Por Max Blumenthal e Esha Krishnaswamy [*]
A
campanha de Zelensky de assassinatos, sequestros e tortura de opositores
políticos
Apesar de dizer que
defende a democracia, Volodymyr Zelensky proibiu a oposição, ordenou a prisão
de rivais e liderou o desaparecimento e assassinato de dissidentes em todo o
país. Zelensky definiu a guerra do seu país contra a Rússia como uma batalha pela
própria democracia. Num discurso cuidadosamente coreografado para o Congresso
dos EUA em 16 de março, Zelensky declarou: “Neste momento, o destino do nosso
país está sendo decidido: se os ucranianos serão livres, se serão capazes de
preservar sua democracia”.
Os grandes meios de
comunicação dos EUA deram cobertura a Zelensky através de uma imprensa
bajuladora, que conduziu uma campanha para nomeação ao Prêmio Nobel da Paz e
inspirando um extravagante tributo musical a si mesmo e aos militares
ucranianos durante a cerimônia de prêmios do Grammy em 3 de abril de 2022.
Contudo, a mídia ocidental olhou para o lado quando Zelensky e altos
funcionários do seu governo aprovaram uma campanha de sequestro, tortura e
assassinato de políticos ucranianos acusados de colaborar com a Rússia. Vários
presidentes de municipalidades e outras autoridades foram mortos desde o início
da guerra, alegadamente por agentes do Estado, após se envolverem em
negociações para a redução da escalada de guerra da Rússia.
“Há um traidor a menos
na Ucrânia”, afirmou o assessor do Ministério de Assuntos Internos, Anton
Geraschenko, apoiando o assassinato de um presidente de câmara acusado de
colaborar com a Rússia.
Zelensky explorou
ainda mais a atmosfera de guerra ao proibir uma série de partidos da oposição e
ordenar a prisão dos seus principais rivais. Decretos autoritários
desencadearam o desaparecimento, tortura e até assassinato de ativistas de
direitos humanos, comunistas, gente de esquerda, jornalistas e funcionários do
governo acusados de simpatias “pró-Rússia”.
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Os serviços de
segurança ucranianos, o SBU, serviram como o braço de execução da campanha de
repressão oficialmente autorizada. Treinado pela CIA em estreita coordenação
com os paramilitares neonazistas apoiados pelo Estado, o SBU desde o início da
guerra encheu o seu vasto arquipélago com masmorras de torturas de dissidentes
políticos. Enquanto isso, no campo de batalha, os militares ucranianos envolveram-se
numa série de atrocidades contra tropas russas capturadas e exibiram
orgulhosamente os seus atos sádicos nas redes sociais. Também aqui, os
perpetradores de violações dos direitos humanos parecem ter recebido a
aprovação dos altos escalões da liderança ucraniana.
Enquanto Zelensky diz
disparates sobre a defesa da democracia perante o público ocidental, ele usa a
guerra para decretar um sangrento expurgo de rivais políticos, dissidentes e
críticos. “A guerra está sendo usada para sequestrar, prender e até matar
membros da oposição que se expressam críticos ao governo”, comentou um ativista
de esquerda perseguido e espancado pelo SBU em abril. “Todos devemos temer por
nossa liberdade e nossas vidas”.
Tortura e
desaparecimentos forçados são “práticas comuns” do SBU da Ucrânia
Quando um governo
apoiado pelos EUA tomou o poder em Kiev após a operação Euromaidan de mudança
de regime em 2014, o governo da Ucrânia embarcou num expurgo de elementos
políticos considerados pró-russos ou insuficientemente nacionalistas. A
aprovação de leis de “descomunização” pelo parlamento ucraniano facilitou ainda
mais a perseguição a elementos de esquerda e a ativistas pelas suas opiniões
políticas.
O regime pós-Maidan
concentrou sua ira nos que defenderam um acordo de paz com os separatistas
pró-Rússia no Leste do país, membros de organizações comunistas e nos que
documentaram abusos de direitos humanos pelos militares ucranianos. Dissidentes
enfrentaram a constante ameaça de violência ultranacionalista, prisão e até
assassinato.
O SBU serviu como o
principal executor da campanha de repressão política interna do governo
pós-Maidan. Elementos de organizações pró-ocidentais, incluindo o Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCR) e a Human Rights
Watch, acusaram o SBU de torturar oponentes políticos e dissidentes ucranianos
com impunidade quase total.
O OHCR da ONU
descobriu em 2016 que a “detenção arbitrária, desaparecimentos forçados,
tortura e maus-tratos dos detidos eram prática comum do SBU… Um ex-funcionário
do SBU de Kharkov explicou que tudo o que é ilegal pode ser explicado pela
segurança do Estado”. Yevhen Karas, o fundador da infame unidade neonazi C14,
detalhou a estreita relação que o sua gangue e outras facções de extrema
direita têm com o SBU. O SBU “dá-nos informações, mas também ao Azov, ao Setor
Direito e outros”, gabou-se Karas numa entrevista em 2017.
Kiev aprova
oficialmente assassinato de presidentes de municipalidades por negociarem com a
Rússia
Desde que a Rússia
lançou a operação militar na Ucrânia, o SBU tem prendido autoridades locais que
decidiram aceitar fornecimentos humanitários da Rússia ou negociaram corredores
humanitários para a evacuação de civis das cidades. Em 1º de março, por
exemplo, Volodymyr Strok, presidente da cidade de Kreminna, no lado ucraniano
de Lugansk, foi sequestrado por homens em uniforme militar, segundo sua esposa,
e baleado no coração.
Em 3 de março,
apareceram fotos do corpo visivelmente torturado de Strok. Um dia antes do seu
assassinato, Strok teria incitado seus colegas ucranianos a negociar com
autoridades pró-Russia. Segundo Geraschenko, Strok tinha sido julgado pelo
“júri do tribunal popular”. Anton Gerashchenko, conselheiro do Ministério da
Administração Interna ucraniano, comemorou o assassinato de Struk, declarando
na sua página do Telegram: “Há um traidor a menos na Ucrânia. O presidente da
câmara de Kreminna na região de Lugansk, ex-deputado do parlamento de Lugansk,
foi encontrado morto”. Foi desta forma transmitida uma mensagem assustadora a qualquer
pessoa que optasse por procurar uma cooperação com a Rússia: faça isso e perca
a sua vida.
Em 7 de março, o
presidente de Gostomel, Yuri Prylipko, foi encontrado assassinado. Prylipko
alegadamente teria entrado em negociações com os militares russos para
organizar um corredor humanitário para a evacuação dos moradores da sua cidade
– uma linha vermelha para ultranacionalistas ucranianos que há muito estavam em
conflito com a sua equipe.
Em 24 de março,
Gennady Matsegora, presidente de Kupyansk, no nordeste da Ucrânia, divulgou um
vídeo apelando a Zelensky e ao governo para a libertação de sua filha, que
havia sido mantida refém por agentes do SBU. Depois houve o assassinato de
Denis Kireev, um dos principais membros da equipe de negociação ucraniana, que
foi morto em plena luz do dia em Kiev após a primeira rodada de negociações com
a Rússia. Kireev foi posteriormente acusado nos meio de comunicação locais de
“traição”.
A declaração de
Zelensky de que “haveria consequências para os colaboradores” indica que essas
atrocidades foram sancionadas pelos mais altos níveis do governo. Até o dia 17
de abril, onze presidentes de várias cidades da Ucrânia estavam desaparecidos.
Os meios de comunicação ocidentais seguem a linha de Kiev sem exceção, alegando
que todos os presidentes foram presos pelos militares russos. A Rússia negou a
acusação, e pouca evidência existe para corroborar as alegações de Kiev.
Zelensky proíbe
oposição política, autoriza prisão de rivais e debita propaganda de guerra
Quando a guerra estourou
com a Rússia em fevereiro deste ano, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky
emitiu uma série de decretos formalizando a campanha de Kiev contra a oposição
política e comentários dissidentes. Numa ordem executiva de 19 de março,
Zelensky invocou a lei marcial para banir 11 partidos da oposição. Os partidos
proibidos consistiam em todo o espectro de esquerda, socialista ou anti-OTAN na
Ucrânia. Incluíam o Partido Pela Vida, a Oposição de Esquerda, o Partido
Socialista Progressista da Ucrânia, o Partido Socialista da Ucrânia, a União
das Forças de Esquerda, os Socialistas, o Partido de Shariy, o Nosso, o Estado,
o Bloco de Oposição e o Bloco Volodymyr Saldo.
