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© Reprodução/Twitter Juan Manuel Santos é ex-presidente da Colômbia e ganhador de 1 prêmio Nobel da Paz
Juan Manuel Santos,
ex-presidente da Colômbia e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, afirmou que a
política ambiental de Bolsonaro para a Amazônia é prejudicial para toda a
comunidade da América Latina. A crítica foi feita em entrevista concedida
ao Estado de S. Paulo.
“O que Bolsonaro
faz sobre o meio ambiente e a ordem internacional multilateral, no longo prazo,
prejudicará toda a América Latina“, disse.
Santos governou a Colômbia por 8 anos. Ganhou o prêmio Nobel da Paz em reconhecimento pelo comando das negociações que colocaram fim ao conflito com a guerrilha das Farc. Desde a saída do governo, em agosto de 2018, tem se dedicado à causa ambiental. Questionado sobre a atuação do governo brasileiro em relação às queimadas florestais na Amazônia, Juan Manuel Santos disse estar bastante preocupado com o cenário ambiental brasileiro. Para ele, as decisões do presidente Jair Bolsonaro colocam toda a América Latina em risco. “A pandemia mostra que falar e atuar só com base na intuição e na ideologia não traz bons resultados.”
Santos também criticou o extremismo de direita e de esquerda latino-americanos pela perda de credibilidade do restante da comunidade internacional. Citou a perda da presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), única instituição sob o comando de 1 representante latino-americano. “É triste para os latino-americanos ver os 2 países mais importantes da América Latina nas mãos de populistas. O Brasil, com o Bolsonaro, e o México, com López Obrador. Um de direita e o outro de esquerda. Por isso, a América Latina perdeu espaço no mundo inteiro”, afirmou.
Outra crítica foi direcionada ao ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles. Ele afirmou que os países latinos não conseguem compreender o fato do ministro do Meio Ambiente ser menos ambientalista que a ministra Tereza Cristina (Agricultura). “São as contradições produzidas pelos regimes populistas”. Ele se referiu ao alerta feito pela ministra sobre como a destruição da Amazônia pode prejudicar as exportações brasileiras.
EM TEMPO: Enquanto o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cria de Bolsonaro, não for substituído por um(a) ambientalista que faça o dever de casa, o Brasil vai receber várias sanções internacionais ao continuar agredindo o meio ambiente e a comunidade indígena. Por sua vez, a devastação da Floresta Amazônica tende a prejudicar o agronegócio e impedir os acessos do Brasil ao acordo Mercosul com União Européia e a OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Portanto, vai haver prejuízo para o próprio capitalismo brasileiro. Tanto é verdade que os próprios Bancos Privados (Bradesco, Santander e Itaú) se reuniram com Mourão para traçarem algumas metas para impedir a devastação da Floresta Amazônica. Caso o general Mourão não tenha pulso forte para frear o desmatamento, já que ele está com essa tarefa, ficará difícil sua permanência no cargo, juntamente com Bolsonaro. Breve teremos a campanha: "FORA BOLSONARO E MOURÃO". E quem sabe: "Fora os militares do governo Bolsonaro". Agora durmam com essa bronca
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