Henry Kissinger |
A crise ucraniana
pode terminar de três maneiras diferentes, disse o ex-secretário de Estado dos
EUA Henry Kissinger em entrevista ao jornal Spectator
Sputnik - Para o
ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, há três maneiras de acabar com
o conflito na Ucrânia. O primeiro cenário implica o controle da Rússia sobre a
maior parte de Donbass, que inclui "grandes áreas industriais e
agrícolas", bem como sobre a "faixa de terra ao longo do mar
Negro", o que será uma "vitória para Moscou".
"Neste caso, o
papel da Otan não será tão decisivo quanto se pensava anteriormente",
sugeriu Kissinger.
A segunda opção,
segundo observa o veterano político estadunidense, envolve uma tentativa de
"expulsar a Rússia" da Crimeia, península que foi reintegrada muito
antes da operação especial.
O ex-secretário de
Estado dos EUA acredita que esse cenário pode fazer escalar o conflito.
Kissinger sugeriu que o terceiro cenário seria um retorno à situação antes do
início da operação especial militar.
"Questões não
resolvidas podem ser negociadas. É provável que a situação seja congelada por
um tempo", disse ele.
No final de maio,
durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Kissinger disse em uma
discussão virtual que a crise ucraniana resultaria idealmente na transformação
da Ucrânia em um Estado neutro entre a Rússia e a Europa.
O status neutro,
não nuclear e não alinhado da Ucrânia está entre as principais exigências do
lado russo. Em março, Kiev expressou sua disposição de concordar com essas
condições durante as negociações em Istambul, mas depois mudou de posição.
EM TEMPO: O Kissinger não disse que a paz duradoura só e somente será concretizada com o fim da OTAN. Aliás, não tem sentido a existência da OTAN com o fim da União Soviética, e consequentemente com a extinção do Pacto de Varsóvia. A Europa precisa deixar de ser submissa ao Império dos EUA. Já há manifestações de rua na Europa, isto é, em Bruxelas e Madri, contra a OTAN.
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