O antigo Santa
Terezinha, que funcionou como
Hospital Municipal
na gestão de Luiz Carlos
Ronaldo César publicou hoje em seu blog o melhor e mais importante
texto sobre a questão da saúde pública, desde que começou a pandemia causada
pelo coronavírus. É leitura obrigatória para jornalistas, radialistas,
blogueiros, médicos, prefeitos, vereadores e todos aqueles que se preocupam com
Garanhuns e o Agreste Meridional. Faço questão de reproduzir, considerando,
também esta apresentação do Jornalista e Bloguista, Roberto Almeida.
Leia com atenção:
Garanhuns precisa de um Hospital Municipal urgente.
Fechar o anterior foi um erro. E a UPA 24h?
A V Regional de Saúde tem 21 municípios em sua abrangência, apenas dois
deles não têm hospital municipal: Jucati e Garanhuns. O primeiro talvez se
explique pela falta de demanda, de tão pequeno, o outro é falta de interesse
mesmo, por mais que o prefeito diga que a prefeitura não tem recursos para
prover um hospital municipal. Como então conseguem Jupi, Caetés, Angelim,
Canhotinho, Terezinha,..., e mais de uma dezena de municípios, todos eles
menores que Garanhuns? Alguns municípios têm hospital de fazer inveja, com
bloco cirúrgico funcionando, escala de médicos fechadinha, equipes motivadas,
farmácia, etc.
O prefeito pode dizer que aqui na cidade polo regional vai gastar mais
com hospital, mas é lógico que também recebe bem mais, como aponta qualquer
planilha de liberação de recursos federais que se tenha acesso. Portanto, não
ter hospital municipal não é questão de dinheiro, mas de interesse e
prioridade.
Por anos a fio, o Hospital Regional Dom Moura esteve aí para absorver a
demanda municipal. Mas isto é certo? Errado. O Hospital Regional é regional, ou
seja, é para atender a região (desculpem a redundância) em casos de média e
alta complexidade, dentro de suas atribuições. A baixa complexidade, ou seja,
os atendimentos de urgência básicos devem ser atendidos pelo município, e não
em PSFs, mas em um hospital. O Hospital Infantil tem assimilado parte da
responsabilidade da prefeitura, mas é eletivo e ambulatório. Não tem
emergência. Não tem servidor público. É prático para o município pagar a tantos
serviços particulares terceirizados, mas ele mesmo deixa de oferecer o serviço
essencial. Provavelmente, se somar o que tem gasto com terceirizados, bancasse
com sobras seu hospital público.
Assim que o atual prefeito tomou posse cuidou logo de fechar o Hospital
Municipal herdado do ex-prefeito Luiz Carlos, instalado na antiga Casa de Saúde
Santa Terezinha. O prefeito chamou de casa de parto, e disse que não valia o
investimento. Fechou. Não procurou readequar, investir, melhorar... Não,
simplesmente fechou. Poucos questionaram. Como se fecha um hospital? Passou os
anos credenciando instituições particulares e nunca ofereceu um leito sequer em
sua gestão. Ou seja, tirando os PSFs para ambulatório, o Hospital Dom Moura
continua sendo a porta de entrada para qualquer emergência em Garanhuns. E
pior, por vezes criticado por aqueles que deveriam cumprir sua função.
Cedo ou tarde a conta chegaria para a população, principalmente a mais
carente, e a hora parece ser agora. Nesta pandemia, o município de Garanhuns
não tem um leito sequer para nenhum paciente, ficou totalmente à mercê do
estado e da rede particular. Quando a gente diz nenhum, é nenhum mesmo. E nem
vemos movimento no sentido de resolver esta questão.
Além do fechamento
do hospital, tem a questão do prédio da UPA24H, na entrada da Cohab II, que
como fica meio escondida, ninguém fala, e por vezes nem lembra, mas já era para
ter sido inaugurada há uns quatro ou cinco anos. Era para ser uma UPA24H, não
foi, poderia virar uma Policlínica, não virou. Resultado, o prédio está lá
abandonado, inacabado e se deteriorando. Faltam recursos ou falta vontade de
resolver? A foto abaixo mostra como se encontra.
A sociedade calada não reclama, não cobra, não provoca. E a população
mais carente, que geralmente busca estes serviços públicos, paga caro com a
própria saúde.
Garanhuns precisa do seu Hospital Municipal urgente, se der para ser no
prédio da UPA24H, que seja, ou que se projete, planeje, priorize e construa. É
para isto uma gestão, elencar prioridades e investir. A população vai descobrir
da pior forma a falta de um Hospital Municipal.
E antes de terminar, falo também daquele hospital prometido por Eduardo
Campos, lembram? Pois é, ele estava deixando o governo para se candidatar a
presidente, e dali pra cá os recursos federais para construção minguaram. Paulo
Câmara preferiu segurar as contas do estado que iniciar uma construção e deixar
pela metade. E se tivesse feito, o HRDM iria para o município, mas o prefeito
disse que não tinha interesse, assim, ficamos com o Dom Moura mesmo, bancado
pelo estado, que cumpre a função de estado e município de Garanhuns, que
representa quase 80% dos pacientes atendidos em suas emergências adulto,
pediátrica e odontológica, em sua maternidade e pediatria, em seu bloco, CTI e
UTI, enfermarias.. E o estado ainda banca a UPAE, que atende mensalmente
milhares de pessoas dos 21 municípios da regional.
Está na hora de Garanhuns voltar a ter seu hospital. Tomara que o
prefeito reconsidere sua visão, mesmo em final de mandato. Ou que aqueles que
possam ocupar sua cadeira no futuro priorizem a saúde e a educação.
Garanhuns está recebendo mais de R$ 1 milhão para investir no combate à
pandemia, dá para dar uma geral no prédio da UPA 24h, equipar com o básico, e
depois vai estruturando, para não fechar mais. Pode virar UPA 24h, UPA DIA,
Policlínica, hospital, ... Mas alguma coisa precisa ser feita. Passou da hora.
EM TEMPO: Enquanto
a população não for mais crítica e comprometida com a nossa cidade,
especialmente na hora de votar, não vai ter solução para os nossos problemas,
incluindo, dentre outros, a saúde e o ambiental, este último é um caso sério. O prefeito Izaías,
fechou o Hospital Municipal no primeiro mês que tomou posse. Além de ter
acabado com o Festival de Jazz. Por conseguinte, nas Eleições de 2016, foi premiado, obtendo cerca de 45.000 votos. Por sua vez o Paulo Camelo, único candidato com
Propostas, caiu a sua votação de 4.302 (Eleições de 2012) para 1.645 nas
Eleições de 2016. Nas Eleições de 2016 o candidato a prefeito Sivaldo Albino, só tinha uma
proposta que dizia em criar o “Galpão da Criatividade” que ele mesmo não sabia sequer explicar. Hoje o pré-candidato Sivaldo Albino só sabe tirar foto com as
autoridades e tentar criar um clima de “festa” eleitoral. Então, meus Caros Conterrâneos a situação fica cada vez mais difícil, a menos que a população acorde pra Jesus e procure derrotar eleitoralmente a "Legião Estrangeira", composta pelos políticos que trabalham contra a cidade, independente de certidão de nascimento. Lembrando que a política do governo Bolsonaro é de sucatear a Saúde Pública, especialmente o SUS. Agora durmam com essa bronca
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