Texto extraído do Blog do Por Magno Martins, edição de Ítala Alves
A dor e a
revolta se misturam no velório de Dom Phillips, realizado, hoje, no Rio de
Janeiro. O jornalista foi assassinado na Amazônia ao lado do indigenista
Bruno Pereira em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas. O corpo
dele será cremado em cerimônia restrita à família e amigos mais próximos. As
informações são do Correio Braziliense.
No
velório, a viúva de Dom, Alessandra Sampaio, leu uma mensagem escrita pela
família aos presentes e à imprensa. Ela garantiu que não vai deixar de lutar
por justiça e nem pelas causas em que o marido acreditava. “Seguiremos atentos
a todos os desdobramentos das investigações, exigindo justiça no significado
mais abrangente do termo. Renovamos a nossa luta para que nossa dor e a da
família de Bruno Pereira não se repitam. Como também as das famílias de outros
jornalistas e defensores do meio ambiente que seguem em risco”, disse.
“Esse
movimento mundial de solidariedade e justiça e de consciência pela conservação
da natureza e dos povos que a protegem traz uma imensa esperança a todos nós”,
completou.
A viúva
ainda lembrou o quanto o marido era especial, "não apenas por defender
aquilo que acreditava como profissional, mas também por ter um coração enorme e
um grande amor pela humanidade."
Alessandra
ainda agradeceu "de coração a todas as pessoas que se solidarizaram com
Dom, com Bruno, com nossas famílias e amigos aqui no Brasil e em outros
países." Sobre não ter levado o corpo do marido para a Inglaterra,
Alessandra não teve dúvida: "Dom será cremado no país que amava, seu lar
escolhido, o Brasil."
Dom
Phillips e Bruno Pereira faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no
Amazonas, e foram vistos pela última vez em 5 de julho. Três homens já foram
presos por terem participação no crime. A Polícia Federal investiga a
participação de mais gente no crime.
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