2 de julho de 2021
O PCB, representado
por seu secretário-geral Edmilson Costa, esteve em Brasília, no dia 30/06, para
protocolar o “superpedido” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O
texto, composto por uma comissão de juristas, reúne 124 entidades, entre
Centrais Sindicais, Entidades Estudantis, Movimentos de Sem-Terra, Sem-Teto,
organizações religiosas e os principais Partidos de Esquerda e Movimentos
Sociais.
Foram listados mais
de 23 crimes de responsabilidade, como a suspeita de corrupção envolvendo o
contrato de compra da vacina indiana Covaxin, além dos mais diversos boicotes
ao isolamento social e a medidas de segurança da população, sendo que o país já
soma 518 mil vítimas do vírus, com os números aumentando cada dia mais.
Em sua fala, sendo
acompanhado de uma delegação expressiva de militantes, Edmilson reafirmou que o
pedido coletivo de impeachment é mais um elemento de pressão através do campo
institucional, que soma-se às jornadas de mobilizações e manifestações em massa
da população, que lotaram as ruas das mais diversas cidades do país, nos atos
de 29 de maio e 19 de junho.
“Somente a
manifestação das massas altera a correlação de forças”, reforçou o Secretário
Geral do PCB, expressando que a continuidade da luta nas ruas é fundamental não
apenas para alterar a dinâmica dos ataques promovidos no Congresso contra a
classe trabalhadora, mas sobretudo mudar a correlação de forças e promover a
derrubada desse governo genocida e reacionário e sua política de reformas
neoliberais, que precarizam ainda mais as condições de vida dos trabalhadores e
das trabalhadoras, com o aumento do desemprego, da fome e da violência social.
Longe da ilusão de
que apenas a institucionalidade consegue solucionar os problemas da classe
trabalhadora e da juventude, as ruas vêm dando a resposta ao trato do Governo
em relação à pandemia e à destruição dos direitos sociais. A rearticulação das
forças de oposição demarca um campo de unidade popular que não se via desde as
jornadas de junho de 2013. Os comunistas, desde o início das jornadas de luta
desse primeiro semestre, têm se posicionado no âmbito das diversas Frentes e
Fóruns que constroem as mobilizações, levando adiante as palavras de ordem pelo
Poder Popular, o combate à exploração capitalista e a defesa do Socialismo como
alternativa à barbárie imposta pelo capital.
O PCB segue
defendendo a superação do modo de produção capitalista, a soberania popular e a
emancipação da classe trabalhadora. Com sua militância presente e organizada
nas ruas, o PCB entende a importância tática em construir a unidade de ação no
campo da Oposição de Esquerda, mantendo nossa independência de classe e
princípios ideológicos, nossas bandeiras políticas e a estratégia de combate ao
Capitalismo e ao Imperialismo, como referencial revolucionário frente ao
oportunismo, ao esquerdismo e às vacilações que possam se manifestar na
heterogeneidade das Frentes. O momento é, portanto, de luta e elevação do grau
de organização e consciência de classe. Nesse contexto de efervescência
política, os comunistas seguem atuando para fortalecer os laços com os diversos
segmentos que compõem a classe trabalhadora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário