Poder 360 Graus
© Sérgio
Lima/Poder360 Senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é vice-presidente da CPI da Covid
O vice-presidente
da CPI (Comissão de Inquérito Parlamentar) da Covid no
Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
afirmou nesta 2ª feira (28.jun.2021) que irá apresentar uma notícia-crime de
prevaricação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF (Supremo
Tribunal Federal) ainda hoje. A fala foi durante entrevista à Globo
News.
Como a apresentação
será feita virtualmente ao STF, a Corte precisa acionar a PGR (Procuradoria
Geral da República) para que ela se manifeste sobre o caso. Randolfe afirma que
se o procurador-geral Augusto Aras não afirmar que a denúncia tem bases “vai
ficar muito ruim“.
“Vai ficar muito
ruim, não somente para ele [Aras], mas também para a instituição
que ele representa, que é o Ministério Público Federal, não dar algum despacho
consistente em relação ao relato deste crime de prevaricação“.
A prevaricação
teria ocorrido caso da Covaxin. Segundo os depoimentos do
deputado Luis Miranda (DEM-DF)
e de seu irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, Bolsonaro foi avisado
em 20 de março de possíveis irregularidades na compra da vacina indiana.
Segundo os irmãos, o presidente tinha afirmado que iria comunicar Polícia
Federal sobre o caso, mas não o fez.
Randolfe já afirmou
que o crime “já está caracterizado” para ele e para outros integrantes da
comissão. O vice-presidente do colegiado também diz que os trabalhos da CPI
irão continuar. Ele apresentou, nesta 2ª feira (28.jun.2021), o pedido de prorrogação da
comissão.
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Durante o final de
semana, Randolfe afirmou que a CPI iria acionar o STF e a PGR sobre as
suspeitas de prevaricação. Ao escolher acionar o STF, o senador tenta escapar
da denúncia ficar parada na PGR, dependendo de Aras para ter seguimento.
Na entrevista com
a Globo News, o senador afirmou que a decisão de apresentar a
notícia-crime individualmente e não com a CPI foi para não minimizar o
relatório que será apresentado ao fim dos trabalhos pelo senador Renan
Calheiros (MDB-AL).
“Apontar apenas
um crime só pela CPI reduziria o peso do relatório que será apresentado pelo
relator Renan Calheiros sintetizando todos os crimes ao final dos
trabalhos“, disse.
Em outra entrevista
publicada nesta 2ª feira (28.jun), o relator afirmou que defende que o
relatório apresente 3 vertentes de crimes praticados pelo governo federal e
pelo presidente Bolsonaro “1º, a responsabilização criminal; o 2º, a
responsabilidade política; e o 3º, se confirmada a ocorrência dos crimes de
lesa humanidade e/ou genocídio, ao Tribunal Penal Internacional.”
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