ISTO É - Da Redação
Gulliem Charles Bezerra Lemos, mais conhecido como Julian Lemos, deputado federal, mais votado da Paraíba, e primeiro vice-presidente nacional do PSL, foi o entrevistado da live de IstoÉ nesta sexta-feira (28). O parlamentar falou sobre os bastidores da eleição presidencial de 2018, quando ele era coordenador da campanha bolsonarista no nordeste brasileiro “Bolsonaro à época era um deputado caricato”, diz ele.
Nas lembranças da corrida eleitoral, o Lemos afirmou que deu R$ 35 mil para o ex-ministro Bebiano pagar dívidas do então deputado Jair Bolsonaro e que o mesmo Bebiano negociou com o ministro do Supremo Luiz Fux, a candidatura à presidência. “Os filhos de Bolsonaro são perversos, vingativos e moleques. O presidente perdeu o controle total dos filhos”, critica.
Ao certo, a disputa
de poder ao redor do Palácio do Planalto já vitimou vários bolsonaristas de
carteirinha. Lemos é um deles. Boa parte das contendas resume-se a disputas de
poder com os filhos do presidente. Para o vice-presidente do PSL, os filhos de
Bolsonaro agem na zona sombria das fake news, de tenebrosas articulações
políticas e negociatas de cargos.
“Minha honra está acima de Bolsonaro. Os filhos do presidente não tem coragem de encarar [seus desafetos]. Eles gostam de rebaixar, humilhar e diminuir as pessoas. Eduardo Bolsonaro é uma moleque, um demagogo”, afirma. O deputado também comentou sobre o cenário político nacional e a possibilidade do presidente da República voltar ao PSL. Ele negou a notícia de que Bolsonaro, para voltar a antiga legenda, apresentou uma ‘lista-negra’, composta por um senador e sete deputados federais que não deseja mais que permaneçam no PSL, entre esses, o próprio Julian Lemos. “Ninguém será defenestrado do PSL”, alega.
Lemos avalia que o governo faz um bom enfrentamento à crise sanitária e manda um recado para o ministro da economia: “Se Guedes bater de frente com Bolsonaro, ele roda fácil. Ele não alisa”, alerta. O deputado federal da Paraíba explica que o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas de opinião está umbilicalmente ligado ao auxílio emergencial de R$ 600,00. Para ele, a chegada do dinheiro aos bolsos das pessoas fez até os fogões sumiram das lojas. “Bolsonaro cresceu às custas do auxílio emergencial. Se continuar a pagar os 600 reais, daqui a quatro meses ninguém sabe mais quem é Lula no Nordeste”, finaliza.
EM TEMPO: Este desgoverno Bolsonaro é fuleragem. Não acha? Agora durmam com essa realidade.
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