AFP
Nancy
Pelosi e Donald Trump
A Câmara dos
Representantes dos Estados Unidos, controlada pela oposição democrata, votará
nesta quinta-feira (09.01.2020) uma medida para impedir que o presidente Donald
Trump entre em guerra com o Irã depois de matar um representante do governo
iraniano, disse a presidente da câmara, Nancy Pelosi.
Pelosi declarou
que os democratas tomaram essa decisão porque suas preocupações não foram
dissipadas nesta quarta-feira em um encontro a portas fechadas com o secretário
de Estado, Mike Pompeo.
"O presidente
deixou claro que não tem uma estratégia coerente para manter a população
segura, diminuir a tensão com o Irã e garantir a estabilidade da região",
afirmou Pelosi através de um comunicado.
"Nossas
preocupações não foram atendidas pela insuficiente notificação do presidente
por meio da Lei de Poderes de Guerra e pelo encontro de hoje" com membros
do governo, afirmou.
Sob a Ata de
Poderes de Guerra de 1973, o governo deve notificar o Congresso sobre
importantes ações militares, mas Trump enviou de maneira incomum, como
documento restrito, sua justificativa para o ataque que matou o poderoso
general iraniano Qassem Soleimani no Iraque.
Pelosi disse que a
Câmara dos Representantes votaria, de acordo com a lei de 1973, para limitar a
capacidade de Trump de iniciar uma guerra contra o Irã.
A legisladora
disse que a casa também pode considerar em breve a revogação da autorização do
uso da força, que foi concedida ao Executivo após os ataques de 11 de setembro
de 2001 nos Estados Unidos.
Desde então, três
governos invocaram essa autorização como justificativa legal para a realização
de uma série de ações militares no mundo islâmico.
Mas
é improvável que qualquer medida que tente restringir Trump seja aprovada no
Senado, pois seu partido, o Republicano, tem maioria.
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