Fachada do supremo Tribunal Federal 09/02/2018 |
O Globo
RIO — A Associação
Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) pediu ao Supremo Tribunal
Federal (STF) a suspensão da portaria do Ministério da Justiça e Segurança
Pública, que ampliou a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A portaria
nº 739, assinada em 3 de outubro de 2019 pelo ministro Sergio Moro, autoriza a
Polícia Rodoviária Federal (PRF) a participar de operações conjuntas com o
Ministério Público, a Receita Federal e todos os demais órgãos vinculados ao
Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
Para a associação,
a portaria fere a Constituição, porque cria brechas para que a PRF faça
investigações e, com isso, invada competência exclusiva da Polícia Federal. O
pedido será analisado pelo ministro Marco Aurélio.
"Nos termos
do art. 144, §1º, I, e §4º, da Constituição da República (CR), compete à
Polícia Federal e à Polícia Civil exercer, com exclusividade, as funções de
polícia judiciária, dentre as quais se inserem as atividades investigativas e
persecutórias de ilícitos penais. À PRF compete, unicamente, efetuar o
patrulhamento ostensivo de rodovias federais, conforme prevê o §2º daquele
mesmo dispositivo constitucional", argumenta a associação.
A portaria foi editada
pelo ministro da Justiça em outubro. O texto estabelece as diretrizes para a
participação da Polícia Rodoviária Federal “em operações conjuntas nas rodovias
federais, estradas federais ou em áreas de interesse da União”.
Segundo as novas
regras, “as operações combinadas, planejadas e desencadeadas em equipe poderão
ser de natureza ostensiva, investigativa, de inteligência ou mistas, e serão
executadas nos limites das respectivas competências dos órgãos integrantes do
Susp”.
Na
portaria, Moro faz ressalvas à participação da Polícia Rodoviária Federal nas
operações conjuntas com outras instituições. Uma delas estabelece que a atuação
do órgão será permitida desde que “os crimes objetos de apuração tenham sido
praticados em rodovias federais, estradas federais ou em áreas de interesse da
União”.
EM
TEMPO: Os policiais da PF nunca tiveram tanta autonomia nos governos de Lula e
Dilma. Eram felizes e não sabiam. Podem ampliar esse raciocínio para as Forças
Armadas, incluindo as aquisições de armamento de última geração e tecnologia.
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