domingo, 14 de março de 2021

Sivaldo Albino: Prefeito na contra- mão da natureza

 

Por Paulo Camelo (Engenheiro Civil e Militante de Esquerda)

O assunto corriqueiro em diversos ambientes do nosso convívio diário  diz respeito  a nomeação de parentes, do prefeito Sivaldo  Albino,   para exercerem cargos no governo municipal e demais instâncias públicas. É sabido que o Presidente da Câmara de Vereadores, seu irmão e vereador  Johny Albino, foi eleito pelos seus pares. Mas  será que seria eleito, sem oposição, caso o Prefeito  não fosse seu irmão?   

Evidentemente que não se trata apenas de uma mera nomeação de parentes, mas uma tentativa  de domínio familiar de uma cidade inteira.

Hoje os Poderes Executivo e Legislativo são controlados pela família Albino, como uma representação política que ultrapassa os limites familiares, mas de dominação. É claro que essa dominação está longe de ser caracterizada como burguesa, apesar dos atores rezarem na cartilha das classes dominantes da cidade, do estado e do país.

Entendendo um pouco da nossa história atual, podemos afirmar que Garanhuns é uma cidade Cosmopolita, sem Domínio Familiar e  sem Líder  Burguês.

É Cosmopolita porque  uma considerável parcela  da  população é oriunda de diversas localidades do Nordeste e dos demais Estados da República Federativa do  Brasil, como também do exterior.

Mas, a última família que nos dominou foram os Brancos, através do ex-deputado estadual Elpídio Branco (in memorian), do ex-vice-prefeito Abdias Branco, in memorian (popularmente e carinhosamente conhecido por Pai Bida). Some-se a isso o Dr. Tinoco, natural de Caruaru, ex-deputado federal, aliado  de primeira hora  do ex-governador Marco Maciel, mas que ao casar com a senhora Fernanda Branco, de família rica e tradicional, passou a integrar a Clã que dominou nossa cidade por muitos anos.

Por outro lado, desde a morte do empresário Vavá Moraes, Garanhuns perdeu seu último líder burguês, o qual sucedeu o  Coronel  Figueira (Francisco Simão dos Santos Figueira), in memorian, latifundiário,  exportador de café,  ex-prefeito e ex-deputado estadual.

Sendo assim  a família Albino, a qual não domina os meios de produção de nossa cidade e nem tão pouco tem  suficiente inserção na classe média,  jamais  consolidará, algum dia,  seu domínio familiar.

Donde concluímos  que a família Albino anda em “pés de barro”, uma vez que  não é possível existir domínio familiar de uma cidade de porte médio como a nossa,  sem  materializar o poder  paralelo e burguês. Deste modo, os Albino estão  se opondo  a nossa  natureza, a qual está reagindo gradativamente  aos desmandos em curso em todas as esferas da administração pública e da política. Portanto, as críticas que são deferidas contra o governo municipal são mais do que naturais, fazendo parte da nossa natureza de resistir. É claro que o Prefeito  está estranhando  ao se colocar no interior da vitrine política.

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