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Denisse Dias Rosas Ribeiro foi afastada do caso pela PGR
A delegada Denisse
Dias Rosas Ribeiro, da Polícia Federal, se opôs à realização de uma operação de
busca e apreensão, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal
Alexandre de Moraes, que mirou um senador e dez deputados bolsonaristas.
Em ofício
encaminhado ao STF, a delegada apontou que a realização da operação no início
das investigações representaria um "risco desnecessário" à
"estabilidade das instituições". A resistência de Denisse às medidas
levou a Procuradoria-Geral da República a pedir o seu afastamento do caso.
O pedido da
delegada da PF foi visto como o motivo do atraso na realização da operação, que
estava prevista para a primeira semana de junho. Moraes, relator do inquérito
que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos,
autorizou a realização da operação de busca e apreensão no fim do mês passado.
"Pela
postergação do cumprimento ou pelo recolhimento das ordens já emanadas, a fim
de que o direcionamento dos recursos da Polícia Federal seja inicialmente
empregado na obtenção de dados de interesse e no preenchimento das diversas
lacunas das hipóteses criminais aqui apresentadas", solicitou Denisse a
Moraes.
Em 2017, a mesma
delegada já havia feito uma série de observações sobre problemas enfrentados
pelos investigadores da Operação Zelotes - entre eles, a falta de foco de
órgãos parceiros na investigação que, segundo ela, resultava em uma apuração
"genérica e difusa".
Procurada, a PF
informou que não vai se manifestar.
Operação
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A operação,
autorizada por Moraes em 27 de maio, foi realizada apenas nesta semana, quando
a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão contra um parlamentar, políticos
ligados ao Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro
pretende criar, além de blogueiros e youtubers que apoiam o governo federal.
Segundo a PGR, os
investigados teriam agido para "financiar e promover atos que se enquadram
em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional". O
objetivo deste inquérito é descobrir quem está por trás de manifestações que
pediam o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo, além da volta do AI-5,
medida mais dura da ditadura militar. Em 19 de abril, Bolsonaro chegou a
discursar em uma dessas manifestações, em frente ao Quartel General do
Exército, em Brasília.
Moraes também
determinou que YouTube, Facebook e Instagram informem se as páginas mantidas
pelos alvos da operação recebem algum tipo de pagamento por postagem. As
informações são do jornal O Estado
de S. Paulo.
EM TEMPO: Esse governo Bolsonaro é uma esculhambação. Agora durmam com essa bronca
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