Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil |
Yahoo Notícias, 28 de maio de 2020
Ex-ministro se
posicionou nas redes sociais.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro se manifestou no
Twitter sobre a investigação que apura fake news e ameaças contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (28).
De acordo com ele, “campanhas difamatórias contra adversários, ameaças e
notícias falsas não têm a ver com liberdade de expressão”.
Em seu post, ele afirmou que esse é
“um debate que não pode tirar o foco do que importa agora: defender o estado de
direito e a vida”. Por fim, ele mencionou as pessoas que morreram em
decorrência do coronavírus. “Meu respeito à democracia, ao Judiciário e às
famílias de vítimas da Covid”.
O posicionamento de Moro é contrário
ao dado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (27). Ontem,
o presidente criticou a investigação em seu Twitter e afirmou haver sinais de
que “algo muito grave está acontecendo com a nossa democracia”.
Bolsonaro afirmou que “ver cidadão de bem terem seus
lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal
que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia”.
Nesta quinta-feira (28), o presidente
mostrou indignação novamente ao ser questionado sobre a operação da Polícia
Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra aliados. Em frente ao
Palácio da Alvorada, ao falar com apoiadores, afirmou que “as coisas têm
limite”.
“Ontem foi o último dia e eu peço a
Deus que ilumina as pessoas que ousam se julgar melhor e mais poderosas que os
outros, que se coloquem no seu devido lugar”, disse o presidente. “E dizemos
mais: não podemos falar em democracia sem um judiciário independente, um
legislativo também independente para que possam tomar decisões. Não
monocraticamente por vezes, mas questões que interessam ao povo como um todo,
que tomem de modo que seja ouvido o colegiado.”
No fim, o presidente subiu o tom: “Acabou, porra”,
gritou. Bolsonaro pediu desculpas por ter desabafado e afirmou que não dava
para ver atitudes “individuais de certas pessoas, tomando de forma quase
pessoal certas ações”. Segundo o presidente, ordens absurdas não se cumprem.
EM TEMPO: Bolsonaro quer que os demais poderes Judiciário e Legislativo, bem como os Governadores e o Alto Comando das Forças Armadas, sejam dóceis aos seus desmandos e receituário médico. A cada dia que se passa o Bolsonaro e seu clã, tendem a ficarem mais nervosos, porque os militares de alta patente não parecem dispostos a uma aventura golpista de Bolsonaro, uma vez que isso traz muitas implicações, especialmente na área internacional. Agora durmam com essa bronca.
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