sábado, 15 de maio de 2021

“Voto impresso é retrocesso”, diz presidente do TSE

 

Extraído do Blog de Magno Martins às 18:30. Em 14.05.2021.

Com edição de Ítala Alves

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, hoje, que a introdução do voto impresso seria um “retrocesso” capaz de provocar a judicialização” das eleições.

A Câmara dos Deputados instalou, ontem, uma comissão especial para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga a impressão de votos em eleições, plebiscitos e referendos.

O ministro afirmou que, se aprovado, o voto impresso será implementado pelo TSE. Mas argumentou que impressão tem “inconveniências”, entre as quais o custo, de mais de R$ 2 bilhões, e a própria declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo, pela quebra de sigilo do voto.

“Isto é um retrocesso no sentido de que piora o sistema. Em 2002, foi feita uma tentativa de voto impresso em cerca de 6% das urnas. Não funcionou bem. Houve filas, atrasos, aumento de votos brancos e nulos, emperramento das impressoras. Simplesmente não foi uma boa experiência”, disse Barroso durante o lançamento de campanha do TSE sobre a segurança do voto.

Para o ministro, também “há um risco de judicialização das eleições”. “Imagine se um percentual pequeno resolver impugnar o resultado, pedir recontagem, contratar os melhores advogados eleitorais para achar alguma incongruência e ir ao Poder Judiciário para pedir suspensão, anulação, sustação de posse? Esse é o risco que nós vamos introduzir”, declarou.

“Por último, acho que seria inútil relativamente ao discurso da fraude. Porque esse é um discurso político”, declarou Barroso.

Em junho de 2018, o STF decidiu de forma liminar (provisória) barrar a medida e confirmou o entendimento em 2020, em julgamento no plenário virtual, quando considerou o voto impresso inconstitucional. Para o plenário, o sistema trazia risco ao sigilo do voto.

A impressão do voto é propalada pelo presidente Jair Bolsonaro, que costuma lançar suspeitas de fraude em relação ao voto eletrônico. Barroso afirmou que não é papel ele “polemizar com o presidente” e que o TSE cumpre a Constituição, a lei e as decisões do Supremo. “Neste momento, no Brasil, inexiste voto impresso. Meu papel é demonstrar como o sistema funciona”, afirmou.

Para o ministro, “não há possibilidade de se desrespeitar o resultado das eleições”. “As instituições brasileiras são consolidadas”, afirmou.

EM TEMPO: O presidente Bolsonaro é muito autoritário, senão vejamos:

1 - Quer o "voto impresso" para que os políticos "compradores de voto" e as "milícias" tenham o controle da população, acabando com a votação secreta;

2 - Quer armar a população com até seis armas e munições a vontade para estimular a "guerra civil". Portanto, é um Presidente simpático a morte da população;

3 - Ora, achar que houve fraude na Eleição de 2018 significa dizer que o próprio presidente não acredita que foi eleito. É como se dissesse: será que esse povo brasileiro é tão bobo que me elegeu Presidente da República?;

4 - Outro agravante é que o Presidente, desde já, tende a imitar o Trump, ex-presidente dos EUA, e não aceitar a derrota


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