outra, muito pelo contrário…). O propósito é claro: montam
uma armadilha simplesmente para fragilizar a negociação coletiva, escanteando
os sindicatos e diminuindo as margens de negociação por haver menos
trabalhadores participando ativamente do processo.
Para completar, a
novidade deste último ACT é a seguinte: como o argumento de mudança de
percentual de rateio do plano de saúde para 50 x 50 não se sustenta mais, já
que a resolução 23 da CGPAR teve seus efeitos anulados, trataram de tirar da
cartola justo agora uma nova resolução sob encomenda, com essa mesma matéria
que foi derrotada. Um documento precário, mal redigido e com erros básicos,
diga-se de passagem.
Fechando com chave de
ouro, propagandeiam que têm interesse em fechar as negociações em mesa, mas
estão completando simplesmente 4 semanas sem apresentar proposta após a
rejeição das representações sindicais. Considerando que até agora nada do que
foi apresentado foi digno de consideração, na prática gastaram os meses até
aqui simplesmente embromando a categoria, e agora inventam reuniões temáticas
para aumentar as cortinas de fumaça e ganhar ainda mais tempo!
A verdade é que essa
gestão e esse RH batem continência ao Bolsonaro, Guedes e seus chefes: os
grupos econômicos estrangeiros que fazem jogatinas e especulações com as ações
da Petrobrás e parasitam até o último sangue a nossa estatal, sem qualquer
preocupação com o bem estar dos brasileiros ou mesmo com a sustentabilidade da
companhia. Falam grosso com os trabalhadores petroleiros e fino com os donos da
banca.
Felizmente a história
vai cobrar o preço desses indignos, que serão página virada em breve, dada a
resposta contundente dos trabalhadores, nas urnas, nas ruas e nos locais de
trabalho! Vamos à luta, organize-se no seu sindicato!
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