Partidos abertamente
fascistas e pró-nazistas, como o Azov National Corps, não foram molestados pelo
decreto presidencial, no entanto: “as atividades daqueles políticos que visam a
divisão ou o conluio não terão sucesso e receberão uma resposta dura”, afirmou
Zelensky. Ao eliminar a oposição, Zelensky ordenou uma iniciativa de propaganda
interna sem precedentes para nacionalizar todas as emissões de notícias da
televisão e combinar todos os canais num único canal de 24 horas chamado
“United News” para “dizer a verdade sobre a guerra”.
Em seguida, em 12 de
abril, Zelensky anunciou a prisão do seu principal rival político, Viktor
Medvedchuk, pelos serviços do SBU. Fundador do segundo maior partido da
Ucrânia, o agora ilegal Patriots for Life, Medvedchuk é de fato o representante
da população de etnia russa do país. Embora o Patriots for Life seja considerado
“pró-Rússia”, em parte por causa de suas relações próximas com Vladimir Putin,
o novo presidente do partido condenou a agressão da Rússia contra a Ucrânia.
Membros do neonazista
Batalhão Azov, patrocinado pelo Estado, atacaram a casa de Medvedchuk em março
de 2019, acusando-o de traição e exigindo a sua prisão. Em agosto de 2020,
gente do Azov abriu fogo contra um ônibus que transportava representantes do
partido de Medvedchuk, ferindo vários com balas de aço revestidas de borracha.
O governo de Zelensky
intensificou o ataque ao seu principal oponente em fevereiro de 2021, ao
silenciar vários meios de comunicação controlados por Medvedchuk. O
Departamento de Estado dos EUA apoiou abertamente o movimento de Zelensky,
declarando que os Estados Unidos “apoiam os esforços ucranianos para combater a
influência maligna da Rússia…”
Três meses depois,
Kiev prendeu Medvedchuk e acusou-o de traição. Zelensky justificou a prisão do
seu principal rival alegando que precisava “lutar contra o perigo da agressão
russa na arena da informação”. Medvedchuk escapou da prisão domiciliar no
início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mas foi preso mais uma vez e pode
ser usado como garantia para uma troca de prisioneiros com a Rússia.
Sob Zelensky “a
guerra está sendo usada para sequestrar, prender e até matar membros da
oposição”
Desde que as tropas
russas entraram na Ucrânia em 24 de fevereiro, o SBU está em fúria contra toda
e qualquer mobilização política interna. Ativistas de esquerda ucranianos
enfrentaram um tratamento particularmente duro, incluindo sequestro e tortura.
Em 3 de março, na cidade de Dnipro, agentes do SBU acompanhados por
ultranacionalistas Azov invadiram a casa de ativistas da organização Livizja
(Esquerda), que se organizou contra cortes de gastos sociais e propaganda da
mídia de direita. Uma ativista disse que um membro do Azov “cortou o meu cabelo
com uma faca”, os agentes do SBU começaram a torturar o seu marido, Alexander
Matjuschenko, pressionando o cano de uma arma em sua cabeça e forçando-o a gritar
repetidamente a saudação nacionalista: “Slava Ucrânia!”
Em seguida, colocaram
sacos nas nossas cabeças, amarraram nossas mãos com fita adesiva e levaram-nos
para o prédio do SBU num carro. Lá eles continuaram a interrogar-nos e
ameaçaram cortar nossas orelhas”, disse a esposa de Matjuschenko à publicação
alemã de esquerda Junge Welt.
Os membros do Azov e
os agentes do SBU gravaram a sessão de tortura e publicaram imagens do rosto
ensanguentado de Matjuschenko online. Matjuschenko foi preso sob a alegação de
que estava “dirigindo uma guerra agressiva ou operação militar” e agora pode
pegar de 10 a 15 anos de prisão. Apesar de ter sofrido várias costelas partidas
por causa do espancamento dos ultranacionalistas, teve a fiança negada. Dezenas
de ativistas de esquerda foram também presos por acusações semelhantes em
Dnipro. Entre os alvos do SBU estavam Mikhail e Aleksander Kononovich, membros
da ilegal União da Juventude Comunista Leninista da Ucrânia. Ambos foram presos
em 6 de março e acusados de “divulgar visões pró-Rússia e pró-Bielorrússia”.
