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© Getty Images. Piero Leirner afirma que desde 2014
percebe uma 'série de intervenções feitas por militares e a construção de uma
rede de outros agentes públicos que agiram em cooperação com eles'.
Desde o começo dos
anos 90, o antropólogo e professor da Universidade Federal de São Carlos/SP, Piero Leirner faz pesquisas com militares.
Durante esse período, estabeleceu com integrantes das Forças Armadas uma
relação que classifica como sendo de "desconfiança mútua".
Apesar das
dificuldades, ele conseguiu manter pesquisas que tratam principalmente da
hierarquia nas organizações militares do Exército Brasileiro, como a Escola de
Comando e Estado Maior.
Piero
Leirner afirma que Jair Bolsonaro é uma espécie de 'para-raios' de militares
nos últimos anos.
Em entrevista à BBC
News Brasil, ele afirma que a atual escalada do conflito político não é
acidental. Para Leirner, ela faz parte do projeto dos militares para o país e
inclui Bolsonaro em um papel bem específico: "funcionar como uma espécie
de 'para-raios sem fio terra'".
"Ele causa a
explosão, para possibilitar a ação reparadora dos bombeiros", diz o
antropólogo, que está prestes a publicar um livro sobre guerras híbridas.
Piero Leirner traça
um panorama sobre a atuação dos militares no governo Bolsonaro, e afirma que
"não é uma questão de se os militares aprovam ou não o governo: eles são o
governo".
Leia os principais
trechos da entrevista, concedida por e-mail:
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BBC News Brasil - Como os
militares embarcaram no governo Bolsonaro?
Piero Leirner - A pergunta poderia ser invertida: "Como
Bolsonaro embarcou no governo dos militares?" Vejo matérias e entrevistas
com alguns generais que já estavam na reserva, e agora estão no núcleo do
governo, dizendo que "aderiram" à candidatura "em cima da
hora", em 2018, e fico me perguntando: por que, então, os colegas deles
que estavam na ativa começaram a campanha pró-Bolsonaro tão antes?
Embora
representasse um risco e até uma ilegalidade, isso era visível desde novembro
de 2014. Dias após o segundo turno que reelegeu Dilma Rousseff, Bolsonaro foi à
formatura dos cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras e fez um discurso
se lançando candidato em 2018. Saiu de lá aclamado como "líder!".
Esse tipo de ato só é possível se houver autorização do comandante da Academia.
E, como Bolsonaro repetiu a visita em 2015, 2016, 2017 e 2018, posso afirmar
que ele contou com o conhecimento do Comandante do Exército e com o descaso dos
Ministros da Defesa e dos Presidentes da República.
Deixar a política
entrar nos quartéis dessa maneira compromete o Estado como um todo. Por um
lado, os civis não deram a menor bola para esses eventos, pois não conseguiram
pensar o papel da instituição militar no país. De outro, os militares sabem
muito bem o que significa um político entrar numa instalação militar e fazer
campanha, lobby, articulação etc... Bolsonaro fez tudo isso sozinho? Não. Foi o
topo da cadeia de comando que ligou a ignição para um projeto político de, pelo
menos, quatro anos.
BBC Brasil - Em linhas gerais, qual é
o projeto das Forças Armadas para o país?
Piero Leirner - Trata-se de um projeto de refundação do
Estado. Fazendo um paralelo com sistemas de informática, pense na ideia de
"reiniciar o sistema", como um "reboot em modo de
segurança", ou seja, quando o "administrador" tem total controle
sobre o que "roda" e o que "não roda" naquele sistema.
Para isso, ele
aciona ferramentas. As principais sempre foram - e tudo indica que continuarão
a ser - o Poder Judiciário e o aparato policial. Entram aí também órgãos de
controle e fiscalização e "aparelhos ideológicos", que mobilizam
setores estratégicos da sociedade.
