ESTADÃO - Pedro Venceslau
© Taba
Benedicto/Estadão Movimentos
esperam maior mobilização neste sábado.
Os organizadores de
novas manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, marcadas para este sábado, 24, registraram um
aumento no número de atos nos Estados após a ameaça do ministro da
Defesa, Walter Braga Netto, de
que não haverá eleições caso o voto
impresso não seja adotado no País.
A decisão do presidente de entregar o comando da Casa Civil para o senador Ciro Nogueira (PP-PI), principal expoente do Centrão, também impulsionou o movimento. Segundo Raimundo Bonfim, líder da Central de Movimentos Populares (CMP) e um dos principais líderes das manifestações, foram agendados 123 novos atos pelo Brasil nas 24 horas seguintes à divulgação das ameaças e o acerto com o Centrão.
Ao todo, os organizadores contabilizam 426 eventos marcados em todos os Estados. O recorde até agora foi no dia 19, com 457 atos registrados. “Mais um motivo para lotarmos as ruas no sábado! O Ministro da Defesa Walter Braga Netto fez um ameaça dizendo que se não houver voto impresso, não haverá eleições em 2022. Nosso país não pode seguir nas mãos de quem ameaça a democracia. #24JForaBolsonaro”, escreveu no Twitter a ex-deputada Manuela D’Ávila, do PCdoB.
Segundo Bonfim, o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estará no centro dos protestos do
sábado, já que só ele tem a prerrogativa de aceitar um dos pedidos de
impeachment que foram protocolados na Câmara.
A principal
manifestação será na Avenida Paulista, onde 11 carros de som estarão
distribuídos.
Uma das
preocupações dos organizadores é que eventuais atos isolados de violência
contaminem as manifestações. No último dia 19, militantes do Partido da Causa
Operária (PCO) agrediram integrantes do PSDB.
Líderes sindicais e
partidários pediram ao PCO que controle seus simpatizantes. “Nós fechamos
questão no diretório municipal e vamos estar na Avenida Paulista. O movimento
contra o Bolsonaro cresceu nas bases do partido. O PCO pode ser retirado dos
atos se cometer atos de violência”, afirmou o presidente do PSDB da capital,
Fernando Alfredo. Os membros do PSDB estarão em um carro de som junto com
partidos e movimentos sociais de esquerda. Para tentar evitar atos violentos,
os organizadores decidiram abreviar as falas nos carros de som e antecipar a
caminhada entre a Avenida Paulista e Praça Roosevelt. Dessa forma, o evento
deve terminar antes de anoitecer, o que ajudaria a inibir atos de vandalismo.
EM TEMPO: Convém lembrar que não existe possibilidade de golpe sem o apoio do governo Biden, dos EUA. Além do mais seria um absurdo os militares darem um auto-golpe para manter Bozo no poder. Será que Bozo é um grande estadista? Será que é pop star (rsrsrs)? Será que um auto-golpe seria facilmente reconhecido por outros países? Será que o negacionismo de Bozo e a existência de cerca de 550 mil mortos pela COVID 19 não pesa contra o auto-golpe? E a popularidade de Bozo. Está em queda livre? Os "bolsominios" não se esqueçam que Trump perdeu as eleições nos EUA. O Golpe Militar/Empresarial de março de 1964 e a própria trama, contra o ex-presidente Lula, promovida pelo ex-juiz Sérgio Moro, foram apoiados e preparados nos EUA. Agora durmam com essas broncas.
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