Unidade Classista Nacional
A Unidade Classista
está ao lado dos trabalhadores na luta contra a aprovação da PEC 32!
Seguindo as promessas
falaciosas, governantes e governistas, parlamentares, empresários e a mídia
burguesa correm para endossar a urgência da Reforma Administrativa e
responsabilizar os servidores pelo déficit orçamentário e pelas mazelas no
serviço público. O Governo Bolsonaro visa acabar efetivamente com serviços
essenciais, como o SUS, sucateando a área da Segurança Pública e
inviabilizando o pleno funcionamento das Escolas, Institutos Federais e
Universidades Públicas.
Para o governo de
Bolsonaro, Mourão e Guedes, representando os interesses dos capitalistas, os
funcioná rios públicos sempre foram um fator que cria difi culdades ao
prosseguimento de sua política genocida. A PEC 32/2020 é uma ferramenta que
propõe extinguir o direito à estabilidade e o Regime Jurídico Único,
instituído pela Lei 8.112/1990. Com o fim da estabilidade do serviço público,
as funções de Estado entram no grande balcão de negócios do toma-lá-dá-cá do
governo e seus aliados. Transforma os cargos públicos em aparelhos da ação
clientelista de políticos oportunistas, dando fim à garantia de acesso
universal aos direitos sociais básicos, prejudicando acima de tudo o povo
trabalhador, que mais necessita dos serviços públicos.
O QUE SIGNIFICA TODA
ESSA REFORMA NA PRÁTICA
Significa, na
prática, o fim do serviço público como conhecemos. Afinal, não há serviço
público sem segurança jurídica para trabalhar, para divergir de um superior,
sem impessoalidade nas tratativas entre servidores. Não há serviço público
eficiente, impessoal, transparente, regido pela moralidade, pela legalidade e
pela publicidade se aos trabalhadores e trabalhadoras não é assegurado o
vínculo estável com o Estado. São essas condições que asseguram um serviço
público com independência funcional e com um compromisso de longo prazo do
servi dor com sua função. Com o fim da estabilidade, passará a existir a
submissão aos desmandos dos governos e políticos inescrupulosos, que agem
unicamente a serviço dos interesses burgueses, como pretendem os defensores da
PEC 32/2020.
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Caso a PEC seja
aprovada da maneira que está, será um golpe final duro após mais de três
décadas de campanhas difamatórias que visaram desgastar a imagem do
funcionalismo público e reduzir o alcance dos direitos sociais atrelados ao
pleno funcionamento dos equipamentos de Estado. Além disso, abre-se espaço
para o aumento da precarização e da privatização. Associado ao fim da
estabilidade está o fim da dedicação exclusiva para a maioria dos cargos, à
exceção daqueles classificados como típicos de Estado. Sem dedicação exclusiva,
aos servidores públicos é oferecida a «oportunidade» de acumular cargos
concomitantes à subtração de direitos arduamente conquistados como progressão
funcional, e o plano de cargos e carreiras será transformado na prática em um
bico precarizado. Não por acaso a PEC 32/2020 acrescenta aos princípios
constantes no artigo 37 da CF/1988, os princípios da “imparcialidade”, da
“inovação”, da “responsabilidade”, da “unidade”, da “coordenação”, da “boa
governança” e da “subsidiariedade”.
QUAIS SÃO AS MUDANÇAS
PARA OS SERVIDORES PÚBLICOS?
De acordo com a
proposta, o projeto propõe o FIM DO REGIME JURÍDICO ÚNICO, criando cinco tipos
diferentes de cargos e vínculos de trabalho, o que, além de gerar uma
desigualdade entre os atuais servidores, também vai fragilizando os vínculos
dos trabalhadores e trabalhadoras, ajudando a implantar a política de
terceirização e fortalecendo as indicações políticas, sendo um prato cheio para
os políticos oportunistas.
Entenda cada um
desses vínculos:
O VÍNCULO DE
EXPERIÊNCIA consiste na contratação, por tempo determinado, como etapa final
do concurso público, e visa substituir, para alguns cargos, o estágio
probatório.
O VÍNCULO POR PRAZO
DETERMINADO visa à substituição dos contratos temporários atuais, regidos pela
Lei 8.745/1995. Embora pareça o tipo de vínculo menos problemático, é
importante notar que, diante das outras mudanças propostas pela PEC, este pode
se caracterizar como vínculo de precarização total do trabalho, com a
possibilidade de elevação de carga horária e rebaixamento de salários dos
cargos temporários, como prevista na proposta de isonomia com a realidade do
setor privado apresentada pelo texto da PEC.
O VÍNCULO POR PRAZO
INDETERMINADO propõe substituir a maioria dos cargos atuais do serviço público. O objetivo é acabar com a estabilidade. O servidor público permanente
atual, embora estável, está sujeito à remoção por violações administrativas ou
pelo não cumprimento de suas funções. Na proposta da PEC 32, o vínculo poderá
ser desfeito como resultado de uma avaliação discricionária de desempenho, que
poderá ser feita pela chefia imediata e sujeita a critérios subjetivos da
mesma. Na prática, extingue-se o serviço público estável e se estabelece a
promoção e a perpetuação de práticas de assédio moral, insegurança e compadrio
e de ameaças que podem levar ao desligamento do servidor.
OS CARGOS DE
LIDERANÇA E ASSESSORAMENTO modificam os cargos comissionados de modo a garantir sua ocupação por indicações políticas fora da estrutura funcional do
Estado. Neste vínculo, qualquer um, a partir de indicação de autoridade relevante, poderá ocupar cargos de chefia, coordenação, controle e assessoramento e
inclusive participar de avaliações dos demais. Não é à toa que a PEC 32/2020
foi também apelidada de “PEC da Rachadinha”. Ela naturaliza práticas de
apadrinhamento e clientelismo que são tão comuns no setor privado e no círculo
familiar do Presidente da República.
O CARGO TÍPICO DE
ESTADO é o único vínculo presente na PEC que prevê a manutenção de alguns
direitos conquistados historicamente pelo funcionalismo público. A natureza
desse cargo não está explicitada na proposta, devendo ser definida por lei
complementar. Embora não exista precisão sobre quais serão esses cargos, é
óbvio, a partir da leitura da proposta, que tais cargos serão destinados, muito provavelmente, ao alto escalão do funcionalismo público
SERVIDORES DA ATIVA
TAMBÉM SERÃO ATINGIDOS?
Para os servidores da
ativa, citam-se a regulamentação das avaliações de desempenho, a progressão e
a promoção funcional, a alteração e reorganização de atribuições de cargos
públicos efetivos. Ou seja, é indiscutível que o atual servidor público não
está à margem da Reforma Administrativa. A PEC 32/2020 o atinge de forma
substancial e muitas vezes não tão transparente, como vem sendo veiculado.
E OS SERVIÇOS PARA A
POPULAÇÃO, COMO VÃO FICAR?
Cerca de 80% da
população brasileira depende diretamente de algum serviço público nas três
esferas de governo, seja com relação à Educação no ensino primário, médio ou
superior, no atendimento básico de saúde ou com relação à segurança pública.
Isto referindo-se apenas os serviços básicos.
DIA 18 DE AGOSTO É
DIA DE GREVE GERAL!
Em todo Brasil, os
servidores públicos estão mobilizados para realizarem no dia 18 de agosto uma
GREVE GERAL DO SERVIÇO PÚBLICO, pois só com essa ação a classe trabalhadora
pode derrotar essa proposta e impedir que Bolsonaro, Mourão, Guedes e seus
aliados, capachos da burguesia, destruam os direitos sociais do povo
trabalhador.
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