Os militares têm um
jargão próprio para nomear essa interação. É a ideia de "sinergia". O
ex-comandante Villas Bôas, por exemplo, falava da "sinergia entre Exército
e TRF-4" (Tribunal Regional Federal da quarta região, responsável pelo
julgamento dos processos da Lava Jato em segunda instância). Essa
"sinergia" está presente no STF (Supremo Tribunal Federal), com os
"assessores militares" que apareceram por lá, como os generais
Fernando Azevedo (atual ministro da Defesa) e Ajax Porto Pinheiro (assessor da
presidência do STF). Mas também existe em lugares menos visíveis, como na
Escola Superior de Guerra (ESG), na concessão de medalhas e homenagens, no
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e em redes de
parentesco.
Toda essa
maquinaria permaneceu mais ou menos latente depois do regime militar, mas
voltou a rodar seus protocolos em meados dos anos 2000. Galvanizou cada vez
mais os militares, com capturas ideológicas nas fileiras das Força Armadas, por
volta de 2010, 2011. Mas tudo de forma sutil.
BBC Brasil - Se os militares estão
tão presentes no governo, por que aceitam que Jair Bolsonaro dê declarações
vistas como estapafúrdias a respeito da pandemia de covid-19 e entre em
rota de colisão com os poderes Judiciário, Legislativo e com governadores e
prefeitos, em vez de buscar ações que promovam a união nacional para combater a
doença?
Piero Leirner - As declarações de Bolsonaro não são estapafúrdias
apenas diante da pandemia. São diante de tudo. Seu papel é funcionar como uma
espécie de "para-raios sem fio terra". Ele causa a explosão, para
possibilitar a ação reparadora dos bombeiros.
Esse foi o modelo
escolhido, e foi escolhido justamente por ser assim: Bolsonaro atrai o caos
para si, enquanto a "solução da ordem" emerge das "instituições
que estão funcionando". Dentre elas, a que se considera mais funcional e
que fez um trabalho de convencimento da opinião pública para parecer assim é a
instituição militar. Então, não é que os militares "aceitam" o que o
Presidente diz ou faz.
De um lado, eles
colocam que "não podem fazer nada, pois o jogo democrático não permite que
eles intervenham". De outro, eles não só "aceitam" como
"operam" essas manifestações. E saem lucrando, reafirmando sua
"vocação democrática".
"A partir daí,
os outros poderes começam a reagir, invadindo atribuições. E o que começa a
aparecer? A ideia de que são os outros poderes que passam dos limites da
democracia. E isso de fato ocorre, pois replicam todos os mecanismos da
"sinergia" que foram estabelecidos no passado. Há, assim, uma
retroalimentação dessas posições. As Forças Armadas jogam nas duas pontas: no
"vitimismo bolsonarista" e na "tolerância" e
"respeito" ao jogo institucional, reafirmando sistematicamente
estarem longe do golpismo.
Como essa sempre
foi uma operação baseada em contradições, justamente o que não se busca é a
"união nacional". Pelo menos até a hora em que tudo ficar tão
insuportável, desorganizado e caótico, que o único jeito será apelar para que
eles deem um jeito nessa situação.
BBC Brasil - Como você vê esse
embates entre o governo e o poder Judiciário, especialmente com o STF a partir
da instauração dos inquéritos das fake news e da investigação das
denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro?
Piero Leirner - Em primeiro lugar, é bom observar que isso
segue um padrão: o próprio governo cria uma situação que força uma
interferência de outro poder no Executivo, e aí eles entram com a ameaça de
"interferir na interferência". Ambos os lados acionam seus mecanismos
para dizer que estão na "legalidade".
Desde o começo, o
governo poderia simplesmente ter se recusado a entregar o vídeo da reunião
ministerial e interromper o processo. O que o STF faria? Nada. Como nada fez
quando Renan Calheiros se recusou a receber a notificação do STF de afastamento
da presidência do Senado, em 2016, e, dois dias depois, o plenário derrubou a
decisão monocrática de Marco Aurélio Mello.