Nos dias seguintes, o
SBU prendeu o jornalista Yan Taksyur e acusou-o de traição e também a ativista
de direitos humanos Elena Berezhnaya, cujo pai, Mikhail, foi queimado até a
morte durante o ataque ultranacionalista de 2 de maio de 2014 contra
manifestantes anti-Maidan na Casa dos Sindicatos de Odessa, e um número
incontável de outros, tal como o ativista dos direitos dos deficientes Oleg
Novikov, preso por três anos em abril, alegando-se que apoiava o “separatismo”.
A lista dos presos
pelos serviços de segurança da Ucrânia desde o início da guerra cresce a cada
dia e é extensa demais para ser reproduzida aqui. Talvez o mais medonho
incidente de repressão tenha ocorrido quando neonazistas apoiados pelo governo
sequestraram Maxim Ryndovskiy, um lutador profissional e o torturaram
brutalmente pelo crime de treinar com lutadores russos numa academia na
Chechênia. Ryndovskiy também era judeu, com uma estrela de David tatuada na
perna, e tinha se manifestado nas redes sociais contra a guerra no leste da
Ucrânia.
O SBU até caçou
figuras da oposição fora das fronteiras do país. Como o jornalista Dan Cohenn
relatou, Anatoly Shariy disse que foi alvo de uma recente tentativa de
assassinato do SBU. Shariy tem sido um oponente declarado do regime de Maidan
apoiado pelos EUA e foi forçado a fugir para o exílio depois de suportar anos
de perseguição dos nacionalistas. Em março deste ano, o político libertário e
comentarista online recebeu um e-mail de um amigo, “Igor”, pedindo para marcar
um encontro. Posteriormente soube que Igor estava detido pelo SBU, sendo usado
para atrair Shariy e divulgar a sua localização.
Shariy foi colocado
na notória lista pública Myrotvorets de “inimigos do Estado” fundada por Anton
Geraschenko – o conselheiro do Ministério de Assuntos Internos que apoiou o
assassinato de legisladores ucranianos acusados de nutrir simpatias russas.
Vários jornalistas e dissidentes ucranianos, incluindo o proeminente colunista
Oles Buzina, foram assassinados por esquadrões da morte depois que seus nomes
apareceram na lista.
Cidadãos ucranianos
comuns também foram submetidos a tortura desde o início da guerra em fevereiro.
Aparentemente, inúmeros vídeos apareceram nas redes sociais mostrando civis
amarrados a postes de luz, muitas vezes com os genitais expostos ou os rostos
pintados de verde. Realizados por voluntários da Defesa Territorial
encarregados de fazer cumprir a lei e a ordem durante a guerra, estes atos de
humilhação e tortura têm como alvo todos, desde acusados de simpatizantes
russos a ciganos e supostos ladrões.
O SBU da Ucrânia
aprende tortura e assassinatos com a CIA
Vassily Prozorov, um
ex-oficial do SBU que desertou para a Rússia após o golpe Euromaidan, detalhou
a dependência sistemática dos serviços de segurança pós-Maidan na tortura para
esmagar a oposição política e intimidar cidadãos acusados de simpatia russa. De
acordo com Prozorov, os serviços de segurança ucranianos são diretamente
assessorados pela CIA desde 2014. “Os funcionários da CIA estão presentes em
Kiev desde 2014. Residem em apartamentos clandestinos e casas suburbanas”,
disse ele. “No entanto, frequentemente vão ao escritório central do SBU para
realizar, por exemplo, reuniões específicas ou planejar operações secretas”.
O jornalista Dan
Cohen entrevistou um empresário ucraniano chamado Igor que foi preso pelo SBU
pelos seus laços financeiros com empresas russas e detido em março deste ano na
notória sede do SBU no centro de Kiev. Igor disse que ouviu prisioneiros de
guerra russos sendo espancados com canos por voluntários da Defesa Territorial
sendo treinados por oficiais do SBU. Espancados ao som do hino nacional
ucraniano, os prisioneiros russos foram brutalizados até confessarem seu ódio a
Putin. [NT]
Então chegou a vez de
Igor. “Eles usaram um isqueiro para aquecer uma agulha e depois a colocaram sob
minhas unhas”, disse a Cohen. “O pior foi quando colocaram um saco plástico na
minha cabeça e me sufocaram e quando colocaram o cano de uma Kalashnikov na
minha cabeça e forçando-me a responder às suas perguntas”.
Valentyn Nalyvaichenko,
o primeiro chefe do SBU após o Euromaidan, manteve laços estreitos com
Washington quando serviu como cônsul geral da embaixada ucraniana nos EUA
durante o governo de George W. Bush. Durante esse período, Nalyvaichenko foi
recrutado pela CIA, de acordo com seu antecessor no SBU, Alexander Yakimenko,
que serviu sob o governo do presidente deposto Viktor Yanukovych.
Em 2021, Zelensky
nomeou uma das figuras mais notórias dos serviços secretos da Ucrânia,
Oleksander Poklad, para liderar a divisão de contrainteligência do SBU. Poklad
é apelidado de “O Estrangulador”, uma referência à sua reputação de usar
tortura e vários truques sujos para colocar os rivais políticos dos seus chefes
sob acusações de traição.
Em abril deste ano,
uma ilustração da brutalidade do SBU surgiu na forma de vídeo mostrando agentes
atacando um grupo de homens acusados de simpatia russa na cidade de Dnipro.
Soldados ucranianos e contas em redes sociais pró-ucranianas exibiram
orgulhosamente crimes de guerra sádicos, desde execuções no campo até a tortura
de soldados em cativeiro.
Um vídeo separado
publicado por soldados da Legião Georgiana mostrou os combatentes realizando
execuções de prisioneiros russos feridos perto de uma vila nos arredores de
Kiev. É provável que esses soldados tenham sido encorajados pelos seus
superiores. Mamula Mamulashvili, comandante da Legião Georgiana, que participou
das execuções de prisioneiros de guerra russos feridos, vangloriou-se em abril
de que sua unidade se envolve livremente em crimes de guerra: “Sim, às vezes
amarramos suas mãos e pés. Falo pela Legião da Geórgia, nunca faremos
prisioneiros soldados russos. Nenhum deles será feito prisioneiro”. Da mesma
forma, Gennadiy Druzenko, chefe do serviço médico militar ucraniano, afirmou em
entrevista à Ucrânia 24 que “emitiu uma ordem para castrar todos os
prisioneiros russos porque eles eram sub humanos e piores que baratas”.
Uma mulher torturada
e morta pelos Azov foi apresentada como vítima da Rússia
O governo ucraniano
autorizou uma campanha de propaganda conhecida como “Guerra Total” que inclui
emitir imagens e histórias falsas para implicar ainda mais a Rússia. Um exemplo
especialmente cínico da estratégia, o Ukraine 24 – um canal de TV onde os
convidados pediram o extermínio genocida de crianças russas – publicou uma foto
em abril deste ano mostrando um cadáver feminino marcado com uma suástica
ensanguentada na barriga. A Ucrânia 24 afirmou que encontrou essa mulher em
Gostumel, uma das regiões do Oblast de Kiev que os russos desocuparam em 29 de
março.
Lesia Vasylenko, um
membro do parlamento ucraniano, e Oleksiy Arestovych, o principal conselheiro
do presidente Zelensky, publicaram a foto do cadáver feminino profanado nas
redes sociais. Enquanto Vasylenko deixou a foto online, Arestovych a excluiu
oito horas depois quando confrontado com o fato de ter publicado uma
falsificação. Na verdade, a imagem foi extraída de imagens originalmente
gravadas por Patrick Lancaster, um jornalista americano que filmou o cadáver de
uma mulher torturada e assassinada por membros do Batalhão Azov no porão de uma
escola em Mariupol que eles haviam convertido numa base.
À medida que as armas
dos Estados da OTTAN chegam à Ucrânia e a guerra se intensifica, é quase certo
que as atrocidades se acumularão com a bênção da liderança em Kiev. Como
Zelensky proclamou durante uma visita à cidade de Bucha em abril, “se não
encontrarmos uma saída civilizada, você conhece nosso povo – eles encontrarão
uma saída incivilizada”.
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