FOLHApress - GUILHERME SETO
*ARQUIVO* SÃO
BERNARDO DO CAMPO, SP, 10.03.2021 - O ex-presidente Lula durante coletiva no
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, dois dias depois
de o ministro Edson Facchin anular suas condenações no âmbito da Lava Jato;
Lula fica livre para disputar eleições. (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará uma reunião com
representantes do governo da Espanha para debater a reforma trabalhista
espanhola que propõe a revisão de mudanças promovidas em 2012.
O encontro será realizado
virtualmente nesta terça-feira (11) e contará com a participação de José Luis
Escrivá, ministro de Seguridade e Migrações, e Adriana Lastra, vice-secretária
geral do PSOE, partido do presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.
Também foram chamados para a reunião membros do PT, da Fundação Perseu Abramo e presidentes das centrais sindicais brasileiras. "Tem pessoas que nem sabem do que se trata e já estão criticando. Queremos aprofundar os estudos sobre a reforma da Espanha", diz o ex-ministro Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo.
Ele afirma que a ideia é discutir o tema nesse encontro reservado e, posteriormente, realizar um debate público. "O objetivo da reunião é analisar os novos marcos trabalhistas no século 21 e, concretamente, tratará da reforma trabalhista do governo que lidera Pedro Sánchez com o acordo dos agentes sociais", diz comunicado do PSOE.
Mercadante diz que a proposta que hoje avança na Espanha trata da questão dos trabalhadores de aplicativo, precarizados, uma experiência que o PT pretende conhecer melhor. "São trabalhadores sem direitos. Na Espanha, a partir de um acordo entre governo, trabalhadores e empresários, eles conseguiram inclusive ter acesso aos algoritmos desses aplicativos. É uma discussão longa a se fazer, ouvindo todos os setores", afirma Mercadante.
As lideranças do PT têm discutido a reforma trabalhista na Espanha, também chamada de contrarreforma, como um exemplo a ser acompanhado pelo Brasil. Desde então, Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha, agradeceu o apoio de Lula, e políticos brasileiros criticaram a iniciativa, como Michel Temer (MDB), Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB).
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