Mas, nesse caso, o
governo sabia que, para seus propósitos, era melhor escalar o conflito. E o
STF? Agora o Tribunal se tornou a força moral de defesa da "civilização
contra a barbárie". Todos os que são antigoverno apostam suas fichas no
"padrão lavajatista", que voltou a ser acionado com a saída de Moro.
A PF age a favor, age contra, e o que sobra? A ideia de que estamos em um
embate final entre duas forças contrárias.
Isso, na linguagem
militar, é chamado de "operação em pinça". Sabe aquela tática do
"bom policial versus mau policial"? No final, quem se rende é o
interrogado. Ou seja, todo mundo acaba aceitando o "reboot do Estado"
porque não suporta mais essa situação. Ao que tudo indica, os militares vão
forçar essa situação. Se não pela ação direta, pela caneta dos juízes.
BBC Brasil - Acho que aqui cabe a
pergunta clássica, muito repetida desde a eleição de Bolsonaro: corre-se o
risco de um golpe militar no Brasil?
Piero Leirner - Depende de como você está considerando a
ideia de "golpe". O que vejo aqui desde 2014? Uma série de
intervenções feitas por militares e a construção de uma rede de outros agentes
públicos que agiu em cooperação com eles, na tal "sinergia".
Para fazer isso,
houve manipulação de informações, ingerências, operações não explícitas,
ameaças e, acima de tudo, propaganda e muito bombardeio ideológico. Todo este
processo foi executado, até o momento da eleição de Bolsonaro, com a
preocupação de manter o discurso de que "as instituições estão
funcionando", mas estavam "em risco" por conta do PT e dos
"políticos".
Dilma Rousseff foi
grampeada falando de dentro do Planalto. Uma falha de segurança no Palácio do
Jaburu quase derruba Michel Temer (no grampo de Joesley Batista). Criou-se uma
intervenção no Rio de Janeiro que travou o Congresso por quase um ano. Quem fez
isso? Sempre parece ter partido de alguém de fora das Forças Armadas, mas os
militares sempre estiveram indiretamente envolvidos, na órbita desses eventos.
Note que a invasão
de um poder por outros começou lá atrás. Villas Bôas injetava a política dentro
dos quartéis, afirmando que o Exército é uma instituição de Estado, não de
governo. Isso é a invasão da política no poder armado. Depois, o poder armado
instalou uma sucursal no STF, que ainda está presente com um general, o
assessor da presidência Ajax Porto Pinheiro.
Agora o padrão se
repete, mas Augusto Heleno (ministro-chefe do GSI) diz que isso causa
"instabilidade". Então vamos voltar à pergunta: há sentido em se
falar em "golpe", se esses movimentos partem dos mesmos setores do
Estado que seguem no protagonismo das ações? A palavra "golpe" tem
uma eficácia: dizer que há um rompimento institucional. Mas acho que ela também
livra a cara de todos os atores que se mexeram nesse sentido até 2018. Ocorra o
que ocorrer, prefiro pensar numa linha de continuidade.
BBC Brasil - Os militares aprovam,
então, a forma como Jair Bolsonaro faz política, colocando as instituições
brasileiras frequentemente em xeque?
Piero Leirner - "Os militares", assim, no genérico,
fica difícil de dizer. Mas os que estão no governo o apoiam, sim.
Há duas questões:
eles percebem que as instituições estão sendo colocadas em xeque pelos
militares? Ou, ao contrário, as instituições é que estão colocando eles em
xeque? É preciso respondê-las dentro de um processo mais amplo, que parte,
sobretudo, de "inversões de sinais", algo que se faz muito em
"operações psicológicas", descritas em manuais de campanha militares.
