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ter., 7 de setembro de 2021
Randolfe Rodrigues
na CPI da Covid no Senado (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
O senador Randolfe Rodrigues
(Sustentabilidade-AP) entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal
(STF) para apurar a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas
manifestações desta terça (7), dia da independência do Brasil.
Ao postar a informação em sua conta
no Twitter, o senador pontuou três crimes que deveriam ser investigados:
· Atentado contra a ordem constitucional, o Estado Democrático de Direito e a separação dos Poderes, conforme prevê a Constituição Federal;
· Investigação sobre eventual financiamento dos atos;
· Utilização indevida da máquina público, do dinheiro público, helicópteros, em favor desses atos.
Randolfe também pediu que o STF abra
um inquérito contra o presidente por "grave ameaça ao livre funcionamento
do Judiciário e pelo uso de recursos públicos para financiar seu carnaval
golpista", levando em consideração artigos da Lei de Segurança Nacional.
Como foram os
discursos de Bolsonaro
O principal alvo foi o ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. "Ou esse ministro se
enquadra, ou ele pede pra sair", disse Bolsonaro. "A paciência do
povo já se esgotou."
Bolsonaro, eleito diversas vezes por
meio das urnas eletrônicas, voltou a criticar o sistema de votação utilizado no
país e também atacou o ministro Luís Roberto Barroso. "Nós acreditamos e
queremos a democracia. A alma da democracia é voto. Não podemos admitir um
sistema eleitoral que não traz qualquer segurança. E dizer que não é uma pessoa
no TSE que vai nos dizer que esse processo é confiável e seguro."
"Não podemos admitir um ministro
do TSE também, usando sua caneta, desmonetizar páginas que criticam esse
sistema de votação. Queremos eleições limpas com voto auditável e contagem
pública dos votos. Não podemos ter eleições que pairem dúvidas sobre os
eleitores", pediu. Bolsonaro enviou à Câmara dos Deputados uma PEC para
instaurar o voto impresso, mas a medida não passou.
"Não vamos aceitar que pessoas como Alexandre
de Moraes continua a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa
constituição", disse o presidente. Ele reclamou da determinação de Moraes
de mandar prender Jason Miller, ex-assessor de Trump, ouvido no inquérito dos
atos antidemocráticos. "Saia Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha. Deixe
de oprimir o povo brasileiro e censurar os seus adversários."
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