Correio Braziliense - Hellen Leite
O Tribunal de Justiça
do Rio de Janeiro autorizou, nesta quinta-feira (18/6), a prisão de Márcia
Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz. Ela
também trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj) entre os anos de 2007 e 2017.
Fabrício Queiroz
foi preso preventivamente nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira pela
Polícia Civil. O policial militar aposentado estava em um sítio em Atibaia (SP)
de propriedade de Frederick Wassef, advogado do
senador.
Ele não resistiu à
prisão, passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e
será levado de helicóptero para o Rio de Janeiro ainda nesta quinta. Dois
celulares, documentos e uma quantia em dinheiro foi apreendida na residência.
O delegado que
investiga o caso, Osvaldo Nico, disse em entrevista à Globo News que
Queiroz estava na chácara de Wassef há mais ou menos um ano, segundo o caseiro
da propriedade. O advogado está em Brasília, e participou ontem da posse de
Fábio Faria como ministro das Comunicações. Ele também atua no processo do
atentato de Adélio Bispo contra o presidente Jair Bolsonaro no episódio da
facada.
"Rachadinha"
A prisão de
Queiroz, expedida pela Justiça do Rio, faz parte da investigação da polícia
carioca sobre um esquema de "rachadinha" - quando funcionários são
coagidos a devolver parte do salário — na Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj). O filho de Bolsonaro foi deputado estadual de fevereiro de
2003 a janeiro de 2019.
Além de Queiroz,
a Operação Anjo cumpre
medidas cautelares contra outros suspeitos de participarem do esquema. São alvo
de busca apreensão, afastamento da função pública o servidor Alerj Matheus
Azeredo Coutinho; Ex-funcionários da casa legislativa Luiza Paes Souza, Alessandra
Esteve Marins - ligada ao gabinete do senador Flávio Bolsonaro; e
o advogado Luis Gustavo Botto Maia.
Segundo o processo,
o antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que Queiroz teria
movimentado R$ 1,2 milhão de forma atípica em sua conta. Em abril de 2019, a
Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de
Queiroz, do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e de outras 84 pessoas e nove
empresas entre 2007 e 2018.
EM TEMPO: Está chegando a hora. Bolsonaro deve ter um chilique e ameaçar os Poderes da República com suas bravatas. Agora durmam com essa bronca. Mas, antes de dormir se lembrem do "Panelaço".
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