Se voltarmos uma
década, veremos que se propagou dentro das Forças Armadas a ideia de que elas
estavam sendo atacadas pelos governos petistas na tentativa de controle da
hierarquia, dos currículos das escolas militares, de interferência nos valores
e missões da instituição e, especialmente, com a Comissão da Verdade. A partir
daí, eles projetaram essa ideia para o todo, e aderiram à visão de que o PT
visava a "divisão" do Brasil: em classes, raças, gêneros,
"ideologias" etc.
Aí eles alardeiam:
"as instituições foram colocadas em xeque". E o que fazer? Tomar o
Estado e começar um processo de aparelhamento, exatamente o que eles alegavam
que o PT promovia.
Aí, vamos para a
segunda questão: foi o governo Bolsonaro que colocou as instituições em xeque,
ou elas mesmas se colocaram, antes? Eu acho que o governo Bolsonaro é a
projeção de instituições que primaram pela subversão de seus papéis: as Forças
Armadas, onde a política entrou por uma porta e a disciplina saiu por outra, e
o Judiciário, que resolveu mergulhar na política. Não é uma questão de se os
militares aprovam ou não o governo: eles são o governo e Bolsonaro é o projeto
deles.
BBC Brasil - O governo parece se
apoiar nas Forças Armadas, mas também em setores ideológicos ligados a Olavo de
Carvalho. Essa composição tem suscitado conflitos entre os militares e outros
grupos. Como os militares enxergam essa outra ala?
Piero Leirner - Para os militares, Olavo de Carvalho e sua
entourage cumprem o mesmo papel de Bolsonaro: são incendiários convenientes.
Servem para operar em contraste com a "ala racional", associada a
eles próprios. Essa sensação de racionalidade se tornou tão ampla que parece
ter conseguido transformar a tal "ala ideológica" em boi de piranha.
Obviamente, os
militares perceberam que essa trupe tem a vocação de "homens-bomba".
A única coisa que conseguem fazer, de fato, é produzir um enorme estrago, o que
não é pouco. Atingem, sobretudo, áreas que são mais difíceis para os militares
entrarem, como educação, relações internacionais, cultura. Aí, produzem uma
"estratégia de abordagem indireta", uma espécie de terceirização de
uma ação ofensiva. No jargão militar, isso se chama "cabeça de
ponte", aqui atuando como "forças especiais ideológicas", atrás
da linha do inimigo.
De quebra, os
militares usam fragmentos do arsenal olavista para convencimento do próprio
público, de que a conspiração comuno-globalista está batendo à porta no Brasil,
colocando isso no âmbito de uma teoria de guerra de 4ª geração, as guerras
assimétricas, irregulares, híbridas. Muito do campo de batalha está nas
"operações psicológicas", em propaganda, informações e
contra-informações. Não há contradição de fato, ela é só aparente. Para mim,
não faz sentido se falar em "alas" no governo.
BBC Brasil - Recentemente, os
militares também entraram em rota de colisão com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, ao propor um plano de gastos públicos para reativar a economia após a
pandemia de covid-19. Há diferença de opiniões na condução da política
econômica entre os militares e Guedes?
Piero Leirner - Não me parece que tenham entrado, de fato, em
rota de colisão com Guedes. Houve mais a apresentação de um "power point",
do que um plano para recuperação da economia. No geral, e de forma bem
resumida, diria que a maior parte dos militares é liberal, ou neoliberal, e
está sintonizada com a ideia de que o Brasil tem um papel de "defesa
mínima não provocativa" do capitalismo financeiro. Ou seja, acreditam que
o país cumpre o papel indispensável de fornecedor de commodities em escala
global, mesmo que sob controle estrangeiro, pois isso tem uma função
geopolítica no mundo. E, para sustentar esse papel, concordam com uma ideia de
"Estado mínimo".
BBC Brasil - Como os militares lidam
com acusações de envolvimento da família Bolsonaro com milícias no Rio de
Janeiro?
