Segundo reportagem
do jornal O Globo, relatório preliminar da Polícia Federal aponta que milícia
digital bolsonarista usa estrutura do gabinete que funciona dentro do Palácio
do Planalto
Sítio do PT em 11/02/2022
PF enxerga elo direto
entre Planalto e ataque à democracia
Investigação da
Polícia Federal aponta que os ataques à democracia feitos pela
milícia digital bolsonarista utiliza a estrutura do Gabinete do
Ódio, grupo formado por assessores de Jair Bolsonaro que trabalham dentro do
Palácio do Planalto e é fortemente ligado ao vereador do
Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro. As informações são do jornal O Globo.
Segundo reportagem
publicada nesta sexta-feira (11) pelo jornal, a constatação dessa relação
direta entre o Gabinete do Ódio e a milícia digital está em um relatório
parcial enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela delegada Denisse
Ribeiro. A investigação faz parte do inquérito sobre as fake news, aberto no
ano passado por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes e no qual Bolsonaro foi incluído.
“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado ‘gabinete do ódio’: um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’ escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação, em atuação similar à já descrita outrora pela Polícia Federal, consistente no amplo emprego de vários canais da rede mundial de computadores, especialmente as redes sociais”, afirma um trecho do relatório, segundo o jornal.
Tratamento precoce
Ainda de acordo com O Globo, no
relatório, produzido para apresentar um panorama das investigações das milícias
digitais até o momento, a PF também sustenta que a organização criminosa
digital foi usada para disseminar notícias falsas sobre medicamentos
ineficazes contra a Covid-19, o chamado “tratamento precoce”.
“A análise em curso aponta também
para existência de eventos que, embora não caracterizem por si tipos penais
específicos, demonstram a preparação e a articulação que antecedem a criação e
a repercussão de notícias não lastreadas ou conhecidamente falsas a respeito de
pessoas ou temas de interesse. Como exemplo, entre outros, pode-se citar a
questão do tratamento precoce contra a COVID-19 com emprego de
hidroxicloroquina/cloroquina e azitromicina, bem como a menção à elaboração de
dossiês contra antagonistas e dissidentes, inclusive com insinuação de
utilização da estrutura de Estado para atuar ‘investigando todos’”, diz outro
trecho do documento reproduzido pela reportagem.
Da Redação
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