Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
Para nós, nem o
direito à dignidade menstrual
Bolsonaro veta
distribuição de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade extrema
Em média, as pessoas
que menstruam têm cerca de 450 ciclos menstruais durante a vida, equivalente a
10 mil absorventes durante toda a idade fértil, o que é inalcançável a uma
grande parcela da população. Ainda que seja reconhecido como um direito
universal, a dignidade menstrual está longe de ser uma realidade no Brasil.
Sem dinheiro para
absorventes, 1 a cada 4 jovens já deixou de ir à aula por menstruar. A falta de
acesso a produtos de higiene básica, de ensino sexual e saneamento básico
contribuem para o baixo rendimento e até a evasão escolar de menstruantes
jovens. Segundo dados do IBGE (2015), aproximadamente 231 mil meninas – sendo
65% negras – frequentam escolas que não têm banheiro em condições de uso.
Mulheres encarceradas
não recebem todos os produtos de higiene básica necessários. As detentas
recebem mensalmente a mesma quantidade de 2 rolos de papel higiênico que os
homens detentos e apenas 8 absorventes higiênicos para o mesmo período. Sem
absorventes o suficiente para conter o fluxo da menstruação, acabam por
utilizar pedaços de papelão e sacolas plásticas, panos usados e até miolo de
pão. O uso de objetos que não são adequados, atrelados ao uso prolongado do
mesmo absorvente com intenção de economia, podem trazer graves riscos à saúde,
aumentando o risco de infecções urinárias e vaginais.
DIGNIDADE MENSTRUAL É
QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA!
Bolsonaro é inimigo
da nossa classe, mas não é o único. Ele representa um sistema onde jamais
poderemos ter dignidade. O Coletivo Feminista-Classista Ana Montenegro luta
pela erradicação de toda forma de pobreza e por dignidade para todes, rumo ao
socialismo!
EM TEMPO: Não tem recurso para a saúde pública, mas tem para o Orçamento Secreto, Tratoraço, Motociata, etc. Bozo é realmente o "capeta".
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