quinta-feira, 4 de junho de 2020

Partidos de oposição desencorajam participação em ato contra Bolsonaro em meio à pandemia

 

ESTADÃO - Marlla Sabino

 

© Taba Benedicto/Estadão Manifestação na Paulista neste domingo, 31. 

BRASÍLIA – Partidos de oposição ao governoJair Bolsonaro publicaram, nesta quinta-feira, 04, nota pedindo para que as pessoas não compareçam em atos contra o governo previstos para o próximo domingo, 7, por conta da pandemia do novo coronavírus. O documento é assinado pelos líderes das bancadas da Rede, PSB, PDT, PT, Cidadania e PSD no Senado.

Os parlamentares justificam que o adiamento é necessário para reforçar a necessidade de cuidados sanitários e as recomendações do distanciamento social. Também pedem respeito às famílias de vítimas do novo coronavírus.

“A organização de setores da sociedade aqueceu nossos corações de esperança, na certeza de que o Brasil já identificou que a política da Presidência da República tem sido devastadora ao país e aliada do coronavírus. Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população.”

Novos atos estão sendo chamados para o fim de semana por grupos ligados a torcidas de futebol, agora engrossados pela Frente Povo sem Medo, organização que reúne movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda

Os parlamentares também dizem temer possíveis agressões contra os manifestantes. “Observando a escalada autoritária do governo federal, devemos preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias.”

Nesta quinta-feira, Bolsonaro voltou a criticar, em live, os manifestantes que foram às ruas protestar contra o seu governo e que se autointitulam antifascistas. Ele chamou os integrantes de grupos que pretendem ir às ruas no domingo de “marginais” e “viciados” e pediu que as pessoas não participem dos atos. 

EM TEMPO: Mas, deve-se  ter muito  cuidado com a segurança física e contra a virose, COVID 19,  uma vez que os "milicianos bolsonaristas", provocadores, poderão se infiltrar no meio da multidão para prejudicarem as legítimas manifestações em favor da democracia, a exemplo do que aconteceu recentemente em Curitiba, onde numa manifestação contra o racismo, os infiltrados tocaram fogo no prédio do Tribunal de Justiça e pintaram com a foice e o martelo. 


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