Na avaliação do ministro do STF, a operação ‘era um
projeto político de viés totalitário’
26 de junho de 2022
Gilmar Mendes, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol
(Foto: STF | Reuters | ABr)
Carta Capital - O ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal, atribui a crise da democracia brasileira
aos excessos cometidos pela operação Lava Jato. Para o magistrado, havia um
projeto de poder por trás da atuação do ex-juiz Sergio Moro e de procuradores,
como Deltan Dallagnol.
“A Lava-Jato é pai e mãe desta situação
política a que chegamos. Na medida em que você elimina as forças políticas
tradicionais, se dá ensejo ao surgimento — a política, como tudo no mundo,
detesta vácuo — de novas forças”, afirmou o ministro em entrevista ao Correio
Braziliense publicada neste domingo 26. Para ele, a operação “praticamente
destruiu o sistema político brasileiro, os quadros representativos foram
atingidos”.
“O Brasil produziu
uma situação muito estranha. Além de sede de poder, veja que todos hoje são
candidatos. Moro é candidato, a mulher é candidata, Dallagnol é candidato”,
acrescentou Mendes.
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