Piero Leirner - Os militares em geral, não sei. Mas para
alguns que estão no controle desse processo é só mais uma vantagem: possibilita
um descarte em caso de "pânico", isto é, caso pareça que toda a ordem
do Estado e da sociedade tenha naufragado com Bolsonaro. Não tenhamos ilusões:
militares ocuparam a segurança pública do Rio de Janeiro em 2018, durante a
intervenção federal determinada pelo governo Temer, com Braga Netto à frente.
Hoje ele é o ministro-chefe da Casa Civil e até foi apelidado de
"presidente operacional". Se não sabiam do que se tratava, mesmo com
toda a unificação da inteligência que a intervenção providenciou, é sinal de
que não sabem do mínimo para se pensar num projeto de país.
"Inteligência", afinal, é isso, reconhecer o terreno onde se pisa.
BBC Brasil - Militares de baixa
patente e policiais militares nos Estados têm se mostrado apoiadores fiéis
do presidente da República. De alguma forma, isso ameaça o comando das
Forças Armadas?
Piero Leirner - Não são só militares de baixa patente que
apoiam o governo e a própria figura de Bolsonaro. Diante disso, não creio que
eles enxergam com maus olhos esses rompantes das PMs. Acho que há mais sintonia
ideológica do que conflito de atribuições. Todos concordam que a disciplina
saiu para dar uma volta, e assim todos fingem estar "disciplinados", porque
estão na mesma "vibração", outro termo bastante utilizado no jargão
militar.
BBC Brasil - Há tentativas abertas de
formação de grupos paramilitares pró Bolsonaro, como é o caso do acampamento
"300 do Brasil", montado recentemente em Brasília. O que isso significa?
Piero Leirner - Se esses "grupos" vão ganhar força
é difícil dizer. Vendo por alto, pode ser que apareça algum controle de
militares, se assim precisar. Por enquanto, eles estão nessa guerra
psicológica, deixando todo mundo com os nervos à flor da pele.
BBC Brasil - Os pedidos de
impeachment contra Bolsonaro se intensificaram na Câmara dos Deputados. Como as
Forças Armadas lidam com essa possibilidade?
Piero Leirner - Na minha opinião, o impeachment, se vier,
será porque chegou a hora do descarte desse "para-raios". Mas, para
isso ocorrer, é preciso que a percepção do caos iminente seja absoluta. Tem de
chegar ao ponto em que o tal "reboot do Estado" seja consenso. Se vier,
vem com pacote de transformações mais abrangente.
Acho mais viável
sustentar Bolsonaro nessa condição fraca e manipular a eleição de 2022,
produzindo um repeteco de 2018 com uma "solução de consenso". Uma
chapa composta por Sergio Moro e Santos Cruz, por exemplo, versus alguma ameaça
petista de plantão. Se vão antecipar isso com Mourão, é difícil saber.
Precisamos ter
noção de como estará o controle do Congresso e do Judiciário, com os tribunais
superiores representando a caneta que irá decidir quem pode e quem não pode
existir na política. Já o GSI deve ter o papel de abastecer todo esse processo
com informações.
BBC Brasil - É possível imaginar como
seria um governo Mourão?
Piero Leirner - Até gostaria de pensar como seria esse cenário, mas
só dá para arriscar algo vendo o desenho de uma saída de Bolsonaro, se ela
ocorrer de fato. Tudo depende dessa avaliação de "ponto de ruptura",
e como certos atores vão ser enquadrados. Ainda mais com esse imponderável da
pandemia, e todos os seus desdobramentos no plano internacional.
Considerando que o
consórcio que projetou a situação até aqui ainda está no controle, diria que um
governo Mourão teria mudanças superficiais, embora todo mundo possa ficar
aliviado com o aparente triunfo da "civilização" sobre a "barbárie".
EM TEMPO: Enquanto a maioria da população brasileira for despolitizada e conservadora, fica fácil dos militares nos dominarem. Agora durmam com essa bronca.
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