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· O senador Omar Aziz (PSD-AM) rebateu a ofensa contra ele dita pelo presidente Jair Bolsonaro
· O presidente da CPI da Covid foi chamado pelo chefe do Executivo de "cara de capivara"
· Aziz afirmou que o presidente "abre a boca para jogar fezes"
Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) rebateu a ofensa contra ele dita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último sábado (6), em Ponta Grossa (PR). O senador foi chamado pelo chefe do Executivo de "cara de capivara". Em entrevista ao portal UOL, Aziz afirmou que o presidente "abre a boca para jogar fezes": "Uma pena que o Brasil seja governado por esse tipo de gente. O sentimento que eu tenho nesse momento, além de preocupação, é de pena com quem está passando fome e dificuldade".
O parlamentar ainda citou a "rachadinha" (apropriação do salário de servidores) ao falar que Bolsonaro seria "aquele carioca que tira proveito de funcionários do próprio gabinete". O presidente é suspeito de ter cometido este crime de peculato quando ainda exercia a função de deputado federal. Para Aziz, a imprensa brasileira "não deveria mais dar importância" às declarações do presidente Bolsonaro. "Depois que os cientistas brasileiros se recusaram a receber a comenda científica, a imprensa não deveria mais dar trela para esse sujeito", afirmou ao portal UOL.
Bolsonaro foi acusado de ter cometido ao menos nove crimes durante a condução da pandemia do coronavírus, de acordo com o relatório apresentado em 20 de outubro pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL). Entre as imputações estão crimes comuns, que têm pena de prisão e/ou multa, crimes contra a humanidade e crimes de responsabilidade, que podem resultar em impeachment.
Nos casos de crimes comuns, somadas, as penas previstas no Código Penal podem chegar a quase 40 anos de prisão, em caso de pena máxima. Se a pena for mínima, Bolsonaro poderia ser condenado a cerca de 20 anos de detenção. O relatório apresentado pelo senador Renan Calheiros pede o indiciamento de Bolsonaro pelos seguintes crimes:
·
epidemia com
resultado morte;
·
infração de medida
sanitária preventiva;
·
charlatanismo;
·
incitação ao crime;
·
falsificação de
documento particular;
·
emprego irregular
de verbas públicas;
·
prevaricação;
·
crimes contra a
humanidade;
·
crimes de
responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade,
honra e decoro do cargo).
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