Yahoo Notícias. Seg., 20 de junho de
2022
Reunião do TSE com
Forças Armadas tinha como objetivo esclarecer questionamentos de militares
sobre as urnas eletrônicas (Foto: Getty Images)
Resumo da notícia
· Durante reunião da Comissão de Transparência Eleitoral sobre urnas eletrônicas, representante do TSE não se pronunciou
· Encontro aconteceu nesta segunda-feira, para sanar dúvidas dos militares sobre as urnas
· General Heber Portalle não abriu a câmera durante reunião da comissão
Na tarde desta segunda-feira (20), o
Tribunal Superior Eleitoral realizou uma reunião sobre a segurança do processo
eleitoral, com a presença do general Heber Portella, representante das Forças
Armadas. O objetivo era responder questionamentos de militares sobre as urnas
eletrônicas. No entanto, segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo,
Portella não falou durante todo o encontro da Comissão de Transparência
Eleitoral (CTE).
A reunião aconteceu por videoconferência, mas o general não ligou a câmera e tampouco se manifestou durante o encontro. Ainda de acordo com O Globo, um dos técnicos do TSE, Felipe Antoniazzi, falou sobre como é feito o teste de integridade das urnas. O pronunciamento tinha como objetivo dar respostas técnicas para os questionamentos feitos pelas Forças Armadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Mais cedo, o ministro da Defesa,
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, confirmou a presença do representante das
Forças Armadas na reunião do Comissão. No ofício ao presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, porém, o ministro insistiu no pedido de
um encontro somente entre militares e técnicos da Corte.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira alega que há temas a serem tratados que não são contemplados na reunião desta segunda-feira na comissão. "Reitero a necessidade de realizar uma reunião específica entre as equipes técnicas do Tribunal e das Forças Armadas, haja vista que o aprofundamento da discussão acerca de aspectos técnicos complexos suscita tempo e interação presencial, que não estão contemplados na supramencionada reunião da CTE/OTE”, escreveu o ministro antes do encontro.
Em 2021, a Comissão foi criada com o objetivo de ampliar a transparência do processo eleitoral. No entanto, na prática, passou a ser um ponto de tensão entre TSE e Forças Armadas.
EM TEMPO: Na época da elaboração do Projeto da "Urna Eletrônica", as Forças Armadas, representadas pelos seus técnicos, participaram da implantação daquele projeto. Agora estão tentando questionar o inquestionável.
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