domingo, 3 de julho de 2022

Ex-secretário de Estado dos EUA aborda três maneiras de terminar o conflito na Ucrânia

Henry Kissinger


A crise ucraniana pode terminar de três maneiras diferentes, disse o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger em entrevista ao jornal Spectator



Sputnik - Para o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, há três maneiras de acabar com o conflito na Ucrânia. O primeiro cenário implica o controle da Rússia sobre a maior parte de Donbass, que inclui "grandes áreas industriais e agrícolas", bem como sobre a "faixa de terra ao longo do mar Negro", o que será uma "vitória para Moscou".

"Neste caso, o papel da Otan não será tão decisivo quanto se pensava anteriormente", sugeriu Kissinger.

A segunda opção, segundo observa o veterano político estadunidense, envolve uma tentativa de "expulsar a Rússia" da Crimeia, península que foi reintegrada muito antes da operação especial.

O ex-secretário de Estado dos EUA acredita que esse cenário pode fazer escalar o conflito. Kissinger sugeriu que o terceiro cenário seria um retorno à situação antes do início da operação especial militar.

"Questões não resolvidas podem ser negociadas. É provável que a situação seja congelada por um tempo", disse ele.

No final de maio, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Kissinger disse em uma discussão virtual que a crise ucraniana resultaria idealmente na transformação da Ucrânia em um Estado neutro entre a Rússia e a Europa.

O status neutro, não nuclear e não alinhado da Ucrânia está entre as principais exigências do lado russo. Em março, Kiev expressou sua disposição de concordar com essas condições durante as negociações em Istambul, mas depois mudou de posição.

EM TEMPO: O Kissinger não disse que a paz duradoura só e somente será concretizada com o fim da OTAN. Aliás, não tem sentido a existência da OTAN com o fim da União Soviética, e consequentemente com a extinção do Pacto de Varsóvia. A Europa precisa deixar de ser submissa ao Império dos EUA. Já há manifestações de rua na Europa, isto é, em Bruxelas e Madri, contra a OTAN.

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