Imagem: Partido Comunista do México |
Várias vacinas que foram administradas desde o final de 2020 são desenvolvidas por monopólios farmacêuticos. Há um nível substancial de informações sobre a eficácia clínica e os intervalos entre as doses dessas vacinas. Apesar de algumas delas serem administradas com cautela devido a alguns efeitos adversos, elas contribuem efetivamente para combater a pandemia. No entanto, desde a administração da primeira injeção, apenas cerca de 2,16% da população mundial foi totalmente vacinada.
O principal método de
combate às doenças transmissíveis é a imunização generalizada, rápida e eficaz.
Infelizmente, o capitalismo no século 21 foi incapaz de implementar esta
fórmula básica para combater uma infecção mundial, como visto na pandemia
COVID-19. As razões para esta situação são claras: apesar de todos os estudos
de desenvolvimento de vacinas terem sido conduzidos graças a fundos públicos e
à colaboração de milhares de cientistas, nas grandes potências capitalistas o
produto final foi apropriado por monopólios farmacêuticos sob o nome de
propriedade intelectual, ou as chamadas patentes.
Hoje, as vacinas
podem ser produzidas apenas em alguns países. Enquanto os países imperialistas
mais poderosos estão encomendando muito mais frascos além de suas necessidades
e obtendo uma parcela maior dos estoques disponíveis agora e no futuro, dezenas
de países, principalmente os economicamente menos desenvolvidos, são capazes de
vacinar apenas uma pequena parte da população, em um futuro incerto. Isso
significa virar a cara para as mortes de cidadãos desses países por uma causa
evitável.
O cenário mais
perigoso no caso das doenças infecciosas é a vacinação de uma parcela muito
limitada da população, o que facilitaria a evolução do vírus para que ele
tivesse propriedades mais avançadas. Isso é o que está acontecendo agora.
A pandemia da
COVID-19 não desaparecerá do mundo de uma vez. Além disso, as condições sociais
e ambientais criadas pelo capitalismo nos mostram que a humanidade enfrentará
essas epidemias novamente, embora de outras maneiras. A pandemia de COVID-19
também continuará até que um tratamento eficaz tendo o vírus como alvo seja
encontrado e / ou uma vacinação massiva e rápida seja alcançada; e o melhor
cenário é que a humanidade continue a conviver com o coronavírus reduzindo sua
gravidade e mortalidade. Portanto, é do interesse comum da classe trabalhadora
e das camadas populares lutar pela prioridade de vacinas e tratamentos contra
doenças infecciosas.
Patentes ou direitos
de propriedade intelectual tiveram um impacto que não facilitou a produção de
vacinas como argumentado; pelo contrário, eles desaceleraram a imunização das
massas.
Mas não podemos
deixar qualquer questão relativa à saúde pública entregue à “boa vontade” dos
monopólios com fins lucrativos e à competição entre eles.
Levando em
consideração e valorizando as ações de solidariedade e cooperação, iniciativas
e esforços desenvolvidos por alguns países, como partidos comunistas e
operários de todo o mundo, reivindicamos conjuntamente:
– A abolição dos
chamados direitos de propriedade intelectual, nomeadamente patentes, de todas
as vacinas e fórmulas de tratamento contra a COVID-19 utilizadas ou em
desenvolvimento, bem como a implantação de regulamentos legais necessários para
tal em todos os países.
– A produção,
distribuição e implementação de vacinas devem continuar integralmente por meios
públicos, intensificando a intervenção popular. O sistema de saúde público deve
ser expandido e fortalecido imediatamente.
– Denunciamos a
especulação com as vacinas. Todas as informações sobre vacinas e formulações de
tratamento devem ser apresentadas de forma transparente às organizações
científicas internacionais. A pesquisa neste campo deve ser realizada com o princípio
da solidariedade e cooperação internacional, e não da competição.
– As campanhas
anti-vacinas e a desinformação não científica devem ser enfrentadas de forma
decisiva.
Os povos devem
fortalecer sua luta pela proteção da saúde. Precisamos enfrentar os interesses
dos monopólios, que sacrificam vidas humanas pelo lucro!
Assinam este
manifesto:
Outros Partidos
O manifesto está
aberto para receber novas assinaturas
Tradução: Partido
Comunista Brasileiro (PCB)
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