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© Reprodução/Agência Pública.
Thaméa Danelon, ex-coordenadora da força-tarefa em São Paulo ao lado de Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato
A procuradora
Thaméa Danelon, ex-coordenadora da Lava Jato em São Paulo, deletou seu perfil
no Twitter depois de revelado o elo entre integrantes da força-tarefa com a
agente Leslie Rodrigues Backschies, do FBI– departamento federal de
investigações dos EUA.
Uma reportagem
publicada nesta 4ª feira (1º.jul.2020), produzida pelo jornal The
Intercept Brasil em parceria com a Agência Pública, revelou
a ligação de Leslie Backschies com agentes da Polícia Federal e procuradores
que integravam a equipe das investigações da Lava Jato.
Leslie Backschies
tem pouco mais de 20 anos de atuação no FBI, com histórico de investigações de
casos de corrupção e lavagem de dinheiro na América Latina, sobretudo no
Brasil. Em 2014, foi designada para acompanhar as investigações da Lava Jato.
A agente se
especializou na FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), legislação que
trata da punição das práticas de corrupção de estrangeiros, ainda que não
ocorridas no território norte-americano. Foi essa lei que embasou a condenação
de empresas brasileiras, como a Petrobras e a Odebrecht, a pagarem multas
superiores a US$ 4 bilhões para os Estados Unidos, Brasil e Suíça.
Hoje, Leslie
comanda 1 escritório da agência em Miami, montado especificamente para
investigar casos de corrupção ocorridos na América do Sul.
Comandada por
Deltan Dallagnol, a força-tarefa da Lava Jato envolveu 13 agentes do FBI,
incluindo Leslie Backschies, no curso de suas investigações. Segundo a
reportagem, as informações do inquérito foram abertamente compartilhadas com o
departamento norte-americano.
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A legislação
brasileira só permite a participação de agentes norte-americanos em diligências
ou investigações ocorridas em solo brasileiro perante autorização do Ministério
da Justiça.
Não há nenhuma
explicação do FBI e da Embaixada dos EUA sobre o motivo de manter agentes no
Brasil. Contudo, 1 documento obtido pela Agência Pública revela
que, em outubro de 2019, foi feito 1 anúncio em busca de 1 “investigador de
segurança” para atuar na equipe do adido legal, dedicando 70% do seu
tempo para as investigações em todas as regiões do Brasil. “Essas
investigações são, frequentemente, altamente controversas, podem ter
implicações sociais e políticas significativas”, diz o anúncio.
Em uma troca de
mensagens com Dallagnol, a procuradora Thaméa Danelon aparece diversas vezes
contando ao “amigo” sobre planos de palestras e acordos realizados
com agentes do FBI.
EM TEMPO: Os porta vozes da Lava Jato tinham alguns objetivos, tais como: - impedir a candidatura de Lula; - incriminar a política e todos os políticos; quebrar a Odebrecht (uma das maiores empresas de construção civil do mundo), dentre outras empresas; quebrar para privatizar a Petrobras; ajudar na eleição da Direita, especialmente Bolsonaro. Agora durmam com essa artimanha, provavelmente concebida nos EUA.
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